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“Nãããããão!” Eu gritei.<br />

Quando eu vi um Alexander confuso, ainda vestindo sua capa preta, correndo pelo<br />

cemitério. Eu me virei para Trevor, que ainda estava de pé sorrindo.<br />

“Você não! Não por toda eternidade!” Eu gritei com todas as forças que ainda restavam<br />

em mim.<br />

Eu sentei, gritando tanto que minha garganta doía.<br />

Eu abri meus olhos na escuridão. Eu mal podia respirar. Onde eu estava? Num caixão?<br />

Numa tumba? Numa gaiola vazia?<br />

Eu sentia alguma coisa nas minhas pernas, mas meus olhos não conseguiam se ajustar<br />

ao meu redor. Eu imaginei estar envolta a uma mortalha de funeral.<br />

Meu coração estava palpitante. Minha pele suada. Minha boca seca.<br />

De repente números vermelhos estavam nos meus olhos. Duas e cinqüenta da manhã.<br />

Eu dei um suspiro de alívio. Eu não estava deitada em um caixão do cemitério de<br />

Dullsville, mas sim na minha própria cama.<br />

Eu estava tão segura quanto eu pensava? Talvez isso fosse só parte do meu pesadelo.<br />

Meus dedos estavam tremendo, eu desliguei o meu abajur do Edward-mãos-de-tesoura e<br />

corri para o meu espelho. Eu fechei meus olhos, antecipando o que eu poderia não ver.<br />

Quando eu os abri, minha fantasmagoria reflexão me encarava de volta. Eu coloquei<br />

meus de um lado só e examinei minha nuca.<br />

Aporta do meu quarto se abriu e meu pai apareceu vestindo boxes e eu uma camisa dos<br />

Lakers com os cabelos desgrenhados.<br />

“Qual o problema?” Ele perguntou mais aborrecido do que preocupado.<br />

“Uh, nada.” Eu respondi, espantada. Eu ajeitei meu cabelo e sai da frente do espelho.<br />

“O que houve?” Minha mãe perguntou preocupada.<br />

“Eu escutei um grito.” Billy Boy disse, logo atrás deles, seus olhos cansados estavam<br />

pesados.<br />

“Me desculpem se eu acordei vocês. Eu só tive um sonho ruim.” Eu confessei.<br />

“Você?” Meu pai perguntou arqueando suas sobrancelhas. “Pensei que você adorasse<br />

sonhos ruins.”<br />

“Eu sei, você consegue acreditar?” eu perguntei, meu coração ainda acelerado. “Quem<br />

imaginaria!” eu disse.<br />

“O que foi? Você perdeu o seu batom preto?” Billy Boy provocou.<br />

“Exatamente. E encontrei no seu armário.” Eu respondi.<br />

“Pai!” Billy Boy disse querendo pular em mim.<br />

“Agora eu não estou sonhando mais.” Eu disse embaraçando o cabelo do meu irmão.<br />

“Muito bem, já tivemos diversão o bastante por essa noite. Vamos todos voltar a<br />

dormir.” Meu pai ordenou, colocando o braço ao redor do meu irmão pra levá-lo até o<br />

seu quarto.<br />

Eu voltei pra cama.<br />

“O que realmente você estava sonhando?” minha mãe perguntou curiosa.<br />

“Nada mãe.”<br />

“Nada acordou a casa inteira?” Ela perguntou.<br />

Minha mãe balançou a cabeça e andou em direção a porta.<br />

“Mãe...” Eu disse e minhas palavras a fizeramela parar. “Minha nuca parece normal pra<br />

você?” Eu falei baixinho, colocando meu cabelo todo pra uma lado e mostrei pra ela.

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