A Tempo - Revista de Pesquisa em Música - n°2 (jan/jun ... - Fames
A Tempo - Revista de Pesquisa em Música - n°2 (jan/jun ... - Fames
A Tempo - Revista de Pesquisa em Música - n°2 (jan/jun ... - Fames
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
colocando <strong>em</strong> foco as capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sses<br />
alunos e não suas <strong>de</strong>ficiências. O aluno não<br />
é tão somente o sujeito da aprendizag<strong>em</strong>,<br />
mas, aquele que apren<strong>de</strong> <strong>jun</strong>to ao outro o<br />
que o seu grupo social produz (OLIVEIRA,<br />
1993).<br />
T<strong>em</strong>as como professor e escola reflexiva estavam<br />
presentes nos encontros <strong>de</strong> formação.<br />
Alarcão (2003) nos ajudou a pensar a<br />
respeito do professor reflexivo e o <strong>de</strong>fine<br />
como sendo aquela pessoa que reflete <strong>em</strong><br />
situação e principalmente constrói conhecimento<br />
a partir do pensamento sobre a sua<br />
prática.<br />
[...] é preciso vencer inércias, é preciso<br />
vonta<strong>de</strong> e persistência. “É preciso<br />
fazer um esforço gran<strong>de</strong> para passar<br />
do nível meramente <strong>de</strong>scritivo ou<br />
narrativo para o nível <strong>em</strong> que se<br />
buscam interpretações articuladas<br />
e justificadas e sist<strong>em</strong>atizações<br />
cognitivas” (ALARCÃO, 2003, p. 42).<br />
É importante ressaltar um triplo diálogo<br />
no professor reflexivo “Um diálogo consigo<br />
próprio, um diálogo com os outros, incluindo<br />
os que antes <strong>de</strong> nós construíram conhecimentos<br />
que são referência e o diálogo<br />
com a própria situação [...]”(ALARCÃO, 2003,<br />
p.45). Antes mesmo do professor auxiliar sua<br />
equipe, ele precisa conhecer quais são suas<br />
limitações e suas potencialida<strong>de</strong>s. É o diálogo<br />
consigo próprio que po<strong>de</strong>rá trazer novas<br />
avaliações e perspectivas quanto a novos<br />
projetos a ser<strong>em</strong> estabelecidos e alcançados<br />
para si mesmo. Giroux (1987) acredita que “a<br />
mera reflexão sobre o trabalho docente <strong>de</strong><br />
sala <strong>de</strong> aula é insuficiente para uma compreensão<br />
teórica dos el<strong>em</strong>entos que condicionam<br />
a prática profissional” (GIROUX, 1987, p.<br />
54). Sendo assim é necessário que o professor<br />
reflexivo construa <strong>em</strong> con<strong>jun</strong>to com outros<br />
professores a sua prática pedagógica.<br />
“A diferença não é somente uma<br />
manifestação do ser único que cada um é;<br />
<strong>em</strong> muitos casos, é a manifestação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />
ou <strong>de</strong> chegar a ser, <strong>de</strong> ter possibilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> ser e <strong>de</strong> participar dos bens sociais,<br />
econômicos e culturais” (SACRISTÁN, 2002,<br />
p. 10). A diversida<strong>de</strong> e a singularida<strong>de</strong> estão<br />
presentes <strong>em</strong> todos os seres humanos. Nós,<br />
educadores, participamos da diversificação<br />
e da homogeneização da equiparação e da<br />
<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>. “A Educação <strong>de</strong>ve guiar-se<br />
reflexiva por um projeto, e isso leva a pensar<br />
o que fazer diante do t<strong>em</strong>a – probl<strong>em</strong>a da<br />
diversida<strong>de</strong> e que fazer também diante da<br />
universalida<strong>de</strong>” (SACRISTÁN, 2002, p. 11).<br />
O trato com a diversida<strong>de</strong>, presente<br />
<strong>em</strong> toda relação humana, verifica-se<br />
também na educação escolar. Como seres<br />
humanos somos organizados no aspecto<br />
social, político, econômico, psicológico e<br />
18