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29 BIENAL DE SÃO PAULO - Instituto Moreira Salles - Uol

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<strong>29</strong> A <strong>BIENAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SÃO</strong> <strong>PAULO</strong>


INSTITUTO MOREIRA SALLES


Fundação Bienal<br />

Ministério da Cultura<br />

Longe do circuito de museus e centros culturais europeus e<br />

norte-americanos, cabe ainda hoje à Bienal de São Paulo a<br />

missão de irradiar por todo o Brasil, e mesmo pela América<br />

Latina, o melhor da produção artística atual, a ponta mais<br />

avançada da expressão e da sensibilidade do nosso tempo.<br />

Nesse sentido, a Bienal de São Paulo, consciente do seu<br />

compromisso de oferecer subsídios estéticos, essenciais<br />

para a formação espiritual de uma nação, afirma-se como<br />

uma instituição eminentemente educativa.<br />

Apoiada numa respeitável tradição do nosso país que<br />

ela própria ajudou a desenvolver e em rede com instituições<br />

culturais, escolas públicas e privadas, ONGs, associações<br />

de bairro e organizações comunitárias, a Fundação Bienal<br />

de São Paulo encampa a educação da arte e pela arte – seja<br />

pelo contato direto com as obras expostas, seja pelo uso de<br />

mídias variadas, da impressa à digital, transmitindo os insumos<br />

artísticos sob forma dinâmica, atraente e instigante.<br />

A proposta curatorial de tomar a relação entre arte e<br />

política como o cerne desta <strong>29</strong>ª Bienal de São Paulo faz<br />

com que a preocupação assinalada ganhe proporção ainda<br />

maior. No intuito de incentivar a relação dos visitantes com<br />

as obras de arte e entre si, criará espaços de convívio e de<br />

reflexão. Do mesmo modo, o site da Fundação Bienal de<br />

São Paulo foi projetado para ser não apenas um difusor de<br />

informações, mas um catalisador de discussões, um lugar<br />

aberto à interação do público.<br />

O recém-criado São Paulo Polo de Arte Contemporânea<br />

é mais um resultado do empenho da Fundação Bienal em<br />

estimular a formação de redes entre as diversas associações<br />

ligadas à arte e à cultura em São Paulo. No mesmo<br />

espírito, o Projeto Educativo da <strong>29</strong>ª Bienal congrega agora<br />

22 instituições culturais da cidade em torno de seu programa<br />

de formação de educadores. A presente publicação<br />

vem contribuir para divulgar o perfil de cada uma dessas<br />

instituições parceiras, bem como as ações que desenvolvem<br />

para promover o ensino e a difusão da arte.<br />

Heitor Martins<br />

Presidente da Fundação Bienal de São Paulo<br />

“Isso é arte?” é uma pergunta que já deve ter passado,<br />

alguma vez, pela cabeça de alguém ao estar diante de uma<br />

obra que não corresponde às suas expectativas sobre o<br />

que deseja presenciar como arte. Arte, e principalmente<br />

arte contemporânea, não é assunto simples de ser tratado<br />

depois de Marcel Duchamp nos ter legado a falsa sensação<br />

de que tudo pode ser arte, ou de Joseph Beuys ter afirmado<br />

que todos podem ser artistas.<br />

As experiências com as várias expressões artísticas,<br />

principalmente com as artes visuais contemporâneas,<br />

tornam-se essenciais para indicar possibilidades de novas<br />

visões e oportunidades de comunicação e percepção.<br />

Determinada pelo contexto histórico-social, a obra de arte<br />

inspira modos de vida, olhares, sentimentos que se fixam<br />

nos canais de seu diálogo com o espectador.<br />

Já a percepção envolta pela vivência cultural de cada<br />

um pode liberar sensações de pertencimento e identidade,<br />

além de resgatar tradições que poderiam estar esquecidas<br />

ou ignoradas. Tais impressões podem minimizar a diluição<br />

cultural, estimular diferenciações que delimitam territórios<br />

específicos de cada sociedade e transformar as culturas<br />

globalizadas em manifestações heterogêneas.<br />

As instituições culturais e educacionais, somadas às<br />

ações da Funarte e do Ministério da Cultura, têm papel<br />

importante na convocação de todos para a empreitada social<br />

e política da educação e da arte no país. Ao provocarem o<br />

estar/ficar em locais projetados para a convivência, essas<br />

instituições convidam o público a compartilhar histórias,<br />

dividir o tempo e o espaço em relações sociais que reforçam<br />

seu sentimento de inserção perante tudo o que emana das<br />

expressões e viveres constituídos histórica e socialmente.<br />

Juca Ferreira<br />

Ministro da Cultura<br />

Sérgio Mamberti<br />

Presidente da Funarte<br />

4 5


Patrocinador do Projeto Educativo<br />

Entre movimentos<br />

O contato com a arte transforma o ser humano. Por isso, a<br />

Votorantim apóia e investe em projetos culturais comprometidos<br />

em tornar esta experiência acessível ao maior<br />

número de pessoas. E isso não requer apenas ampliar as<br />

oportunidades de contato da população com a obra de<br />

arte, mas toda uma estratégia de mediação que permita a<br />

sua melhor fruição.<br />

É isso o que encontramos no Projeto Educativo da<br />

<strong>29</strong>º Bienal de São Paulo. Além da quebra de barreiras econômicas<br />

e sociais para permitir aos diversos segmentos da<br />

sociedade acessarem o espaço da exposição, há a realização<br />

de ações consistentes e contínuas junto a professores,<br />

estudantes, novos visitantes e toda a comunidade interessada,<br />

para proporcionar a melhor experiência estética. Com<br />

o apoio a este Projeto, esperamos que um número cada vez<br />

maior de pessoas possa descobrir no contato com a arte<br />

novos significados e sentidos para suas vidas. Desejamos a<br />

todos uma boa experiência!<br />

<strong>Instituto</strong> Votorantim<br />

O trabalho educativo da <strong>29</strong>a Bienal foi concebido para se<br />

desenvolver em equipe numa rede de colaborações. A partir<br />

da troca de ideias e experiências – entre profissionais de<br />

instituições culturais e educativas, bem como de ONGs e<br />

comunidades –, criam-se diálogos e debates mobilizadores<br />

em torno das relações entre arte e política. São essas<br />

reflexões que alimentam o Projeto Educativo desta edição<br />

e estão na base da formação oferecida aos educadores que<br />

atenderão o público durante a mostra.<br />

A educação, assim como a arte, possui uma dimensão<br />

política. Tem a capacidade de estimular outras maneiras de<br />

compreender e se relacionar com o mundo. É nesse sentido<br />

que o educador pode atuar como provocador, encorajando as<br />

pessoas a se aventurar por caminhos desconhecidos, já que,<br />

no contato com a arte, muitas vezes é necessário despojar-se<br />

de certezas para abrir espaço a novas leituras e vivências.<br />

Os estudantes que receberão o público durante a<br />

exposição assumem o papel de educadores na medida em<br />

que participam de uma formação constante e mantêm um<br />

espírito investigador, combinado a uma postura flexível,<br />

onde não existem verdades absolutas. Acreditamos no<br />

educador que dialoga e orienta, desarma mas informa,<br />

acolhe mas também provoca, num território onde perguntas<br />

são mais frequentes que respostas. A ideia é favorecer a<br />

conversa entre os visitantes e as obras, incentivando-os a<br />

acreditar em suas próprias percepções e buscando incitar<br />

experiências instigantes e significativas.<br />

Foi pensando na diversidade dos públicos e das possibilidades<br />

de aproximação com a arte que elaboramos a formação<br />

em parceria com 22 instituições culturais de São Paulo<br />

[veja a lista completa na contracapa]. Ao longo do curso,<br />

os alunos entrarão em contato com essas instituições, seus<br />

modos de trabalho e concepções sobre o papel do educador.<br />

Poderão compartilhar suas experiências e especificidades,<br />

como o atendimento a diferentes públicos, as ações poéticas<br />

e ateliês práticos, os cursos para professores etc.<br />

Queremos proporcionar aos participantes diferentes<br />

maneiras de perceber o mundo e a arte, bem como a ação<br />

educativa. A formação é oferecida a quinhentos estudantes<br />

de áreas como artes visuais, arquitetura, história e filosofia,<br />

dos quais trezentos serão contratados para atuar na <strong>29</strong>ª<br />

Bienal. Agradecemos as instituições que generosamente<br />

abriram espaço para nos receber e conosco compartilharam<br />

seu trabalho. Acreditamos que este seja o inicio de um longo<br />

caminho de parcerias e colaborações.<br />

Stela Barbieri<br />

Curadora Educacional da <strong>29</strong>ª Bienal de São Paulo<br />

Agnaldo Farias e Moacir dos Anjos<br />

Curadores da <strong>29</strong>ª Bienal de São Paulo<br />

6 7


<strong>Instituto</strong> <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong> – IMS<br />

Introdução<br />

Educativo IMS<br />

O <strong>Instituto</strong> <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong> (IMS) é uma associação civil sem<br />

fins lucrativos que tem por finalidade exclusiva a promoção e<br />

o desenvolvimento de programas culturais. Seu acervo reúne<br />

mais de 550 mil fotografias, 100 mil músicas (25 mil gravações<br />

digitalizadas), uma biblioteca com 500 mil títulos (mais de 80<br />

mil catalogados) e uma pinacoteca com mais de 3 mil obras.<br />

Entre as coleções, mantidas por meio das mais modernas<br />

técnicas de restauração e conservação, destacam-se: na<br />

área de fotografia, as de Marc Ferrez, Marcel Gautherot, José<br />

Medeiros, Hildegard Rosenthal, Otto Stupakoff e Hans Gunter<br />

Flieg; na área de música, as de José Ramos Tinhorão, Humberto<br />

Franceschi e Pixinguinha; e na de literatura, Decio de<br />

Almeida Prado, Ana Cristina Cesar, Mário Quintana, Rachel de<br />

Queiroz, Otto Lara Resende, Paulo Autran, Clarice Lispector,<br />

Erico Verissimo e Lygia Fagundes Telles. Na área editorial,<br />

além de livros e catálogos de arte, o IMS publica a série<br />

Cadernos de iteratura brasileira e a revista de ensaios serrote.<br />

O IMS possui três centros culturais localizados no Rio de<br />

Janeiro, São Paulo e Poços de Caldas, onde promove exposições,<br />

palestras, apresentações musicais, ciclos de cinema,<br />

cursos e ações educativas, além de três galerias de arte dispostas<br />

no Rio de Janeiro (Cinema Artplex), São Paulo e Curitiba.<br />

Os projetos oferecidos pelo EducAtivo do <strong>Instituto</strong> <strong>Moreira</strong><br />

<strong>Salles</strong> possuem duas vertentes principais: as visitas de<br />

escolas e outros grupos, e os projetos especiais. No primeiro<br />

caso, as visitas podem ter formatos variados, de acordo com<br />

o perfil e a faixa etária do público, contemplando exposições<br />

em geral ou assumindo um recorte e roteiro específicos. Nas<br />

visitas escolares, também é possível realizar um trabalho em<br />

conjunto com o professor, que é então convidado a conhecer<br />

o espaço antes de trazer seus alunos. Já os projetos especiais<br />

são trabalhos contínuos desenvolvidos com escolas<br />

parceiras. A partir de um planejamento feito com o professor<br />

a fim de determinar como as artes visuais podem se relacionar<br />

com os conteúdos trabalhados em sala de aula, os alunos<br />

participam, durante todo o ano, de encontros mensais no<br />

IMS e em outros espaços da cidade, como parques, a própria<br />

escola ou mesmo outras instituições culturais.<br />

Durante as visitas, o público participa de uma série<br />

de atividades que visam estimular a interação e o conhecimento<br />

sobre os espaços e acervos do IMS, ampliar sua<br />

capacidade de observação crítica e fazê-lo ir além do<br />

papel de mero espectador para se tornar agente atuante,<br />

através de exercícios lúdicos e/ou criativos. Essas atividades<br />

valorizam a participação do visitante, cujas falas são<br />

usadas como “ganchos” para a abordagem dos conteúdos<br />

específicos da exposição. Isso ajuda o público a encontrar,<br />

nas obras, significados que eventualmente tenham conexão<br />

com o seu mundo e suas vivências. Promover experimentações<br />

com os trabalhos amplia as possibilidades de interação<br />

com os visitantes e transforma o momento de apreciação<br />

das obras em um ato de investigação.<br />

O foco das ações do EducAtivo do IMS é estimular o<br />

público a se relacionar de modo autônomo com os trabalhos<br />

de arte, a fim de desenvolver um pensamento reflexivo<br />

sobre eles, enxergando as exposições como um espaço que<br />

lhes permite viver experiências enriquecedoras, capazes de<br />

ampliar seus conhecimentos e depurar sua sensibilidade.<br />

Para que isso aconteça, os profissionais desenvolvem diversas<br />

pesquisas a partir de seus próprios interesses e também<br />

dos professores, que se tornam nossos colaboradores, bem<br />

como das demandas da instituição. Esses estudos geram<br />

debates que se refletem na prática educativa e a enriquecem.<br />

Muita conversa, reflexão e diferentes experiências<br />

resultaram no texto a seguir, com o qual acreditamos fornecer<br />

elementos para a discussão sobre ações educativas,<br />

trazendo, em negrito, palavras e expressões consideradas<br />

“chave” para essa atividade.<br />

Visitante utilizando a lupa para investigar também o espaço expositivo, 2008<br />

Foto: Equipe educativo IMS<br />

Coleção: Acervo educativo IMS<br />

8 9


Algumas considerações sobre<br />

a prática educativa em exposições<br />

Em uma exposição, mais do que estar entre a obra de arte<br />

e o público, o educador deve estar com a obra de arte e<br />

o público. Afinal, o educador não é um transformador de<br />

linguagens, um tradutor de imagens cuja função seria<br />

explicar as obras aos visitantes, mas alguém que pode<br />

estimular uma possível experiência 1 a partir do contato do<br />

visitante com a obra. A diferença das preposições “entre”<br />

e “com” está no lugar que cada uma designa ao educador.<br />

Quando o imaginamos entre a obra e o visitante, pensamos<br />

num caminho de mão única em que o relacionamento<br />

do público com a obra é necessariamente mediado pelo<br />

educador. Mas quando o vemos como um terceiro elemento<br />

dessa relação, os caminhos se multiplicam e os movimentos<br />

ocorrem em variados sentidos e direções. É como se esse<br />

relacionamento se estabelecesse num formato de rede,<br />

cujas conexões partem de todos os envolvidos.<br />

A possibilidade de o visitante ter ou não uma experiência<br />

com uma obra depende de muitos fatores que nem<br />

sempre o educador pode controlar ou atingir por meio<br />

de suas ações. São questões extremamente pessoais<br />

ou fortuitas: o gosto individual, o humor do momento, a<br />

vontade de estar naquele lugar naquela hora... Além disso,<br />

o educador não pode fazer com que o visitante tenha uma<br />

experiência. Ele só pode tentar propiciar essa experiência,<br />

criar uma atmosfera estimulante para que ela aconteça, se<br />

não naquele instante, em outro momento.<br />

Cada pessoa se relaciona de um modo diferente<br />

com uma obra ou exposição, pois cada um é afetado de<br />

maneira distinta, de acordo com os seus conhecimentos,<br />

referências, personalidade e história de vida. As propostas<br />

do educador são determinantes, porque ajudam o visitante<br />

a construir pontes entre aquilo que ele está vendo (a obra)<br />

e suas referências pessoais, e podem também ensejar<br />

experiências para o próprio educador, já que este lida com<br />

as múltiplas percepções, reflexões e abordagens do público,<br />

as quais são capazes de despertar nele novos sentimentos<br />

em relação a uma obra ou mesmo modificar suas concepções<br />

sobre ela. Por isso, é importante que o educador tenha<br />

uma formação sólida e contínua, já que ele precisa estar<br />

atualizado e sintonizado com o público para estabelecer<br />

amarrações em diferentes contextos sobre o conteúdo<br />

exposto. Isso permitirá que a visita seja não apenas informativa<br />

e discursiva, como um texto pronto a ser reproduzido,<br />

mas aberta e reflexiva.<br />

Uma visita é um ato criativo do educador, e o ideal é<br />

que ela possa ser um ato criativo também para o visitante.<br />

Criar espaços e situações para a interação do público com<br />

a obra permite que haja autonomia nessa relação e deve<br />

ser parte daquilo que se busca em uma visita educativa.<br />

Demonstrar ao visitante que ele pode ser autônomo é<br />

ampliar suas perspectivas de vivência em exposições. É<br />

diferente ver um trabalho com e sem um educador, e se o<br />

visitante perceber essa diferença e se der conta de que o<br />

educador e suas propostas não são imprescindíveis para<br />

que ele se relacione com os objetos expostos, talvez retorne<br />

a essa ou outras exposições com um novo olhar sobre o seu<br />

próprio papel enquanto espectador. Ao escutar e valorizar<br />

a fala do visitante, o educador o estimula a se aproximar<br />

da obra por si só, sem que tenha de ser conduzido por ele.<br />

Além disso, abrem-se novos horizontes para o educador<br />

durante a visita, que podem representar uma resposta a<br />

essa ação compartilhada entre ele, o público e a obra.<br />

É necessário planejar as visitas, levando em consideração<br />

o perfil do grupo e suas expectativas, assim como os<br />

objetivos do educador. Mas é importante também encaminhá-las<br />

de acordo com os interesses e o envolvimento<br />

de ambos, percebidos no ato da visita, o que conferirá<br />

organicidade ao encontro. Em outras palavras, é interessante<br />

desenvolver uma estrutura-base para as visitas,<br />

mas somente uma postura flexível permitirá atender às<br />

especificidades de cada grupo. Para a criação de propostas<br />

educativas, é importante pensar sobre o que seria desafiador<br />

o suficiente para instigar a curiosidade dos visitantes e<br />

sua vontade de investigar o objeto observado. Apreciar uma<br />

exposição, um conjunto de obras ou apenas um trabalho<br />

é ativar, aguçar e ampliar nossos repertórios. Entender,<br />

estimular, nomear, compartilhar e estabelecer múltiplas<br />

relações são algumas das diversas formas de interagir<br />

com o espaço expositivo e com as obras nele presentes. É<br />

possível realizar atividades orais, com exercícios de leitura;<br />

lúdicas, com jogos e brincadeiras; ou atividades criativas,<br />

de construção poética. O importante é que a atividade seja<br />

sempre uma proposição e que não traga respostas prontas,<br />

mas permita que elas sejam construídas em conjunto ao<br />

longo do processo, para fazer com que o grupo as perceba<br />

como múltiplas e não únicas.<br />

A reflexão e a investigação propostas aos visitantes são<br />

também essenciais à prática do educador, seja em seu contato<br />

com as obras, seja ao desenvolver atividades e ferramentas<br />

para interagir com o público. Alguns questionamentos,<br />

como os sugeridos a seguir, podem ser úteis nesse momento,<br />

mas cada educador possui suas próprias inquietações e<br />

interesses, que enriquecem e norteiam seu modo de trabalhar,<br />

e é importante que ele tenha em vista esses aspectos<br />

para a formulação de questões que sejam relevantes para si e<br />

que dialoguem com suas ações e intenções.<br />

Em encontro para professores,<br />

atividade de desenho de observação<br />

da paisagem feita em acetato<br />

através da janela do ônibus, 2008<br />

Foto: Equipe educativo IMS<br />

Coleção: Acervo educativo IMS<br />

10 11


Grupo de alunos usa lupa como ferramenta de observação das fotografias, 2008<br />

Foto: Equipe educativo IMS<br />

Coleção: Acervo educativo IMS<br />

Grupo observa a exposição utilizando visores, 2009<br />

Foto: Equipe educativo IMS<br />

Coleção: Acervo educativo IMS<br />

Tópicos para reflexão<br />

Abaixo são propostos alguns tópicos para reflexão,<br />

seguidos não por respostas, mas por comentários que<br />

podem ajudar a desenvolvê-los.<br />

Que ações podem favorecer o acontecimento de uma<br />

experiência?<br />

Não é só com uma obra de arte ou dentro de uma exposição<br />

que é possível ter uma experiência. Ela pode acontecer em<br />

qualquer lugar e em qualquer situação: ao saborearmos<br />

uma sobremesa, ao observarmos pombos em uma praça, ao<br />

caminharmos pela rua. Só é preciso estar aberto, disposto<br />

a ser afetado pelas coisas. No caso das exposições, elas já<br />

possuem um tempo e um espaço protegidos do dia a dia,<br />

do caos e da correria das cidades. Mas como não é possível<br />

isolar-se completamente de tudo, pois nem sempre se<br />

consegue desligar do que é deixado de fora da exposição<br />

(tampouco é interessante que isso ocorra, pois tudo serve<br />

de material para as interlocuções entre o público e a obra), o<br />

educador deve estruturar o encontro de modo a permitir que<br />

o visitante usufrua dessa suspensão, e não só para que ele<br />

experiencie “as duas horas de visita que pareceram trinta<br />

minutos” ou “vista casaco em pleno verão porque no museu<br />

faz 17° C”, mas também para que possa estar em contato<br />

direto com as obras e experimentando os tempos e espaços<br />

que cada uma constrói.<br />

De que maneira posso tornar o contato com esta obra<br />

significativo? O que nesta obra pode ser desafiador para<br />

o grupo que vou atender? Que assuntos podem estar<br />

relacionados a esse trabalho? Que recursos e/ou ferramentas<br />

posso utilizar para instigar o interesse por esta obra?<br />

Tornar uma obra de arte significativa para um espectador<br />

é fazer com que ela ative sua memória e desperte sua imaginação.<br />

Algumas vezes, apenas sua forma já é o bastante<br />

para causar uma impressão profunda. Para uma pessoa<br />

de idade, por exemplo, ela pode ser marcante por remeter<br />

à sua infância, e para uma criança, por lhe parecer assustadora.<br />

Pensar sobre o que as leva a ter essas percepções<br />

potencializa seus significados. Além daqueles que amam ou<br />

odeiam uma obra à primeira vista, há quem só se envolva<br />

com ela por meio de um “detonador” de interesse, algo que<br />

desperte a sua atenção.<br />

A dinâmica da visita pode influenciar muito nesse<br />

sentido. Como já mencionado, ela deve estar adequada ao<br />

perfil do grupo para que as propostas sejam coerentes e os<br />

objetivos possam ser alcançados. Mas para que se torne<br />

significativa, ela precisa provocar um deslocamento no<br />

visitante, ou seja, precisa mexer com suas concepções, tirálo<br />

do lugar-comum. Trazer algo realmente desafiador para o<br />

grupo pode ajudar a mantê-lo interessado na proposta, mas<br />

não deve ser algo nem tão difícil que provoque desistência,<br />

nem tão fácil que desestimule a participação.<br />

A própria obra pode dar dicas de conteúdos potenciais,<br />

e ao pensá-los de forma expandida, podemos articulá-los<br />

com os mais diversos contextos, encontrando muitas vezes<br />

excelentes recursos e ferramentas para a desejada interação<br />

com o visitante. Frutas podem ajudar a discutir as formas de<br />

uma escultura, um barbante pode auxiliar na percepção das<br />

distâncias, fotos podem servir para explicar um processo de<br />

composição, entre outras infinitas possibilidades.<br />

12 13


De que maneiras podemos nos relacionar com um objeto<br />

artístico em uma exposição?<br />

Em primeiro lugar, o próprio objeto e sua forma determinam<br />

como podemos nos relacionar com ele. O espaço onde é<br />

exposto também influencia, por conta da configuração da<br />

montagem e pelos elementos de segurança utilizados, como<br />

faixas e vitrines. Porém, durante uma visita, podemos propor<br />

outros tipos de dinâmica que vão além da apreciação de uma<br />

obra. Quando propomos a montagem de um quebra-cabeça<br />

com a reprodução de uma pintura, por exemplo, estamos trazendo<br />

um novo significado para a experiência que o visitante<br />

tem com essa imagem, porque lhe damos a possibilidade de<br />

sair do lugar do espectador e de reconstruir a obra ele próprio.<br />

O mesmo acontece quando pedimos que os visitantes imitem a<br />

posição dos personagens de uma foto, ou pensem numa nova<br />

configuração para uma instalação, ou ainda escrevam sobre<br />

uma performance a que acabaram de assistir.<br />

O caminho a ser percorrido pelo grupo na exposição já<br />

é em si uma estratégia de trabalho, pois permite estabelecer<br />

um novo recorte, criando diferentes conexões entre os<br />

trabalhos que serão vistos, algumas das quais podendo ir<br />

além daquelas concebidas pela curadoria. Um possível desdobramento<br />

é imaginar um mesmo objeto em outro local,<br />

diferente da mostra, e perguntar aos visitantes para onde<br />

o deslocariam, por que e para quê, discutindo em seguida<br />

como isso alteraria sua relação com a obra.<br />

Exercícios de leitura<br />

Como mais uma proposta de reflexão sobre o trabalho do<br />

educador, seguem sugestões de exercício de leitura sobre<br />

duas fotografias pertencentes ao acervo do <strong>Instituto</strong> <strong>Moreira</strong><br />

<strong>Salles</strong>, ambas da artista Maureen Bisilliat. Após analisar<br />

cada uma, a ideia é que você pense em como desenvolveria<br />

essa proposta, levando em conta as suas próprias referências<br />

pessoais e profissionais: O que seria relevante para<br />

você? Você partiria de alguma das abordagens levantadas<br />

ou traria um ponto de vista totalmente diferente? Trabalharia<br />

com algum material de apoio para enriquecer a discussão?<br />

Para a leitura da fotografia à direita, poderíamos, a<br />

princípio, observar separadamente alguns de seus elementos.<br />

Pensemos na imagem desconstruída, ou seja, analisemos<br />

primeiro os objetos isolados e depois a imagem como<br />

um todo. Voltemos agora o olhar para o menino, notando<br />

sua pose, seu corpo, suas vestes e adereços.<br />

Que informações eles nos passam? Observemos agora o<br />

cenário − o cômodo e os objetos nele contidos. Como estão<br />

dispostos? Por fim, analisemos a luz, sua direção, sua intensidade<br />

e seu comportamento em relação ao espaço. Uma vez<br />

feita a leitura desses itens, é possível contextualizar o tempo<br />

e o espaço em questão? Existem informações que permitem<br />

identificar a cultura e a condição social reproduzidas?<br />

Em que circunstâncias a fotografia foi tirada? Ela foi<br />

produzida, montada? Ou será que capturou um momento<br />

espontâneo? Quais as diferenças e semelhanças entre a<br />

captura de um momento espontâneo, um momento produzido<br />

e um momento que mescla ambos? A artista se inseriu no<br />

ambiente e fotografou o menino dentro de sua casa? A partir<br />

da fotografia, é possível discutir o olhar da artista, isto é, o<br />

modo como ela se posiciona diante da cultura retratada?<br />

Maureen Bisilliat (1931– )<br />

Menino-anjo 1963<br />

negativo pb 6 x 6 cm<br />

Local: São José do Rio Pardo, São Paulo<br />

Coleção: Acervo <strong>Instituto</strong> <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong><br />

14


Inicialmente, percebemos que a imagem ao lado é composta<br />

por dois elementos: um em primeiro plano e outro em<br />

segundo. Do objeto em primeiro plano, vemos apenas um<br />

recorte. Que elementos a fotógrafa privilegiou no enquadramento?<br />

É possível deduzir a posição da artista no momento<br />

em que tirou a foto?<br />

Ao observar a composição da imagem, percebemos uma<br />

sobreposição de formas. O que permite a visualização de<br />

ambos os elementos? Quais são as semelhanças e diferenças<br />

entre eles? Se a imagem retratasse somente a estrutura em<br />

primeiro plano, seria possível identificarmos sua função?<br />

Nesse caso, poderíamos considerá-la uma fotografia abstrata?<br />

E se a imagem capturada fosse apenas a do segundo<br />

plano, que termo poderíamos usar para denominá-la?<br />

Podemos deduzir as dimensões da construção (largura<br />

e altura) e os materiais utilizados em sua confecção?<br />

Por que tais materiais? Será que o projeto é baseado em<br />

cálculos arquitetônicos?<br />

Quantas pessoas poderiam habitar a construção e de<br />

que forma elas se organizariam nesse espaço? Será que<br />

essas construções são resistentes? Quanto tempo leva para<br />

serem construídas? E quanto tempo duram?<br />

O que esse objeto representa para os membros da<br />

cultura local? E para a artista? Podemos ainda estabelecer<br />

comparações entre o objeto retratado e seus equivalentes<br />

arquitetônicos nas grandes cidades. Em que eles se<br />

assemelham? Em que se distinguem?<br />

Analisemos agora as duas imagens juntas, a fim de<br />

estabelecer conexões entre elas.<br />

As fotografias fornecem elementos para compreendermos<br />

a poética de Maureen? O que caracterizaria tal<br />

poética? Em que sentidos as imagens dialogam entre si? O<br />

que podemos dizer sobre seus aspectos formais? A artista<br />

explora elementos como linha e perspectiva? Como são os<br />

enquadramentos? Em que altura está a linha do horizonte?<br />

Como a fotógrafa trabalha a profundidade em cada imagem?<br />

Ambas as fotografias são capturadas em preto e branco.<br />

Essa escolha influencia o modo como lemos as imagens?<br />

Como seriam essas mesmas imagens coloridas? Que<br />

cores elas teriam? Será que as interpretaríamos da mesma<br />

maneira? É possível classificar as fotografias por algum<br />

gênero (por exemplo, artístico ou documental)? Quais são as<br />

diferenças entre fotografar figuras humanas e paisagens? O<br />

que um fotógrafo deve levar em conta em cada caso?<br />

Maureen Bisilliat (1931– )<br />

Estrutura de oca em construção 1973-1977<br />

negativo pb 35mm<br />

Local: Xingu<br />

Acervo: <strong>Instituto</strong> <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong><br />

17


Sobre a fotógrafa<br />

Notas<br />

Conhecer um pouco a vida do artista não é imprescindível<br />

para se relacionar com o seu trabalho, mas pode ajudar a<br />

compreender suas influências, referências e inspirações,<br />

revelando os caminhos que o levaram a construir sua<br />

trajetória e poética.<br />

Após realizar estudos de pintura em Paris e Nova York,<br />

Maureen Bisilliat desenvolveu uma obra fotográfica que<br />

transcende a intenção plástica. Por meio dela, a artista<br />

busca apreender aspectos profundos da cultura brasileira.<br />

Seus temas relacionam-se com a antropologia, ao tratar de<br />

lugares inexplorados, do estabelecido como “exótico” no<br />

imaginário coletivo, e incorporam também referências de<br />

outras artes, como a literatura.<br />

Maureen nasceu em Englefields Green (Surrey,<br />

Inglaterra) em 1931, mas vive no Brasil desde a década de<br />

1950. Sua vinda para o país representa simbolicamente uma<br />

busca por raízes − o que, em suas próprias palavras, sendo<br />

filha de diplomata, ela nunca teria tido. Seu trabalho começou<br />

a se destacar na Editora Abril, onde atuou até o início<br />

dos anos 1970 como fotojornalista nas revistas Quatro rodas<br />

e Realidade. Nesta última, publicou ensaios célebres, como<br />

o que registrava o cotidiano das coletoras de caranguejo de<br />

um mangue em Pernambuco.<br />

Ainda nessa década, no âmbito de várias iniciativas<br />

de resgate da cultura indígena brasileira, Maureen viajou<br />

diversas vezes ao Parque Indígena do Xingu, onde captou<br />

imagens consideradas históricas e antológicas, reunidas<br />

nos livros Xingu, de 1978, e Xingu/Território tribal, de 1979.<br />

Paralelamente, a fotógrafa notabilizou-se pelos ensaios<br />

inspirados nas obras literárias de autores como Guimarães<br />

Rosa, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo<br />

Neto, Adélia Prado, Jorge Amado e Mário de Andrade.<br />

Premiada em diversas oportunidades, a partir dos anos<br />

1980 Maureen passou a se dedicar principalmente ao vídeo.<br />

Em 1988, foi convidada pelo antropólogo Darcy Ribeiro para<br />

formar um acervo de arte popular latino-americana para a Fundação<br />

Memorial da América Latina. Com esse fim, viajou para<br />

o México, Guatemala, Equador, Peru e Paraguai, recolhendo<br />

peças para a coleção permanente do Pavilhão da Criatividade,<br />

um dos espaços desta instituição, da qual hoje é curadora.<br />

Visitante utiliza visor em atividade de observação da exposição, 2009<br />

Foto: Equipe educativo IMS<br />

Coleção: Acervo educativo IMS<br />

1 Utilizamos a palavra experiência em um sentido específico,<br />

para além daqueles que os dicionários registram. Simplificadamente,<br />

pode-se dizer que ter uma experiência é relacionar-se<br />

com algo de um modo que nos “transforme” de alguma<br />

maneira. O contato com uma obra de arte pode ser bastante<br />

propício para se obter esse tipo de experiência, e é este viés<br />

que abordamos aqui. Alguns autores comentam essa noção<br />

de experiência, entre os quais John Dewey (em A arte como<br />

experiência), Jorge Larrosa (especialmente em Nota sobre a<br />

experiência e o saber da experiência) e Imanol Aguirre (Hacia<br />

un nuevo imaginario para la educación artística, sem tradução<br />

para o português).<br />

Visitante em atividade com câmera obscura, 2009<br />

Foto: Equipe educativo IMS<br />

Coleção: Acervo educativo IMS<br />

18 19


Conselho Fundação Bienal<br />

de São Paulo<br />

Fundador<br />

Francisco Matarazzo Sobrinho<br />

(1898–1977) Presidente perpétuo<br />

Conselho de Honra<br />

Oscar P. Landmann † Presidente<br />

Membros do Conselho de Honra<br />

composto de Ex-Presidentes<br />

Alex Periscinoto<br />

Carlos Bratke<br />

Celso Neves †<br />

Edemar Cid Ferreira<br />

Jorge Eduardo Stockler<br />

Jorge Wilheim<br />

Julio Landmann<br />

Luiz Diederichsen Villares<br />

Luiz Fernando Rodrigues Alves †<br />

Maria Rodrigues Alves †<br />

Manoel Francisco Pires da Costa<br />

Oscar P. Landmann †<br />

Roberto Muylaert<br />

Conselho de Administração<br />

Elizabeth Machado, Presidente<br />

Membros vitalícios<br />

Alex Periscinoto<br />

Áureo Bonilha<br />

Benedito José Soares de Mello Pati<br />

Ernst Guenther Lipkau<br />

Giannandrea Matarazzo<br />

Gilberto Chateaubriand<br />

Hélène Matarazzo<br />

João de Scantimburgo<br />

Jorge Wilheim<br />

Manoel Ferraz Whitaker <strong>Salles</strong><br />

Pedro Franco Piva<br />

Roberto Duailibi<br />

Roberto Pinto de Souza<br />

Rubens José Mattos Cunha Lima<br />

Thomaz Farkas<br />

Membros<br />

Adolpho Leirner<br />

Alberto Emmanuel Whitaker<br />

Alfredo Egydio Setubal<br />

Aluizio Rebello de Araujo<br />

Álvaro Augusto Vidigal<br />

Angelo Andrea Matarazzo<br />

Antonio Bias Bueno Guillon<br />

Antonio Henrique Cunha Bueno<br />

Arnoldo Wald Filho<br />

Beatriz Pimenta Camargo<br />

Beno Suchodolski<br />

Cacilda Teixeira da Costa<br />

Carlos Alberto Frederico<br />

Carlos Bratke<br />

Carlos Francisco Bandeira Lins<br />

Carlos Jereissati<br />

Cesar Giobbi<br />

David Feffer<br />

Decio Tozzi<br />

Eleonora Rosset<br />

Elizabeth Machado<br />

Emanoel Alves de Araújo<br />

Evelyn Ioschpe<br />

Fábio Magalhães<br />

Fernando Greiber<br />

Gian Carlo Gasperini<br />

Gustavo Halbreich<br />

Jens Olesen<br />

José Olympio da Veiga Pereira<br />

Julio Landmann<br />

Manoel Francisco Pires da Costa<br />

Marcos Arbaitman<br />

Maria Ignez Corrêa da Costa Barbosa<br />

Miguel Alves Pereira<br />

Paulo Sérgio Coutinho Galvão<br />

Pedro Aranha Corrêa do Lago<br />

Pedro Cury<br />

Pedro Paulo de Sena Madureira<br />

René Parrini<br />

Roberto Muylaert<br />

Rubens Murillo Marques<br />

Susana Steinbruch<br />

Tito Enrique da Silva Neto<br />

Wolfgang Sauer<br />

Conselho Fiscal<br />

Manoel Ferraz Whitaker <strong>Salles</strong><br />

Carlos Francisco Bandeira Lins<br />

Tito Enrique da Silva Neto<br />

Suplentes<br />

Pedro Aranha Corrêa do Lago<br />

Carlos Alberto Frederico<br />

Gustavo Halbreich<br />

Diretoria executiva<br />

Heitor Martins, Presidente<br />

Eduardo Vassimon, 1º Vice-Presidente<br />

Justo Werlang, 2º Vice-Presidente<br />

Diretores<br />

Jorge Fergie<br />

Laymert Garcia dos Santos<br />

Lucas Melo<br />

Luis Terepins<br />

Miguel Chaia<br />

Pedro Barbosa<br />

Salo Kibrit<br />

Diretores Representantes<br />

Embaixador Celso Amorim, Ministro das<br />

Relações Exteriores<br />

Juca Ferreira, Ministro da Cultura<br />

João Sayad, Secretário de Estado da Cultura<br />

Carlos Augusto Calil, Secretário Municipal<br />

de Cultura<br />

<strong>29</strong>ª Bienal de São Paulo<br />

Curadoria<br />

Curadores-chefes<br />

Moacir dos Anjos<br />

Agnaldo Farias<br />

Curadores Convidados<br />

Chus Martinez<br />

Fernando Alvin<br />

Rina Carvajal<br />

Sarat Maharaj<br />

Yuko Hasegawa<br />

Assistentes Curatoriais<br />

Ana Maria Maia<br />

Diego Matos<br />

Paulo Miyada<br />

Pesquisadoras<br />

Dorothee Albrecht<br />

Stina Edblon<br />

Isabel Teixeira, Secretária da Curadoria<br />

Produção Executiva<br />

Emilio Kalil, Diretor<br />

Yumi Watari, Assistente<br />

Coordenadoras<br />

Dora Silveira Corrêa<br />

Cláudia Vendramini<br />

Felipe Isola, Assistente<br />

Produtores<br />

Ana Francisca Barros<br />

Carolina Vendramini<br />

Luciana Soares<br />

Renato Silva<br />

Marília Arantes Loureiro, Assistente<br />

Editorial<br />

Cristina Fino, Coordenação Editorial<br />

Museografia<br />

Marta Bogéa Arquitetura<br />

Colaboradores<br />

Tiago Guimarães<br />

Laura Bigliassi<br />

Marcus Vinicius Santos<br />

Projeto Educativo<br />

Stela Barbieri, Curadora Educacional<br />

Angela Castelo Branco, Assistente de<br />

Curadoria<br />

Laura M. Barboza Pinto, Supervisão Geral<br />

e Coordenação do Curso de Educadores<br />

Mariana Serri Francoio, Assistente de<br />

Coordenação do Curso de Educadores<br />

Carlos Barmak, Coordenação das Ações<br />

nas Comunidades<br />

Marisa Szpigel, Coordenação Geral do<br />

Curso de Formação a Distância<br />

Bruno Fischer Dimarch, Coordenação<br />

Técnica do Curso de Formação a Distância<br />

Denise Teixeira, Coordenadora de<br />

Oficinas, Workshops e Palestras<br />

Stella Queiroga Gomes dos Santos (Guga),<br />

Secretária<br />

Relações externas<br />

Helena Kavaliunas, Coordenação<br />

Júlia Milaré Gropo<br />

Veridiana Simons<br />

Pedro Milaré Gropo<br />

Professores<br />

Deborah Paiva<br />

Diogo de Moraes<br />

Guilherme Teixeira<br />

Documentação fotográfica<br />

Denise Adams<br />

Mariana Galender<br />

Edição do site e produção de textos<br />

Fernanda Albuquerque<br />

Produção<br />

Melina Borba, Coordenação<br />

Gustavo Melo<br />

Ana Carolina Magalhães<br />

Marcelo Tamassia Fernandes Pinto<br />

Supervisores dos educadores<br />

Adriana Miranda Aguiar<br />

Affonso Prado Valladares Abrahão<br />

Anita Limulja<br />

Carlota Mazon<br />

Elaine Fontana<br />

Emmanuela Tolentino Santos<br />

Fabíola de Almeida <strong>Salles</strong> Mariano<br />

Fernanda Simionato<br />

Giuliano Tierno<br />

Julia Goeldi<br />

Larissa Glebova<br />

Magno Rodrigues Faria<br />

Maíra Ribeiro Spilak<br />

Maralice Antunes Camillo<br />

Matheus Leston<br />

Maurício André da Silva<br />

Mayra Oi Saito<br />

Otávio Zani Teixeira<br />

Pablo Talavera<br />

Paula Yurie Torelli Hijo<br />

Roberta Fialho de Abreu<br />

Talita Sousa Pedrosa Paes<br />

Tiago Lisboa De Mendonça Athayde<br />

Patrícia Marchesoni Quilici<br />

Voluntários<br />

Isabela Giugno<br />

Natália Braga Tonda<br />

Radamés Rocha<br />

Programas Especiais<br />

Helmut Batista (Projeto Capacete),<br />

Coordenador do Programa de Residências<br />

Pedro França, Coordenador da<br />

Programação dos Terreiros<br />

Fundação Bienal<br />

de São Paulo<br />

Administrativo<br />

Diretor Administrativo Financeiro<br />

Flávio Camargo Bartalotti<br />

Gerência de Recursos Humanos e<br />

Manutenção<br />

Mário Rodrigues, Gerente<br />

Felipe Araújo Machado<br />

Valdemiro Rodrigues da Silva<br />

Vinícius Robson da Silva Araújo<br />

Rodrigo Martins<br />

Gerência Financeira<br />

Kátia Marli Silveira Marante, Gerente<br />

Amarildo Firmino Gomes<br />

Lisânia Praxedes dos Santos<br />

Thatiane Pinheiro Ribeiro<br />

Gerência de Secretaria Geral<br />

Maria Rita Marinho, Gerente<br />

Angélica de Oliveira Divino<br />

Maria da Glória do Espírito Santo de Araújo<br />

Josefa Gomes<br />

Tecnologia e Inovação<br />

Marcos Machuca, Assessor Especial<br />

Anderson de Andrade<br />

Valdemiro Rodrigues da Silva<br />

Arquivo Histórico Wanda Svevo<br />

Adriana Villela, Coordenadora<br />

Natália Leoni, Pesquisadora<br />

Jorge Lody, Administrador de Banco de<br />

Dados<br />

José Leite de A. Silva (Seu Dedé), Auxiliar<br />

Administrativo<br />

Ana Paula Andrade Marques, Estagiária<br />

Bienal Digital<br />

Laymert Garcia dos Santos, Coordenador<br />

Elton Corbanezi, Assessor<br />

Adriana Villela<br />

Ana Maria Maia<br />

Ângela Castelo Branco<br />

André Stolarski<br />

Chico Caminati<br />

Diana Dobranszky<br />

Diego Matos<br />

Marcos Machuca<br />

Paulo Miyada<br />

Pedro Weingärtner<br />

Rony Rodrigues<br />

Stela Barbieri<br />

Victor Bergmann<br />

Design Bienal<br />

André Stolarski, Diretor<br />

Ana Elisa de Carvalho Silva<br />

Felipe Kaizer<br />

Victor Bergmann, Webdesigner<br />

Estagiários<br />

Fernando Laranjeira Petrich<br />

João Paulo Parenti Ceban<br />

Relações Institucionais e Projetos<br />

Especiais<br />

Flávia Abbud, Coordenadora<br />

Marina Terepins, Assistente<br />

Programa Brasil Arte Contemporânea,<br />

convênio com Ministério da Cultura<br />

Elton Corbanezi, Coordenação<br />

Marina Scaramuzza, Assistente<br />

Projeto Setorial Integrado – Brasil<br />

Arte Contemporânea, convênio com<br />

Apex-Brasil<br />

Têra Queiroz, Gerente<br />

Marketing e Captação de Recursos<br />

Coordenadoras<br />

Alessandra Effori<br />

Marta Delpoio<br />

Assistentes<br />

Bruna Azevedo<br />

Glaucia Ribeiro<br />

Produção<br />

Coordenação Administrativa<br />

Vânia Mamede C. Shiroma, Coordenadora<br />

Mônica Shiroma de Carvalho, Produtora<br />

Cultural<br />

Viviane Teixeira, Assistente<br />

Produção Editorial<br />

Diana Dobranszky<br />

Publicação<br />

Concepção<br />

Stela Barbieri<br />

Angela Castelo Branco<br />

Coordenação Editorial<br />

Cristina Fino<br />

Edição dos Textos<br />

Fernanda Albuquerque<br />

Fernanda Lopes<br />

Cristina Fino<br />

Design Gráfico<br />

André Storlarski<br />

Ana de Carvalho<br />

Felipe Kaizer<br />

Fernando Petrich<br />

Produção Editorial<br />

Diana Dobranszky<br />

Revisão Técnica<br />

Angela Castelo Branco<br />

Laura Barboza<br />

Preparação<br />

Carla Mello <strong>Moreira</strong><br />

Revisão<br />

Regina Stocklen


<strong>Instituto</strong> <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong><br />

Fundador<br />

Walther <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong> (1912-2001)<br />

Diretoria Executiva<br />

Presidente<br />

João <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong><br />

Coordenador editorial<br />

Samuel Titan Jr.<br />

Coordenador – Internet<br />

Michel Laub<br />

Coordenadora – Música<br />

Beatriz Paes leme<br />

Texto<br />

Equipe Educativo IMS-SP<br />

Luciana Nobre<br />

Lorena Botti<br />

Roseli M. Evangelista<br />

Edição e Revisão<br />

Cide Piquet<br />

Vice-Presidente<br />

Gabriel Jorge Ferreira<br />

Diretores Executivos<br />

Mauro Agonilha<br />

Raul Manuel Alves<br />

Conselho de Administração<br />

Presidente<br />

João <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong><br />

Coordenador-Fotografia<br />

Sergio Burgi<br />

Coordenadora – Artes<br />

Heloisa Espada<br />

Coordenadoras - Centros Culturais<br />

Elizabeth Pessoa Teixeira<br />

Odette J. Cabral Vieira<br />

Vera Regina Magalhães Castellano<br />

Fotos<br />

2ª Capa<br />

Alunos realizam desenhos para construir<br />

narrativas a partir das fotografias expostas, 2009<br />

Foto: Equipe educativo IMS<br />

Coleção: Acervo educativo IMS<br />

3ª Capa<br />

Fachada do Centro Cultural IMS-SP,<br />

em Higienópolis, São Paulo/SP, 1998<br />

Foto: Edu Simões<br />

Coleção: Acervo IMS<br />

Vice-Presidente<br />

Fernando Roberto <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong><br />

Conselheiros<br />

Gabriel Jorge Ferreira<br />

Pedro <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong><br />

Walther <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong> Junior<br />

Administração<br />

Superintendente Executivo<br />

Flávio Pinheiro<br />

Coordenadores Executivos<br />

Jânio Gomes<br />

Samuel Titan Jr.<br />

Coordenadora Executiva de Apoio<br />

Odette Vieira<br />

Coordenadora – Literatura<br />

Elvia Maria de Sá Bezerra<br />

Educativo<br />

Coordenadora responsável<br />

Odete J. Cabral Vieira<br />

Supervisora e educadora - São Paulo<br />

Roseli M. Evangelista<br />

Assistente Cultural e educadora - São Paulo<br />

Luciana Nobre<br />

Educadora - São Paulo<br />

Lorena Botti<br />

Educadoras - Rio de Janeiro<br />

Gabriela da Silva Lima<br />

Joana P. de Moraes<br />

Educadora - Poços de Caldas<br />

Mariza Aparecida Pereira<br />

<strong>Instituto</strong> <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong> IMS / SP<br />

Rua Piauí, 844 , 1º andar, Higienópolis<br />

http://ims.uol.com.br/ims<br />

EducAtivo IMS<br />

acao.educativa@ims.com.br<br />

11 3825-2560


INSTITUTO MOREIRA SALLES<br />

INSTITUIÇÕES<br />

CULTURAIS PARCEIRAS<br />

Associação Cultural Videobrasil<br />

Caixa Cultural<br />

Centro Cultural Banco do Brasil<br />

Centro Cultural São Paulo<br />

Centro da Cultura Judaica<br />

FIESP/SESI-SP<br />

<strong>Instituto</strong> de Arte Contemporânea<br />

<strong>Instituto</strong> Arte na Escola<br />

<strong>Instituto</strong> <strong>Moreira</strong> <strong>Salles</strong><br />

<strong>Instituto</strong> Tomie Ohtake<br />

Itaú Cultural<br />

Memorial da América Latina<br />

Museu Afro Brasil<br />

Museu Brasileiro da Escultura<br />

Museu da Casa Brasileira<br />

Museu da Cidade de São Paulo<br />

Museu da Imagem e do Som<br />

Museu de Arte Brasileira da FAAP<br />

Museu de Arte Contemporânea da USP<br />

Museu de Arte Moderna de São Paulo<br />

Museu de Arte de São Paulo<br />

Museu Lasar Segall<br />

Paço das Artes<br />

Pinacoteca do Estado de São Paulo<br />

SESCsp<br />

UNIVERSIDA<strong>DE</strong>S<br />

PARCEIRAS<br />

Centro Universitário<br />

Belas Artes de São Paulo<br />

Escola de Comunicações e Artes<br />

da Universidade de São Paulo<br />

Faculdade Santa Marcelina<br />

Fundação Armando Alvares Penteado<br />

Universidade Estadual Paulista<br />

APOIO<br />

CIEE<br />

Projeto Educativo <strong>29</strong>ª Bienal<br />

Fundação Bienal de São Paulo<br />

Patrocínio projeto educativo<br />

Patrocínio master<br />

Apoio institucional

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