A Tempo - Revista de Pesquisa em Música - n°2 (jan/jun ... - Fames
A Tempo - Revista de Pesquisa em Música - n°2 (jan/jun ... - Fames
A Tempo - Revista de Pesquisa em Música - n°2 (jan/jun ... - Fames
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
t<strong>em</strong>po, mas não é menos importante. Além<br />
disso, <strong>de</strong>ve-se dar atenção também à técnica<br />
geral, que sendo equilibrada e completa<br />
po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada mais como uma<br />
manutenção <strong>de</strong> equipamentos técnicos”<br />
(FLESCH, 1930, p. 83).<br />
Conforme Flesch, “no início do aprendizado<br />
<strong>de</strong> uma música, o primeiro passo a ser<br />
tomado é <strong>de</strong>terminar o número e a natureza<br />
dos probl<strong>em</strong>as existentes”. Além disso, ele<br />
afirma que “cada probl<strong>em</strong>a técnico <strong>de</strong>ve<br />
ser isolado e resolvido individualmente. Se,<br />
apesar disso, o aluno encontrar dificulda<strong>de</strong>s<br />
que não consegue vencer, é sinal <strong>de</strong> que<br />
exist<strong>em</strong> obstáculos mais básicos que <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />
ser diagnosticados e superados” (FLESCH,<br />
1930, p. 147).<br />
Gerle, nessa mesma linha <strong>de</strong> raciocínio,<br />
afirma que “<strong>de</strong>ve-se saber s<strong>em</strong>pre<br />
exatamente o que precisa estudar e por quê.<br />
Além disso, <strong>de</strong>ve-se traçar objetivos a ser<strong>em</strong><br />
alcançados durante o dia <strong>de</strong> estudo”. “Para<br />
resolvermos um probl<strong>em</strong>a, é preciso antes<br />
<strong>de</strong>fini-lo, i<strong>de</strong>ntificar a razão da dificulda<strong>de</strong><br />
e <strong>em</strong> seguida escolher o r<strong>em</strong>édio correto<br />
para resolvê-lo” (GERLE, 1983, p. 13). “Os<br />
probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser separados e resolvidos<br />
um por um” (GERLE, 1983, p. 17). Ele afirma<br />
que <strong>de</strong>ssa forma “o estudo se torna muito<br />
mais produtivo e eficiente. Depois <strong>de</strong><br />
resolvido o probl<strong>em</strong>a, <strong>de</strong>ve-se reconstituir<br />
e estudar a passag<strong>em</strong> como está escrita”<br />
(GERLE, 1883, p. 18).<br />
Quanto ao t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> estudo, o autor relata<br />
que este “<strong>de</strong>ve ser organizado <strong>de</strong> forma a<br />
aten<strong>de</strong>r às circunstâncias”. Segundo ele, “a<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po que será gasto com<br />
cada componente do material <strong>de</strong> estudo,<br />
<strong>de</strong>ve ser planejada <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> para<br />
que está se preparando e <strong>de</strong> quanto t<strong>em</strong>po<br />
se t<strong>em</strong> disponível” (GERLE, 1983, p. 13).<br />
Para Galamian, “não faz sentido padronizar<br />
um certo número <strong>de</strong> horas, exigindo que<br />
seja cumprido por todos os estudantes, <strong>de</strong><br />
acordo com uma programação rígida”. Para<br />
ele, “o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá das<br />
exigências e possibilida<strong>de</strong>s que irão variar <strong>em</strong><br />
casos individuais. O aluno, individualmente,<br />
t<strong>em</strong> que <strong>de</strong>scobrir experimentando o que é<br />
melhor para si” (GALAMIAN, 1985, p. 94).<br />
Quanto ao material <strong>de</strong> estudo, Galamian<br />
afirma ser “<strong>de</strong>snecessário fixar um padrão<br />
para a sequência do material <strong>de</strong> estudo, por<br />
ex<strong>em</strong>plo, primeiro escala, <strong>de</strong>pois estudos,<br />
<strong>em</strong> seguida repertório”. Para ele, “<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />
o trabalho a ser feito seja cumprido, essa<br />
or<strong>de</strong>m po<strong>de</strong> ser modificada começando<br />
com peças e terminando com escalas. O<br />
importante é que o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> estudo seja<br />
b<strong>em</strong> utilizado, e que estudar seja um hábito<br />
diário. Tanto técnica quanto interpretação<br />
<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser objetivos do estudo” (GALAMIAN,<br />
1985, p. 94).<br />
Galamian (1985, p. 95) afirma ser <strong>de</strong> muita<br />
importância a existência <strong>de</strong> uma divisão<br />
inteligent<strong>em</strong>ente equilibrada das horas <strong>de</strong><br />
estudo, e sugere que as horas <strong>de</strong> estudo<br />
sejam distribuídas entre:<br />
1 – Estudo Construtivo: <strong>de</strong>ve ser realizado<br />
<strong>em</strong> parte com escalas e exercícios<br />
fundamentais similares e, <strong>em</strong> parte, <strong>em</strong> lidar<br />
50