A Tempo - Revista de Pesquisa em Música - n°2 (jan/jun ... - Fames
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culturalmente viv<strong>em</strong>os numa dinâmica<br />
<strong>de</strong> vida que nos impõe uma série <strong>de</strong><br />
contradições, internas e externas, que, por<br />
sua vez, nos tornam diferentes uns dos<br />
outros.<br />
Desvendar o mundo dos significados<br />
da diversida<strong>de</strong> ou da diferença e ver<br />
o que se quis fazer com elas é um<br />
caminho para <strong>de</strong>scobrir práticas,<br />
afinar objetivos, tomar consciência<br />
e po<strong>de</strong>r administrar os processos<br />
<strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> maneira um pouco<br />
reflexiva, principalmente agora que as<br />
reformas educacionais levantam, entre<br />
outras, a ban<strong>de</strong>ira da diversificação;<br />
um programa que anima todo tipo <strong>de</strong><br />
apoio (SACRISTÁN, 2002, p.08).<br />
O cotidiano escolar é vivo, multifacetado e<br />
complexo. Os processos informais surg<strong>em</strong><br />
e estão presentes no ambiente educacional<br />
<strong>de</strong> forma maciça e se apresentam dia após<br />
dia como um amontoado caótico <strong>de</strong> fatos,<br />
ocorrências e comportamento isolados.<br />
Contudo todos esses acontecimentos<br />
mantêm entre si uma relação, uma conexão,<br />
que as pessoas envolvidas nessa área<br />
i<strong>de</strong>ntificam como cotidiano escolar.<br />
Cada pessoa é única, com características<br />
físicas, mentais, sensoriais, afetivas e<br />
cognitivas diferenciadas. Portanto, há<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se respeitar e <strong>de</strong> se valorizar<br />
a diversida<strong>de</strong> e a singularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada ser<br />
humano. Estaríamos, assim, assentando as<br />
bases da escola da inclusão, que vai além <strong>de</strong><br />
objetivos puramente escolares.<br />
Por fim, o grupo trabalhou t<strong>em</strong>as referentes<br />
à educação inclusiva. A complexida<strong>de</strong><br />
da nova organização social, construída<br />
<strong>em</strong> um processo <strong>de</strong> mudança com ritmo<br />
muito acelerado, gera novas <strong>de</strong>mandas,<br />
evi<strong>de</strong>nciando que os conhecimentos<br />
disponíveis são insuficientes. A globalização<br />
da socieda<strong>de</strong> cont<strong>em</strong>porânea, fato marcante<br />
<strong>de</strong>ssa fase, torna o mundo mais complexo.<br />
Coexist<strong>em</strong> novas e velhas necessida<strong>de</strong>s<br />
sociais. As indagações se tornam mais<br />
constantes do que as respostas. Para que<br />
aconteça a inclusão, é necessária uma<br />
reformulação dos currículos, das formas <strong>de</strong><br />
avaliação, da formação <strong>de</strong> professores e <strong>de</strong><br />
uma política educacional mais <strong>de</strong>mocrática.<br />
Implicará <strong>de</strong>ssa forma, uma reestruturação<br />
do sist<strong>em</strong>a educacional que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
políticas públicas até a sala <strong>de</strong> aula.<br />
Dois aspectos são centrais para que haja<br />
uma política <strong>de</strong> educação inclusiva: a organização<br />
<strong>de</strong> serviços e a formação <strong>de</strong> professores.<br />
A inclusão é um processo constante<br />
que precisa ser continuamente revisto. Exige<br />
dos profissionais uma nova postura diante<br />
da realida<strong>de</strong>, pois os conceitos e as práticas<br />
educativas serão construídos com um<br />
trabalho cooperativo e colaborativo. Não há<br />
respostas prontas n<strong>em</strong> pré-estabelecidas.<br />
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