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Fevereiro - Justiça Federal

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Informativo da Seção Judiciária do Paraná<br />

Ano XXI | Nº 103 | <strong>Fevereiro</strong>/2009<br />

A informatização a serviço da<br />

Justiça <strong>Federal</strong><br />

Páginas 6 e 7<br />

Entrevista com o Desembargador Paulo Afonso Brum Vaz Página 3<br />

Informações sobre a divisão do antigo Núcleo de Recursos Humanos<br />

Entenda o funcionamento do Núcleo de Apoio Administrativo<br />

Páginas 4 e 5<br />

Página 8


Expediente<br />

JUSTIÇA FEDERAL DO PARANÁ<br />

Administração<br />

Juiz <strong>Federal</strong> MARCELO MALUCELLI - Diretor do Foro<br />

Juiz <strong>Federal</strong> DANILO PEREIRA JUNIOR - Vice-Diretor<br />

MARCOS VENÍCIO HOLANDA - Diretor da Secretaria Administrativa<br />

Agenda<br />

Ministro do STJ visita Justiça <strong>Federal</strong> em Curitiba<br />

Subseção Judiciária de Curitiba<br />

Foro <strong>Federal</strong> Manoel de Oliveira Franco Sobrinho<br />

Av Anita Garibaldi, 888 - CEP 80540-180 - Curitiba - Paraná<br />

PABX (41) 3313-4400<br />

1ª a 8ª Varas Federais Cíveis<br />

1ª a 3ª Varas Federais Criminais<br />

1ª a 3ª Varas Federais de execuções Fiscais<br />

Vara <strong>Federal</strong> Previdenciária<br />

Vara <strong>Federal</strong> do Sistema Financeiro de Habilitação<br />

Vara <strong>Federal</strong> Ambiental, Agrária e Residual<br />

Sede Centro<br />

R Voluntários da Pátria, 532 - CEP 80020-000 - Curitiba - Paraná<br />

PABX (41) 3219-7500<br />

1ª, 2ª, 3ª e 4ª Varas do Juizado Especial <strong>Federal</strong> Cível e Previdenciário<br />

1ª e 2ª Turmas Recursais<br />

Subseção Judiciária de Apucarana<br />

R Miguel Simião, 350 - CEP 86800-260 - PABX (43) 3422-9035<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> ROBSON CARLOS DE OLIVEIRA<br />

Subseção Judiciária de Campo Mourão<br />

Av José Custódio de Oliveira, 1345 - CEP 87300-020 - PABX (44) 3523-7900<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> CLEBER SANFELICI OTERO<br />

Subseção Judiciária de Cascavel<br />

R Paraná , 2767 - CEP 85802-840 - PABX (45) 3225-4983<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> SUANE MOREIRA DE OLIVEIRA<br />

Subseção Judiciária de Foz do Iguaçu<br />

R Edmundo de Barros, 1989 – CEP 85856-310 – PABX (45) 3523-2848<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> PEDRO CARVALHO AGUIRRE FILHO<br />

Subseção Judiciária de Francisco Beltrão<br />

R Tenente Camargo, 1660 – CEP 85601-610 – PABX (46) 3524-6168<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> ANA CARINE BUSATO DAROS<br />

Subseção Judiciária de Guarapuava<br />

R Professor Becker, 2730 – CEP 85015-230 – PABX (42) 3623-4107<br />

Juizado Especial <strong>Federal</strong> Avançado em Pitanga<br />

Av Interventor Manoel Ribas, 420 – CEP 85200-000 – PABX (42) 3646-2425<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> MARCOS JOSEGREI DA SILVA<br />

Subseção Judiciária de Jacarezinho<br />

R Paraná, 833 – CEP 86400-000 – PABX (43) 3525-7401<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> MAURO SPALDING<br />

Subseção Judiciária de Londrina<br />

Av do Café, 543 – CEP 86038-000 – PABX (43) 3325-7414<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> FRANCO MATTOS E SILVA<br />

Subseção Judiciária de Maringá<br />

R XV de Novembro, 734 – CEP 87013-320 – PABX (44) 3226-1862<br />

Juizado Especial <strong>Federal</strong><br />

Av Cerro Azul, 544 – CEP 87010-000 – PABX (44) 3226-1862<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> ADRIANO JOSÉ PINHEIRO<br />

Subseção Judiciária de Paranaguá<br />

R Comendador Correia Junior, 662 – CEP 83203-560 – PABX (41) 3422-8910<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> ANA BEATRIZ VIEIRA DA LUZ PALUMBO<br />

Subseção Judiciária de Paranavaí<br />

R São Cristóvão, 144 – CEP 87706-070 – PABX (44) 3422-7396<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> MARCIA VOGEL VIDAL DE OLIVEIRA<br />

Subseção Judiciária de Pato Branco<br />

R Itacolomi, 710 – CEP 85501-240 – PABX (46) 3225-0650<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> LIANE VIEIRA RODRIGUES<br />

Subseção Judiciária de Ponta Grossa<br />

R Theodoro Rosas, 1125 – CEP 84010-180 – PABX (42) 3222-4343<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> ANTONIO CÉSAR BOCHENEK<br />

Subseção Judiciária de Toledo<br />

Av Maripá, 1185 – CEP 85900-000 – PABX (45) 3278-1459<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> ANDRÉIA CASTRO DIAS<br />

Subseção Judiciária de Umuarama<br />

Av Brasil, 4159 – CEP 87501-000 – PABX (44) 3624-6968<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> NARENDRA BORGES MORALES<br />

Subseção Judiciária de União da Vitória<br />

R Professora Amazília, 780 – CEP 84600-000 – PABX (42) 3522-0091<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> GRAZIELA SOARES<br />

Juízes Coordenadores<br />

Coordenador da Central de Mandados<br />

Juiz <strong>Federal</strong> FRIEDMANN ANDERSON WENDPAP<br />

Coordenador da Ouvidoria<br />

Juiz <strong>Federal</strong> MARCOS JOSEGREI DA SILVA<br />

Coordenador do Atendimento aos Juizados Especiais Federais<br />

Juiz <strong>Federal</strong> RODRIGO KRAVETZ<br />

Coordenadora da Capacitação<br />

Juíza <strong>Federal</strong> VERA LUCIA FEIL PONCIANO<br />

Coordenador da Biblioteca<br />

Juiz <strong>Federal</strong> NICOLAU KONKEL JUNIOR<br />

Consultor de Descarte de Autos Findos<br />

Juiz <strong>Federal</strong> JOSÉ SABINO DA SILVEIRA<br />

Esta publicação é editada pela<br />

Seção de Comunicação Social<br />

Av Anita Garibaldi, 888 – 6º andar – CEP 80540-180 – Tel (41) 3313-4430<br />

www.jfpr.gov.br / comsoc@jfpr.gov.br<br />

Supervisora da Seção: Marísia Faucz<br />

Jornalista Responsável: Paula Caroline Zarth Padilha (MTE 05289/PR)<br />

Estagiária de Jornalismo: Nayara Oliveira Brante<br />

Impressão/Arte-final: Freegraf: Free Editora e Gráfica LTDA (3286-8876)<br />

Tiragem: 2.200 exemplares<br />

02<br />

Justiça <strong>Federal</strong> em revista | Ano XXI | Nº 113 | <strong>Fevereiro</strong> / 2009<br />

No dia 9 de fevereiro, o Diretor do Foro da Seção Judiciária do Paraná,<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Marcelo Malucelli, recebeu o Ministro Arnaldo Esteves Lima,<br />

do Superior Tribunal de Justiça, que esteve em visita à Subseção<br />

Judiciária de Curitiba, onde se reuniu com Juízes Federais. No STJ desde<br />

2004, o Ministro foi Juiz <strong>Federal</strong> da 2ª Vara de Curitiba em 1979. O<br />

magistrado veio a Curitiba a convite da Escola da Magistratura Estadual,<br />

a fim de proferir a aula inaugural das turmas de 2009 para o XXVII Curso<br />

de Preparação à Magistratura do Estado do Paraná.<br />

Encontro de assessores da Justiça <strong>Federal</strong> em Brasília<br />

Nos dias 3 e 4 de março de 2009, o Superior Tribunal de Justiça, em<br />

parceria com o Conselho da Justiça <strong>Federal</strong> e Centro de Estudos<br />

Judiciários, promoveu o IV Encontro de Assessores de Comunicação<br />

Social da Justiça <strong>Federal</strong>. A Supervisora da Seção de Comunicação<br />

Social da Seção Judiciária do Paraná participou do evento, que contou<br />

com palestras e conferências de renomados jornalistas, como Paulo<br />

Markun, Jorge Duarte e Teresa Cruvinel. O evento também debateu<br />

temas sobre os problemas e a necessidade de normatização da<br />

divulgação e produção de notícias que são encaminhadas à imprensa e<br />

publicadas nos diversos veículos de comunicação das instituições do<br />

Poder Judiciário.<br />

Voluntariado em Curitiba<br />

A Campanha de Natal de 2008 da Associação Cidadania em Ação teve<br />

como tema “Adote uma criança”. Magistrados e servidores da Justiça<br />

<strong>Federal</strong> do Paraná apadrinharam instituições para presentear as<br />

crianças. As instituições participantes foram: Associação Curitibana dos<br />

órfãos da Aids, com 33 crianças, Centro de Integração Digital São Luís<br />

Orione, com 67 crianças, Associação Paranaense Alegria de Viver, com<br />

22 crianças, e Lar O Bom Caminho, que atende 38 crianças. Também<br />

receberam presentes 101 filhos de terceirizados com idade até 12 anos.<br />

Cada beneficiado recebeu um brinquedo e uma peça de roupa.


Currículo permanente aborda Direito Processual<br />

Civil em 2009<br />

Em Foco<br />

Aulas do Currículo Permanente são direcionadas aos<br />

magistrados federais da 4ª Região<br />

O Módulo VII do Currículo Permanente terá início nos dias 19 e 20 de março, na<br />

sede do TRF da 4ª Região, em Porto Alegre. O módulo tratará de Direito Processual<br />

Civil, com palestras direcionadas aos Juízes Federais da 4ª Região. Neste módulo, as<br />

aulas para os magistrados do Paraná e de Santa Catarina serão realizadas de forma<br />

conjunta nos dias 26 e 27 de março em Florianópolis, 14 e 15 de maio em Curitiba e<br />

com o encerramento novamente na capital paranaense, nos dias 18 e 19 de junho. O<br />

curso é promovido pela Escola da Magistratura do TRF da 4ª Região – Emagis.<br />

Entrevista: Desembargador <strong>Federal</strong><br />

Paulo Afonso Brum Vaz – Diretor da Emagis<br />

Qual a proposta da Emagis para 2009?<br />

Paulo Afonso Brum Vaz - Estamos trabalhando<br />

atualmente nas atividades comemorativas dos 20 anos<br />

do TRF4. A EMAGIS está preparando uma edição especial<br />

da Revista do TRF4 divulgando artigos de<br />

Desembargadores aposentados e acórdãos históricos<br />

destes 20 anos.<br />

Pretendemos, ainda no 1º semestre, lançar o EAD-<br />

EMAGIS, um sistema criado pela Escola para incrementar<br />

o ensino à distância. O curso inaugural deverá versar<br />

sobre a reforma ortográfica.<br />

Nossa proposta para 2009 contempla a realização de<br />

cursos nos três Estados, podendo destacar, em Curitiba,<br />

nos dias 28 e 29 de maio, um Seminário sobre Direito<br />

Econômico, com a participação de juristas de renome<br />

internacional e outro (curso) de Administração da<br />

Justiça, enfocando "técnicas de administração do<br />

tempo", nos dias 08 e 09 de junho.<br />

Está também programado para ocorrer no mês de junho<br />

o tradicional encontro de magistrados criminais, a<br />

realizar-se em Foz do Iguaçu nos dias 15 e 16. Curitiba<br />

deverá sediar duas rodadas de aulas do Currículo<br />

Permanente - Módulo VII de Processo Civil, nos dias 14 e<br />

15 de maio e 18 e 19 de junho.<br />

Qual a contribuição do Currículo Permanente para<br />

a formação dos magistrados?<br />

Paulo Afonso Brum Vaz - Com uma proposta pedagógica<br />

voltada para a formação humanista e sintonizada com as<br />

aspirações sociais, o currículo representa um diferencial<br />

na formação tradicional de magistrados. É atividade de<br />

ensino mais importante da EMAGIS, pois possibilita, com<br />

muita qualidade, o aperfeiçoamento permanente dos<br />

magistrados federais da 4ª Região, contribuindo também<br />

no processo de vitaliciamento e na valoração de méritos<br />

para fins de promoção.<br />

Como tem sido sua experiência na Direção da<br />

Emagis?<br />

Paulo Afonso Brum Vaz - Proveitosa. Tem sido muito<br />

prazeroso dirigir a EMAGIS, principalmente porque<br />

estamos trabalhando para um corpo de magistrados<br />

que é orgulho brasileiro e totalmente vocacionado<br />

para busca do conhecimento.<br />

Considero que a mudança do papel das Escolas, a partir<br />

da EC 45/04, impôs um novo ritmo de trabalho e a<br />

necessidade de profissionalização das atividades das<br />

Escolas.<br />

Contando com a abnegação de servidores de extremada<br />

competência e sensibilidade, com o apoio da Presidência<br />

e da Corregedoria do TRF4, penso que estamos no<br />

caminho certo na aspiração de construir um novo<br />

modelo de formação e aperfeiçoamento para os nossos<br />

juízes.<br />

Programação da Emagis para o<br />

1º Semestre<br />

Data Evento Local<br />

19 e 20<br />

26 e 27<br />

06 e 07<br />

16 e 17<br />

23 e 24<br />

04 e 05<br />

07 e 08<br />

14 e 15<br />

14 e 15<br />

25 a 28<br />

28 a 29<br />

28 a 29<br />

1º e 02<br />

04 e 05<br />

08 e 09<br />

08 e 09<br />

15 e 16<br />

18 e 19<br />

MARÇO<br />

Curriculo Permanente - Módulo VII - Processo Civil<br />

( Aula Inaugural)<br />

Currículo Permanente - Módulo VII - Processo Civil<br />

ABRIL<br />

Gestão - Liderança e desenvolvimentos de equipes<br />

Currículo Permanente - Módulo VII - Processo Civil<br />

Direito Societário e Mercado de Capitais - CVM<br />

MAIO<br />

Gestão - Comunicação e negociação<br />

Currículo Permanente - Módulo VII - Processo Civil<br />

Currículo Permanente - Módulo VII - Processo Civil<br />

Direito Societário e Mercado de Capitais - CVM<br />

Congresso Direito Francês e Direito Brasileiro:<br />

perspectivas nacionais e comparada<br />

Direito Societário e Mercado de Capitais - CVM<br />

Seminário de Direito Econômico<br />

JUNHO<br />

Seminário de combate à pirataria<br />

Currículo Permanente - Módulo VII - Processo Civil<br />

Gestão - Administração do tempo<br />

II Seminário de Direito à Saúde ( a definir)<br />

Encontro de Magistrados de Varas e JEFs Criminais<br />

Currículo Permanente - Módulo VII - Processo Civil<br />

Porto Alegre<br />

Florianópolis<br />

Porto Alegre<br />

Porto Alegre<br />

Porto Alegre<br />

Florianópolis<br />

Porto Alegre<br />

Curitiba<br />

Porto Alegre<br />

Porto Alegre<br />

Porto Alegre<br />

Curitiba<br />

Florianópolis<br />

Porto Alegre<br />

Curitiba<br />

Porto Alegre<br />

Foz do Iguaçu<br />

Curitiba<br />

03<br />

Justiça <strong>Federal</strong> em revista | Ano XXI | Nº 113 | <strong>Fevereiro</strong> / 2009


Institucional<br />

Transformação do Núcleo de Recursos Humanos<br />

A Resolução nº 3, de 15 de janeiro de 2009, da Presidência do Tribunal Regional <strong>Federal</strong> da 4ª Região,<br />

que reestruturou a Seção Judiciária do Paraná, criou o Núcleo de Gestão Funcional e o Núcleo de<br />

Acompanhamento e Desenvolvimento Humano, em substituição ao Núcleo de Recursos Humanos (NRH).<br />

De acordo com o Diretor do Núcleo de Gestão Funcional, Rogério Rössler Afonso, anteriormente<br />

Diretor do NRH, “constatou-se a necessidade dessa divisão em virtude do considerável incremento no<br />

número de servidores e magistrados, o qual teve reflexos em todas as áreas do RH”. Ainda, segundo o<br />

Diretor, o Núcleo atuava com uma grande diversidade de assuntos, sendo que a divisão em dois núcleos<br />

possibilitou o fortalecimento de cada área de atuação (uma área mais voltada às questões burocráticas<br />

de pessoal e outra para o desenvolvimento e acompanhamento de pessoas), possibilitando um melhor<br />

atendimento das necessidades de servidores e magistrados.<br />

Núcleo de Acompanhamento e<br />

Desenvolvimento Humano - NADH<br />

Núcleo de Gestão Funcional - NGF<br />

Missão<br />

Contempla diretrizes políticas e estratégias de<br />

qualificação profissional definidas pelo Conselho<br />

da Justiça <strong>Federal</strong>, ao lado de políticas vinculadas à<br />

qualidade de vida nas esferas médica, social e<br />

psicológica. O Núcleo tem por missão<br />

instrumentalizar a Direção do Foro e a Secretaria<br />

Administrativa com meios mais efetivos para<br />

implementar uma política de aperfeiçoamento<br />

profissional, visando a melhoria da qualidade dos<br />

serviços judiciários. As ações de desenvolvimento<br />

profissional são alinhadas com as competências<br />

organizacionais da Justiça <strong>Federal</strong>.<br />

Direção do Núcleo – Márcia Maria Dias Collin<br />

Seções do Núcleo:<br />

Seção Médica e Odontológica<br />

Supervisor: Dr. Allan Berno de Carvalho<br />

Telefone: (41) 3313–4460<br />

e-mail: pericias@jfpr.gov.br<br />

Seção de Estágios, Trabalho Voluntário e Aprendizes<br />

Supervisora: Maggie Laize Dilli Ribeiro<br />

Telefone: (41) 3313-4453<br />

e-mail: estagios@jfpr.gov.br<br />

Seção de Desenvolvimento Humano<br />

Supervisora: Elena Rita Tortelli<br />

Telefone: (41) 3313-4452<br />

e-mail: desenvolvimento@jfpr.gov.br<br />

Seção de Acompanhamento Psicossocial<br />

Supervisora: Laura Cristina Coelho Schabatura<br />

Telefone: (41) 3313-4451<br />

e-mail: acompanhamentos@jfpr.gov.br<br />

Seção de Progressão Funcional e Apoio Jurídico<br />

Supervisora: Jocelei Hohmann Domingues<br />

Telefone: (41) 3313-4475<br />

e-mail: progressao@jfpr.gov.br<br />

Missão<br />

A principal missão deste núcleo é a de<br />

administrar a vida funcional dos servidores e<br />

magistrados nas questões formais e burocráticas.<br />

Sua atuação da suporte às questões que envolvem<br />

legislação, cadastro (registro e instrução dos<br />

pedidos dos servidores), pagamento de pessoal,<br />

instruções de pensões e aposentadorias e a<br />

administração do plano de saúde e odontológico<br />

dos servidores e magistrados.<br />

Direção do Núcleo – Rogério Rössler Afonso<br />

Seções do Núcleo:<br />

Seção de Pagamento de Pessoal<br />

Supervisor: Mário Procopiuck<br />

Telefone: (41) 3313-4455<br />

e-mail: pagamento@jfpr.gov.br<br />

Seção de Assistência à Saúde<br />

Supervisora: Luise Maia Schimd Porciúncula<br />

Telefone: (41) 3313-4458<br />

e-mail: saude@jfpr.gov.br<br />

Seção de Inativos e Pensionistas<br />

Supervisora: Carla de Souza Guerra<br />

Telefone: (41) 3313-4494<br />

e-mail: inativos@jfpr.gov.br<br />

Seção de Legislação de Pessoal<br />

Supervisor: Florisvaldo Marques de Souza Junior, e.e.<br />

Telefone: (41) 3313-4475<br />

e-mail: legislacao@jfpr.gov.br<br />

Seção de Pessoal<br />

Supervisora: Simone Fátima de Oliveira Silva<br />

Telefone: (41) 3313-4457<br />

e-mail: pessoal@jfpr.gov.br<br />

04<br />

Justiça <strong>Federal</strong> em revista | Ano XXI | Nº 113 | <strong>Fevereiro</strong> / 2009


Alterações do Programa de Estágio<br />

A Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe<br />

sobre o estágio de estudantes, revogou a legislação anterior,<br />

resultando em alterações no Programa de Estágio<br />

desenvolvido pelo Tribunal Regional <strong>Federal</strong> da 4ª Região e,<br />

consequentemente, das Seções Judiciárias. A partir de<br />

dezembro de 2008 as novas regras têm sido implementadas<br />

no Paraná, que desde 1997 contempla a contratação de<br />

estagiários de nível médio e superior.<br />

Em decorrência da Lei, foi editada a Resolução nº 39, de 12<br />

de dezembro de 2008, do Conselho da Justiça <strong>Federal</strong> e,<br />

respeitando as peculiaridades do TRF da 4ª Região,<br />

atualizada a Instrução Normativa 40-H-03.<br />

As alterações trazidas pela nova legislação são:<br />

1) Auxílio-transporte: será pago o valor diário de R$ 5,00<br />

por dias efetivamente trabalhados, nos termos da Portaria nº<br />

319, de 22 de dezembro de 2008, da Presidência do TRF da 4ª<br />

Região.<br />

2) Vedada a contratação: de estagiário que possuir vínculo<br />

profissional ou de estágio com advogado ou sociedade de<br />

advogados que atuarem em processos no órgão. Ainda há a<br />

vedação do estagiário servir como subordinado a magistrado<br />

ou a servidor investido em cargo de direção ou<br />

assessoramento que lhe seja cônjuge, companheiro ou<br />

parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o<br />

terceiro grau, inclusive.<br />

3) Redução da carga horária do estágio: em 50%,<br />

conforme estipulado no termo de compromisso de estágio,<br />

nos dias em que a instituição de ensino realizar avaliações<br />

escolares ou acadêmicas. Para tanto, deverá a instituição de<br />

ensino comunicar, no início do período letivo, as datas de<br />

realização de avaliações escolares ou acadêmicas.<br />

4) Recesso de 30 dias: sem prejuízo do pagamento da<br />

bolsa, quando o período de estágio for igual ou superior a um<br />

ano. Os dias de recesso serão concedidos de maneira<br />

proporcional nos casos do contrato de estágio ter duração<br />

inferior a um ano, ou seja, nas hipóteses do desligamento do<br />

estagiário verificar-se antes do término da vigência do<br />

respectivo contrato. Entretanto, se esse desligamento ocorrer<br />

por iniciativa do estudante, e ele não tiver usufruído o recesso<br />

proporcional a que teria direito, não haverá direito a usufruto<br />

posterior à data do pedido do desligamento e não haverá<br />

indenização referente aos dias de recesso não usufruídos. Na<br />

4ª Região o recesso será usufruído no período de 20 de<br />

dezembro a 6 de janeiro, inclusive, e o restante, quanto for o<br />

caso, preferencialmente, no período coincidente com as férias<br />

escolares, devendo ser acordado entre o estagiário e o<br />

supervisor.<br />

5) Recrutamento e seleção de estagiários: mediante<br />

processo seletivo precedido de convocação por edital público.<br />

O Programa de Estágio da Justiça <strong>Federal</strong> – Seção<br />

Judiciária do Paraná é coordenado pela Seção de Estágios,<br />

subordinado ao Núcleo de Acompanhamento e<br />

Desenvolvimento Humano e conta com 336 vagas de estágio<br />

Institucional<br />

TRF cria Central de Mandados<br />

em Francisco Beltrão<br />

A Resolução nº 15, de 30 de janeiro de 2009, da<br />

Presidência do TRF da 4ª Região, criou uma Central<br />

de Mandados - Ceman - na Subseção Judiciária de<br />

Francisco Beltrão, visando a celeridade no<br />

cumprimento de mandados e a qualidade da<br />

prestação jurisdicional. A Ceman é vinculada à<br />

Direção do Foro local, como ocorre nas demais<br />

subseções.<br />

Vara do SFH retoma mutirões<br />

A Vara <strong>Federal</strong> do Sistema Financeiro de<br />

Habitação de Curitiba irá realizar o primeiro mutirão<br />

de pré-audiências de 2009 entre os dias 23 e 27 de<br />

março. Estão previstas até seis audiências ao dia em<br />

cada uma das oito mesas de conciliação, totalizando<br />

200 processos em pauta. As ações incluem<br />

mutuários da Caixa Econômica <strong>Federal</strong>, Emgea,<br />

Cohab, Bradesco, e de antigos contratos dos bancos<br />

Bamerindus e Banestado.<br />

Novo padrão de mobiliário<br />

ergonômico<br />

A Direção do Foro, por intermédio do Núcleo de<br />

Apoio Administrativo providenciou, em 2008, o<br />

desenvolvimento de novo padrão mobiliário<br />

ergonômico e modulável, para modernização das<br />

Subseções que possuem móveis antigos, além de<br />

acessórios ergonômicos, incluindo novo padrão de<br />

cadeiras, visando adaptar o atual mobiliário às<br />

sérias e relevantes questões ergonômicas. A<br />

reestruturação foi iniciada em 2007, visando<br />

otimizar o espaço das Varas e Seções,<br />

principalmente onde há restrição de espaço interno.<br />

Retomado curso de<br />

desenvolvimento de equipes<br />

O curso de desenvolvimento de equipes, iniciado<br />

em 2007 e disponibilizado aos servidores de todas as<br />

Subseções do Estado foi retomado em março de<br />

2009. O treinamento tem como objetivo ampliar a<br />

consciência de fatores pessoais e interpessoais que<br />

interferem no trabalho em grupo; otimizar o<br />

trabalho em equipe e estimular a responsabilidade<br />

individual. O programa inclui temas como gestão de<br />

talento, autoconhecimento, reconhecimento de<br />

habilidades e fortalecimento de vínculos que<br />

favorecem a convivência diária. O curso teve início<br />

no dia 2 de março em Curitiba.<br />

em todo Paraná. 05 Justiça <strong>Federal</strong> em revista | Ano XXI | Nº 113 | <strong>Fevereiro</strong> / 2009


Tecnologia da Informação<br />

Seção Judiciária investe na informatização<br />

A Seção Judiciária do Paraná vem, ao longo dos anos, ampliando os recursos na área de<br />

informática, mantendo o setor em consonância com o avanço tecnológico. De acordo com o Diretor do<br />

Foro, Juiz <strong>Federal</strong> Marcelo Malucelli, “manter a excelência dos serviços na área de informática e estar<br />

atento às novas tecnologias são ações constantes desde o início da gestão, vez que esta área é marcada<br />

pelo dinamismo tecnológico.” Segundo o Magistrado, a Justiça <strong>Federal</strong> do Paraná sempre se preocupou<br />

em adotar medidas para garantir segurança total na armazenagem de dados, bem como desenvolver e<br />

adquirir sistemas que tornem a JFPR mais eficiente, pois os novos sistemas agem como facilitadores da<br />

prestação jurisdicional e do acesso dos cidadãos ao Poder Judiciário.<br />

Storage e replicação garantem patrimônio digital<br />

Toda a estrutura de informática (hardware e localização, ou seja, se a Sede Ahú tiver qualquer<br />

software) existente na JFPR e disponível ao desastre, os dados estarão totalmente seguros<br />

usuário interno e externo, fornece a base para o na Sede Bagé.<br />

desenvolvimento dos trabalhos jurisdicionais, Outra grande vantagem dessa solução é a<br />

resultando na geração de uma grande possibilidade de restauração dos sistemas em<br />

quantidade de informação (dados), em forma outra sede no caso de problemas na sede<br />

de arquivos de sentenças, despachos, e-mails, principal. Essa possibilidade adicional foi<br />

imagens, áudio, etc. Toda essa informação alcançada com a aquisição de software de<br />

forma o patrimônio digital da JFPR.<br />

virtualização, que permite que máquinas físicas<br />

Esse patrimônio, contrariamente ao sejam transformadas em máquinas virtuais,<br />

patrimônio físico, não pode simplesmente ser garantindo agilidade na recuperação de sistemas<br />

substituído em caso de perda. Assim, é e economia de máquinas físicas, impactando<br />

fundamental uma estratégia de segurança para inclusive na economia de energia com o uso<br />

as informações, de forma robusta, automática e reduzido do ar condicionado.<br />

imperceptível ao usuário.<br />

Esta nova e pioneira estratégia de segurança<br />

De posse desse pensamento, foi implantado de dados implantada na JFPR garante ao usuário<br />

em 2008, de forma pioneira no judiciário que as informações geradas por ele durante seu<br />

brasileiro, um amplo projeto de segurança dos trabalho diário sejam armazenadas com total<br />

dados (informações), iniciando pela aquisição segurança, sendo que o usuário não terá<br />

de um repositório único e confiável para os qualquer trabalho extra ou preocupação<br />

dados, totalmente gerenciável e com tecnologia adicional. A nova sistemática permite, por<br />

de nível internacional, conhecido com Storage. exemplo, que um dado gravado no sistema E-<br />

Após garantir o repositório seguro, foi adquirida Proc sejam gravado no repositório principal e<br />

solução de replicação, visando garantir que a replicado instantaneamente para o repositório<br />

informação gravada no Storage fosse gravada secundário (replicação). Se a máquina do E-Proc<br />

em outro equipamento similar, localizado em tiver um problema, ou o prédio da sede Ahú tiver<br />

outro prédio da Justiça em Curitiba.<br />

um desastre, o usuário terá a segurança que<br />

Todo esse investimento permite a proteção poderá utilizar o sistema E-Proc em outra sede<br />

total da informação, que agora é gravada em um com os dados atualizados e disponíveis. E essa<br />

repositório localizado na Sede Ahú (Av Anita mudança poderá ocorrer em poucas horas.<br />

Garibaldi) e replicado para outro repositório na O investimento na solução de replicação e<br />

Sede Bagé (Rua Voluntários da Pátria), sem virtualização mostra a pró-atividade da<br />

contar o backup adicional em fita que é administração, que age antes mesmo do fato<br />

realizado na Sede Ahú. Com essa solução, o ocorrer, evitando transtornos desnecessários e<br />

Núcleo de Tecnologia da Informação tem total perdas muitas vezes irrecuperáveis.<br />

proteção da informação, inclusive proteção de<br />

06<br />

Justiça <strong>Federal</strong> em revista | Ano XXI | Nº 113 | <strong>Fevereiro</strong> / 2009


Tecnologia da Informação<br />

Mais investimentos na tecnologia para toda Seção Judiciária<br />

O investimento em tecnologia atingiu todas as Subseções, que receberam novos switches<br />

padronizados, permitindo maior qualidade na conexão à rede e acesso aos sistemas como arquivos<br />

Novell, Internet, E-mail e demais serviços relacionados à comunicação de dados. Com isso, é possível<br />

controlar de forma mais efetiva e com segurança os recursos de comunicação.<br />

A comunicação de dados também foi priorizada com o aumento de capacidade do link Internet, de 6<br />

para 10 MB, melhorando o acesso e os serviços disponibilizados ao público externo, e a contratação de<br />

novas linhas de comunicação com o interior, através de fibra ótica, aumentando a velocidade e a<br />

qualidade na transmissão de dados. Anteriormente, a transmissão de dados entre as cidades com a sede<br />

da Justiça <strong>Federal</strong> em Curitiba era feita por fios comuns de par metálico. Também em 2008, foram<br />

implantados novos sistemas de segurança de acesso, como firewall, VPN, prevenção de intrusos,<br />

antivírus, anti-spam e certificação digital. No caso do firewall tudo é filtrado através de um software<br />

proprietário (com garantia de empresas do ramo de segurança que prestam esse serviço à Justiça). De<br />

acordo com o Núcleo, o antispam bloqueia cerca de 40 mil mensagens por dia nos e-mails vinculados à<br />

Justiça <strong>Federal</strong>. Outra inovação foi a certificação digital, que trouxe mais uma segurança de acesso aos<br />

magistrados, e servidores designados, ao permitir a identificação virtual de documentos oficiais, evitando<br />

a duplicidade e aumentando a segurança contra sistemas invasores.<br />

Facilidades para os Juizados Especiais e monitoramento<br />

Medidas que facilitaram diretamente a rotina dos usuários foram<br />

as aquisições de hardware, com a substituição de equipamentos<br />

defasados e utilização de novas tecnologias. A instalação de<br />

monitores de vídeos adicionais nos Juizados Especiais Federais<br />

aperfeiçoou os trabalhos no sistema E-Proc (Processo Eletrônico),<br />

permitindo que cada micro ficasse com dois monitores, ambos<br />

funcionando como uma única área de trabalho. Outras aquisições<br />

incluem equipamentos de videoconferência para todas as<br />

Subseções para a realização de reuniões e audiências; compra de<br />

JEFs com dois monitores de vídeo<br />

novos microcomputadores, notebooks e palms, estes últimos<br />

utilizados para o controle de patrimônio, com funções adicionais como o acesso à rede via wirelees e<br />

bluetooth.<br />

Visando monitorar toda essa estrutura, o Núcleo de Tecnologia da Informação investiu em solução<br />

de monitoramento, incluindo quatro monitores de 50 polegadas que foram instalados no Núcleo e<br />

software específico, facilitando o monitoramento dos sistemas utilizados em toda Seção Judiciária, o que<br />

permite identificar visualmente e de imediato as falhas a serem sanadas.<br />

Novos monitores permitem visualização de sistema<br />

Servidor do Núcleo monitora dados em tempo real<br />

07<br />

Justiça <strong>Federal</strong> em revista | Ano XXI | Nº 113 | <strong>Fevereiro</strong> / 2009


Gente que faz a Justiça<br />

Gestão do patrimônio, de materiais e de serviços<br />

O Núcleo de Apoio Administrativo (NAA) é<br />

responsável por todas as licitações realizadas na Seção<br />

Judiciária do Paraná, assim como pela gestão dos<br />

contratos administrativos, do material permanente e do<br />

material de consumo necessários para a realização das<br />

atividades de todas as unidades administrativas e<br />

jurisdicionais da Justiça <strong>Federal</strong> do Paraná. O Núcleo é<br />

composto por 15 servidores e dois estagiários.<br />

A Seção de Contratos e Licitações gere a<br />

aquisição de materiais e contratações de serviços,<br />

sendo responsável pelos procedimentos de compra<br />

desde seu início. Dessa forma, realiza a pesquisa de<br />

preços inicial, elabora e divulga o edital da licitação,<br />

bem como colhe as assinaturas das empresas<br />

vencedoras nos contratos e notas de empenhos<br />

emitidos.<br />

Dentre as modalidades de licitação realizadas, o<br />

pregão eletrônico tem sido largamente empregado na<br />

Seção Judiciária do Paraná. Destinada à aquisição de<br />

bens e serviços comuns, a modalidade nasceu da<br />

necessidade de agilizar o processo de licitação e reduzir<br />

custos. Em 2008, o NAA realizou 87 pregões eletrônicos<br />

e 04 presenciais, o que resultou na contratação de 446<br />

itens e gerou economia de mais de R$3,5 milhões aos<br />

cofres públicos em comparação com os preços<br />

apurados inicialmente.<br />

Já os procedimentos referentes ao<br />

acompanhamento, controle dos vencimentos e<br />

pagamentos dos contratos firmados, realização de<br />

Termos Aditivos e a prestação de apoio técnico e<br />

operacional aos executores dos contratos são<br />

realizados pela Seção de Acompanhamento de<br />

Contratos.<br />

Cabe à Seção de Apoio Jurídico analisar e<br />

prestar orientação jurídica para que licitações, compras,<br />

desfazimentos ou qualquer outro assunto inerente ao<br />

Núcleo estejam de acordo com os preceitos legais. Em<br />

casos de licitações e contratos, estas consultas jurídicas<br />

estão disponíveis também às empresas licitantes<br />

interessadas.<br />

A Seção de Almoxarifado é responsável pela<br />

aquisição, controle e distribuição dos materiais de<br />

consumo necessários às atividades internas da Seção<br />

Judiciária do Paraná. Além do estoque físico, localizado<br />

no bairro Boqueirão, a Seção utiliza o almoxarifado<br />

virtual. Nesse sistema, o material licitado fica disponível<br />

em um Sistema de Registro de Preços, e é requisitado<br />

somente na medida da necessidade, sem estar<br />

estocado fisicamente no almoxarifado. Isto facilita a<br />

otimização do espaço físico para estoque, o controle da<br />

validade dos produtos e permite o acompanhamento de<br />

preços.<br />

O suprimento de mobiliários é feito pela Seção<br />

de Patrimônio, que faz a previsão e a programação do<br />

material permanente a ser adquirido, além da<br />

distribuição, registro e controle dos mesmos. A Seção<br />

também é responsável pelo inventário anual deste<br />

material.<br />

Quando a vida útil dos bens adquiridos está<br />

comprometida, o NAA integra a comissão responsável<br />

pelo desfazimento, que há aproximadamente dois anos<br />

é feito de maneira descentralizada. Ou seja, cada<br />

Subseção Judiciária é responsável pelo procedimento a<br />

ser realizado na sua Subseção, evitando que os<br />

materiais ociosos e/ou irrecuperáveis tenham que se<br />

deslocar até Curitiba.<br />

Curiosidades<br />

– Em 2008, houve lavratura de 112 contratos, sendo<br />

que, do total de contratos vigentes, houve a<br />

prorrogação de vigência em 122 deles.<br />

– Foram realizados diversos processos de<br />

desfazimento, beneficiando mais de 40 órgãos e<br />

entidades, em diversas cidades.<br />

Núcleo de Apoio Administrativo<br />

Seção<br />

Contato<br />

3313-4651<br />

Direção: Roberson Klug<br />

dirnaa@jfpr.gov.br<br />

Seção de Acompanhamento<br />

3313-4432<br />

de Contratos<br />

contratos@jfpr.gov.br<br />

3217-6560<br />

Seção de Almoxarifado<br />

almoxarifado@jfpr.gov.br<br />

Seção de Compras e Licitações<br />

3313-4434/35/36<br />

compras@jfpr.gov.br<br />

3313-4438<br />

Seção de Patrimônio<br />

patrimonio@jfpr.gov.br<br />

Seção de Apoio Jurídico<br />

3313-4652<br />

apoiojuridico@jfpr.gov.br<br />

08<br />

Justiça <strong>Federal</strong> em revista | Ano XXI | Nº 113 | <strong>Fevereiro</strong> / 2009


Saiba Mais<br />

Jurisprudência das Turmas Recursais<br />

AUXÍLIO-DOENÇA. DISPENSA DE CARÊNCIA.<br />

ROL EXEMPLIFICATIVO. DOENÇA EQUIPARADA.<br />

1. O rol do artigo 151 da Lei 8.213/1991 não é<br />

taxativo, sendo possível a dispensa da carência quando<br />

a doença apresentar características semelhantes<br />

àquelas previstas no mencionado dispositivo de lei.<br />

Faz-se necessário que a doença a ser equiparada<br />

apresente sintomas, seqüelas ou características<br />

semelhantes àqueles das doenças previstas no<br />

mencionado artigo, para que então possa ser<br />

considerada grave a ponto de ser equiparada às do<br />

artigo 151 e permitir a dispensa da carência para a<br />

concessão dos benefícios de auxílio-doença e<br />

aposentadoria por invalidez.<br />

2. O acidente vascular cerebral dispensa a carência<br />

quando as seqüelas por ele deixadas podem ser<br />

equiparadas à paralisia irreversível, caso dos autos.<br />

Autos nº 2007.70.56.001517-0<br />

3. O artigo 104, §7 da Lei 8231/91, ao vedar a<br />

concessão do auxílio-acidente ao segurado<br />

desempregado, extrapolou os limites meramente<br />

regulatórios, contendo vício de legalidade neste<br />

aspecto.<br />

Autos: 200770550005969<br />

AUXÍLIO-DOENÇA. PRORROGAÇÃO DO PERÍODO<br />

DE GRAÇA EM RAZÃO DO DESEMPREGO. RURÍCOLA.<br />

1. Aplica-se ao trabalhador rural a prorrogação do<br />

período de graça prevista no art. 15, II e §2º<br />

(desemprego) da lei 8.213/1991, devendo-se<br />

considerar ocorrida a perda da qualidade de segurado<br />

nos termos do §4º do mesmo dispositivo legal.<br />

2. Diante da natureza da doença, presume-se que a<br />

incapacidade existia no dia anterior a sua constatação,<br />

quando houver sido atestada a sua existência no<br />

primeiro dia subsequente à perda da qualidade de<br />

segurado.<br />

AUXÍLIO-ACIDENTE. IMPOSSIBILIDADE DE<br />

CUMULAÇÃO COM APOSENTADORIA POR<br />

INVALIDEZ.<br />

Independentemente da data da eclosão da moléstia e<br />

da incapacidade - se antes ou depois da Lei 9.528/97-<br />

não é possível a cumulação do auxílio-acidente com<br />

aposentadoria por invalidez, quando se tratam de<br />

benefícios decorrentes de idêntico fato gerador, ou<br />

seja, originários do mesmo evento infortunístico.<br />

Autos: 200870510019550/PR<br />

AU XÍ LIO- DOE NÇA E AU XÍ LIO- AC IDE NT E.<br />

FUNGIBILIDADE DOS BENEFÍCIOS POR<br />

INCAPACID ADE. LESÕ ES CONSOLIDADAS.<br />

ACIDE NT E OC OR RIDO EM PERÍOD O DE<br />

DESEMPREGO DO SEGURADO. POSSIBILIDADE.<br />

1. Os benefícios que decorrem de incapacidade<br />

laborativa são fungíveis, cabendo ao julgador, diante da<br />

espécie de incapacidade constatada, conceder aquele<br />

que for adequado, ainda que o pedido tenha sido<br />

limitado a outro tipo de benefício, não se configurando<br />

julgamento ultra ou extra petita.<br />

2. O segurado inscrito como empregado, avulso ou<br />

especial, faz jus ao auxílio-acidente quando<br />

preenchidos os requisitos impostos pela lei, desde que<br />

não haja a perda da qualidade de segurado, ainda que o<br />

acidente tenha ocorrido durante período de<br />

desemprego.<br />

Autos nº 200870540011606/PR<br />

AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. INCAPACIDADE<br />

DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO.<br />

SEGURADO ESPECIAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA<br />

FEDERAL.<br />

1. No caso do segurado especial, é da Justiça <strong>Federal</strong> a<br />

competência para processar e julgar demanda em que<br />

se busca a concessão de benefício previdenciário<br />

decorrente de acidente de trabalho, não se aplicando a<br />

regra inserta no artigo 109, I, da Constituição <strong>Federal</strong>.<br />

2. Não havendo controvérsia sobre a caracterização da<br />

ocorrência de acidente de trabalho e não sendo<br />

relevante a identificação de eventual responsabilização<br />

de outrem em razão deste, tal como ocorre no caso do<br />

segurado especial que trabalha em regime de<br />

economia familiar, não há razão para que a<br />

competência seja firmada na Justiça Estadual, pois<br />

toda a matéria em discussão é de competência do juiz<br />

federal.<br />

3. Justifica-se ainda a competência da Justiça <strong>Federal</strong><br />

para processar e julgar os pedidos judiciais de<br />

concessão de benefício previdenciário a segurados<br />

especiais pelo fato de que a comprovação da qualidade<br />

de segurado especial é matéria estranha à<br />

competência da Justiça Estadual, nos termos do art.<br />

109, I da CF.<br />

Autos nº 200770600008080/PR<br />

09<br />

Justiça <strong>Federal</strong> em revista | Ano XXI | Nº 113 | <strong>Fevereiro</strong> / 2009


Saúde Total<br />

Compreendendo os fatores de risco para<br />

doenças cardiovasculares (DCV) - Parte 2<br />

Régis L. Pedro<br />

Médico cardiologista da JFPR<br />

Prosseguindo com nossa discussão sobre os fatores de risco cardiovasculares, após descrevermos na parte 1 fatores<br />

como idade, sexo, história familiar, tabagismo e sedentarismo, completamos a análise com fatores cujas variações estão<br />

relacionadas ao ambiente, hábitos de vida, alimentação e predisposição genética.<br />

Níveis de colesterol total e frações<br />

Existe uma estabelecida relação entre os níveis do<br />

colesterol total e suas frações e o risco de DCV. O valor<br />

ideal do colesterol total deverá ser inferior a 200mg/dl. O<br />

valor do HDL-colesterol ou "colesterol bom", deverá ser<br />

sempre maior que 40mg/dl (em portadores de diabete<br />

mellitus maior que 45mg/dl). O valor ideal do LDLcolesterol<br />

ou "colesterol ruim" varia de acordo com o perfil<br />

de risco de cada indivíduo. Nos casos de baixo e médio<br />

risco deverá ser idealmente inferior a 130mg/dl , nos<br />

casos de alto risco abaixo de 100mg/dl e nos de casos de<br />

muito alto risco , abaixo de 70mg/dl (ex: um indivíduo que<br />

já sofreu um infarto do miocárdio e é portador de diabete<br />

melitus). O valor ideal dos triglicerídeos deverá ser<br />

sempre inferior a 150mg/dl.<br />

Níveis de glicemia (açúcar no sangue)<br />

Ambas as formas de diabete mellitus, tipo 1 e tipo 2,<br />

estão associadas com efetivo aumento de risco para DCV.<br />

Para avaliação utilizamos a tabela abaixo para os valores<br />

desejados.<br />

Circunferência do abdome e relação<br />

cintura-quadril (RCQ)<br />

A determinação da circunferência da cintura pode<br />

promover, de forma prática e sensível, correlação entre<br />

distribuição de gordura e alterações de saúde. Esta<br />

medida, que não se relaciona com a altura e se<br />

correlaciona estreitamente com o IMC (índice de massa<br />

corpórea) e a RCQ (relação cintura-quadril), é um<br />

indicador aproximado de gordura abdominal e gordura<br />

corporal total. As variações deste parâmetro refletem<br />

mudanças na severidade dos fatores de risco para<br />

enfermidade cardiovascular e outras enfermidades<br />

crônicas. Utilizamos a tabela abaixo, apesar de existirem<br />

diferenças populacionais para avaliação.<br />

Homem<br />

Mulher<br />

Circunferência abdominal<br />

Risco Aumentado<br />

94 cm<br />

80 cm<br />

Risco muito aumentado<br />

102 cm<br />

88 cm<br />

Percentis de resultados para o<br />

cálculo da relação cintura/quadril.<br />

Diabetes<br />

Tolerância diminuída<br />

à glicose<br />

Intolerante<br />

de jejum<br />

Normal<br />

Glicemia<br />

jejum<br />

> 126 mg/dl<br />

< 126 mg/dl<br />

101g/dl<br />

< 100 mg/dl<br />

Glicemia<br />

2 horas<br />

> 200 mg/dl<br />

140 a 199 mg/dl<br />

< 140 mg/dl<br />


A vivência da democracia sob as regras da<br />

Constituição de 1988 demonstrou que não se atingiu<br />

ainda uma situação ótima que no toca às relações<br />

entre representados e representantes, entre povo e<br />

políticos. Os mandatários cometem abuso do poder<br />

que receberam dos mandantes e não há meios<br />

eficientes para impedir que os excessos ocorram ou<br />

para punir quem abusa. Assim, os outorgantes não<br />

se sentem representados pelos outorgados e a<br />

condução dos assuntos públicos queda como<br />

problema mal resolvido, sem que o povo tenha<br />

esperança de resolver. Fica uma situação frouxa que<br />

provoca distanciamento entre os cidadãos e os<br />

gestores públicos.<br />

A democracia direta tem a virtude de permitir a<br />

participação pessoal dos interessados e, ao mesmo<br />

tempo, o defeito de exigir que todos façam política<br />

todo o tempo, coisa impraticável numa sociedade<br />

que impõe à maioria o dever de trabalhar para<br />

sobreviver. Aristóteles ensinava que a democracia<br />

corria o risco de se corromper e se transformar em<br />

oclocracia, governo dos esfarrapados, que não<br />

respeita direitos das minorias. Ele pensava tendo em<br />

conta apenas a democracia na forma direta como a<br />

que vicejou fugazmente em Atenas.<br />

A democracia indireta, na qual o poder é exercido<br />

por representação, foi inventada na independência<br />

norte-americana. As pessoas do povo, titulares do<br />

poder político, outorgam procuração a alguns pares<br />

para que esses zelem pelas coisas públicas. A eleição<br />

é o momento de passar a procuração. Esse<br />

mecanismo funciona razoavelmente bem entre um<br />

número pequeno de outorgantes e outorgados.<br />

O autor da procuração tem condição de<br />

acompanhar de perto a atuação do seu procurador e<br />

pode, caso perca a confiança, não renovar a outorga<br />

de poderes quando expirar o prazo. Contudo, esse<br />

método se mostra deficiente quando há grande<br />

Reforma Política<br />

Artigo<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Friedmann Wendpap<br />

1ª VF de Curitiba<br />

número de pessoas envolvidas, geralmente contadas<br />

à casa de milhões. Os mandantes não conhecem os<br />

mandatários e o voto, modo de constituir o<br />

procurador, é dado às cegas. Durante o exercício do<br />

mandato as estripulias, improbidades, crimes,<br />

praticados pelo outorgado contra os interesses dos<br />

outorgantes não chegam ao conhecimento e<br />

compreensão das multidões. Assim, a democracia<br />

indireta tende a degenerar num governo oligárquico<br />

no qual os mandatários capturam a vontade e o<br />

discernimento dos mandantes.<br />

As tentativas de matiz marxista de construir<br />

democracias por meio de comitês, sovietes,<br />

diretórios populares, geraram burocracias que<br />

subtraíram o poder do povo concentrando-o na<br />

classe política; fenômeno que os russos<br />

denominaram de nomenklatura. Democracia sem<br />

povo é engodo, é lobo em pelo de cordeiro. Lutar<br />

contra a tirania é mais simples do que pugnar contra<br />

a ditadura travestida de democracia. Inimigos rígidos<br />

são mais leais que os plásticos.<br />

A reforma política, sempre anunciada e nunca<br />

encarnada, é passo fundamental para o ajuste fino<br />

do sistema que construímos em 1988. Castelos não<br />

declarados ao Fisco, enriquecimentos meteóricos,<br />

condutas corporativas similares à omertá mafiosa,<br />

não impedem a reeleição, mas envenenam o<br />

ambiente institucional, fazendo prevalecer o<br />

sentimento de desconfiança que leva a nivelamento<br />

por baixo: se são todos ladrões, vou votar naquele<br />

que me der mais vantagem imediata. Os políticos que<br />

compreendem a importância da ética para o<br />

desenvolvimento, em razão da diminuição dos custos<br />

de transação propiciada pela confiança entre o povo<br />

e os representantes, têm o dever de criar novos<br />

freios sobre a conduta daqueles que agem em nome<br />

da comunidade. A perda da esperança na<br />

democracia é a dantesca porta do inferno.<br />

Audiobook<br />

Infonotíci@s<br />

Audiobook (audiolivro) é uma gravação dos conteúdos de um livro lidos em voz alta, para posterior<br />

disponibilização em suportes diversificados, podendo ser encontrado em CD, além de outros formatos mais<br />

modernos como o MP3 e o WMA. Os audiobooks podem ser gratuitos ou pagos. As versões pagas contam com a<br />

vantagem de possuírem narradores profissionais contando a história (Ex: O livro “Quando Nietzsche Chorou” de<br />

Irvin D. Yalom é narrado pelo ator José Wilker), podendo conter ainda efeitos sonoros que ajudam na interpretação<br />

do texto e evitam a monotonia na escuta. Já os gratuitos trazem uma grande variedade de obras para download, a<br />

maioria atualmente em domínio público ou outra licença pública livre disponível, e são narradas por voluntários. Os<br />

audiobooks já estão disponíveis no Brasil e podem ser comprados inclusive através da Internet. Os custos são<br />

semelhantes aos custos do livro em papel, sendo muitas vezes menor. Na Internet também podem ser obtidas<br />

muitas informações sobre o formato e títulos disponíveis.<br />

11<br />

Justiça <strong>Federal</strong> em revista | Ano XXI | Nº 113 | <strong>Fevereiro</strong> / 2009


Domínio Público<br />

Esta coluna disponibiliza textos já divulgados no link www.dominiopublico.gov.br, mantido pelo Ministério da Educação. Nesta edição, leia a coletânea “O<br />

Brasil Anedótico”, de Humberto de Campos (1886-1934), jornalista, político e escritor, nascido no Maranhão. São frases históricas selecionadas pelo autor,<br />

que resumem a crônica do Brasil-Colônia, do Brasil-Império e do Brasil-República. O texto pode ser acessado no link<br />

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000156.pdf<br />

ESCRÚPULO DE JUIZ<br />

Preso o funcionário pelo juiz, e recolhido à cadeia, foi o<br />

Medeiros e Albuquerque - Discurso na Academia Brasileira de magistrado surpreendido, no dia seguinte, por uma carta do<br />

Letras<br />

Paço, em que um dos maiorais da corte lhe ordenava que<br />

soltasse o preso, por não se considerar crime a expressão - "não<br />

Raimundo Correia era de um escrúpulo doentio ao lavrar as suas quero".<br />

sentenças de juiz. Certa vez, foi ter-lhe às mãos um processo À leitura da ordem, o juiz Petra, que era desabusado, voltou-se<br />

movido contra Medeiros e Albuquerque por um fornecedor que para o portador:<br />

pretendia receber duas vezes uma conta de novecentos mil réis. - Diga ao seu amo que, se não é crime dizer não quero ...<br />

Chamado à casa do poeta magistrado, Medeiros encontrou-o E furioso:<br />

abatido, desolado.<br />

- Não solto o homem - porque "não quero"!<br />

- Sabes - comunicou-lhe Raimundo, há nove noites não durmo<br />

por causa deste processo. Vou jurar suspeição.<br />

GENTE DE SAIA<br />

- Mas, pelos autos, eu tenho ou não tenho razão? Contada pelo ex-deputado Laurindo Lemgruber.<br />

- A conclusão que eu tiro, - informou o autor do Mal Secreto, - é<br />

que a razão está contigo. E aí é que está o meu escrúpulo. Um político fluminense, amigo de Nilo Peçanha, acabava de<br />

- ?... entrar para a política do Estado, quando um dia, irritado com<br />

- Há nove noites eu pergunto a mim mesmo: mas eu acho que o um magistrado local, resolveu atacá-lo. Antes disso, foi, porém,<br />

Medeiros tem razão porque tem mesmo, ou é porque o Medeiros comunicar a sua resolução ao chefe do partido.<br />

é meu amigo?<br />

- Acalme-se, meu amigo; acalme-se... - aconselhou o ex-<br />

E passou adiante a papelada.<br />

presidente da República. - Nada de precipitações e, se você<br />

quer ser mesmo político, não brigue com gente que usa saia.<br />

O JUIZ CRISTÃO<br />

E definiu:<br />

Mário de Alencar - Revista da Academia Brasileira de Letras, n° - Juiz, mulher e padre...<br />

7, 1912<br />

A MORTE DE UM JUIZ<br />

Era Raimundo Correia juiz no Rio de Janeiro quando lhe foram a Adelmar Tavares - "Revista da Academia Brasileira de Letras",<br />

despacho os papéis de um processo-crime, sobre um ferimento, n° 58, de 1926.<br />

a facão, num açougueiro, feito pelo seu próprio empregado.<br />

Raimundo mandou chamar as partes. Declarou que ia absolver o Após uma nervosa carreira de político, feita à custa dos seus<br />

culpado, porque havia sido ofendido no insulto. Mas, só o faria recursos de jurista habilíssimo, chegara João Luiz Alves, em<br />

com uma condição: se os dois não guardassem ódios. Fez- lhes 1925, ao posto de ministro do Supremo Tribunal <strong>Federal</strong>. No dia<br />

uma preleção sobre a violência, e terminou:<br />

da sua posse, aí, foram palavras suas, iniciando um discurso:<br />

- Vocês têm religião? - Fecho um livro da minha vida pública, e abro outro.<br />

- Sim, senhor. E concluíra:<br />

E aproximando-os:<br />

- Que Deus, o Supremo Juiz, me ampare e inspire!<br />

- Então, vão, e sejam amigos... Adoecendo logo, seguiu para Paris, onde falecia pouco depois.<br />

E ao morrer, foram estas as suas últimas palavras:<br />

HONESTIDADE DE JUIZ - Chamem o contínuo... Despachei todos os feitos ...<br />

Mário de Alencar - "Revista da Academia Brasileira de Letras", n°<br />

7, de 1912 A MELHOR CARTA DE EMPENHO<br />

Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 145.<br />

Era Raimundo Correia juiz em Minas-Gerais, quando, ao abrir<br />

certos autos, encontrou um envelope com um conto de réis. Era o Dr. João Gomes de Campos juiz na Corte, quando se<br />

Chamou o escrivão.<br />

apresentou na sua casa uma titular de grande estalão com uma<br />

- Foi a parte mesmo quem o deixou, senhor doutor, em sinal de carta de empenho, para que lhe fosse favorável no julgamento<br />

reconhecimento pela rapidez com que teve andamento o de uma causa.<br />

inventário. Eu também recebi um conto de réis.<br />

- Minha senhora, tenha a bondade de abrir essa gaveta, - pediu<br />

- Bom, - retrucou Raimundo, - se é uma remuneração o magistrado.<br />

espontânea, cabe à sua consciência resolver sobre o caso. A dama puxou a gaveta, que se achava repleta de cartas para<br />

E entregando-lhe o envelope que lhe coubera:<br />

abrir.<br />

- Tome... Devolva o meu... - Que viu aí, minha senhora?<br />

- Cartas; muitas cartas, ainda fechadas, dirigidas a V. Excia.<br />

NÃO QUERO!<br />

- Pois, deite a sua aí, minha senhora.<br />

Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 53.<br />

- Mas, Sr. Desembargador...<br />

- Perdoe-me, minha senhora; tenho feito isso aos pobres e não<br />

Exercia Agostinho Petra Bittencourt o cargo de juiz aposentador posso ser mais generoso com os ricos.<br />

no Rio de Janeiro, quando, ao dar uma ordem a um dos seus E de pé, para despedi-la:<br />

subordinados, este recusou cumpri-la. Indagada a razão, - A lei, minha senhora, é a melhor carta de empenho que me<br />

respondeu laconicamente:<br />

podem apresentar.<br />

- Porque não quero!<br />

12<br />

Justiça <strong>Federal</strong> em revista | Ano XXI | Nº 113 | <strong>Fevereiro</strong> / 2009

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