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A PRÁTICA DA ESPIRITUALIDADE segundo os Padres do Deserto ...

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São por estas razões que uma pessoa sábia deve sempre<br />

procurar a vontade de Deus em tu<strong>do</strong> que ela faz.<br />

Mas como eu p<strong>os</strong>so saber qual é a vontade de Deus?<br />

Theophan o Recluso n<strong>os</strong> diz que, para que Deus revele Sua bondade,<br />

aceitável e perfeita vontade para mim, eu tenho que renunciar minha<br />

vontade própria. Isto significa, eu tenho que provar à Deus que estou<br />

realmente à procura de Sua vontade.<br />

Algumas vezes pedim<strong>os</strong> para que Deus revele Sua vontade<br />

para nós, mas dentro de nós sabem<strong>os</strong> que já tomam<strong>os</strong> a decisão.<br />

Muitas vezes procuram<strong>os</strong> a vontade de Deus, contanto que ela esteja<br />

de acor<strong>do</strong> com n<strong>os</strong>sa própria vontade. Se agirm<strong>os</strong> desta forma então<br />

Deus não n<strong>os</strong> revelará Sua vontade. Theophan o Recluso n<strong>os</strong> dá esta<br />

“parábola”. Ele diz, se você tem um copo cheio de vinagre e se você<br />

quizer colocar mel nesse copo, você precisa primeiro jogar fora o<br />

vinagre, lavar o copo e colocá-lo no sol por algumas horas até que o<br />

cheiro <strong>do</strong> vinagre desapareça, então colocar o mel no copo. O vinagre<br />

aquí é a n<strong>os</strong>sa vontade própria a qual é egoista, com visão limitada e<br />

diferente da vontade de Deus, n<strong>os</strong>sa vontade não é perfeita, boa ou<br />

aceitável. O mel é a vontade de Deus. E a men<strong>os</strong> que enterrem<strong>os</strong><br />

n<strong>os</strong>sa vontade própria, Deus não revelará Sua vontade para nós,<br />

porque estaredm<strong>os</strong> zomban<strong>do</strong> de Deus pedin<strong>do</strong> à Ele para revelar Sua<br />

vontade enquanto já decidim<strong>os</strong> fazer n<strong>os</strong>sa vontade própria.<br />

Como eu faço isso? Tem um exercício para isso chama<strong>do</strong><br />

neutralização da minha vontade. A teoria é essa: Nós sempre tem<strong>os</strong><br />

uma preferência, a favor ou contra aquilo que estam<strong>os</strong> consideran<strong>do</strong>.<br />

Por exemplo, se eu recebo uma oferta de trabalho onde vou ganhar<br />

mais, eu p<strong>os</strong>so ter uma preferência para aquele trabalho, que me<br />

tornará cego em ver <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> ruins daquele emprego. Ou, eu p<strong>os</strong>so<br />

estar em uma situação em que me pedem para aceitar alguma coisa<br />

que eu não g<strong>os</strong>to, e que me faz não perceber as coisas boas daquela<br />

situação. Esses aprovações e reprovações são geralmente baseadas na<br />

primeira impressão, que eu geralmente reforço, ignoran<strong>do</strong> o outro<br />

la<strong>do</strong> da moeda, e o remédio é fazer o contrário.<br />

Vam<strong>os</strong> dar um exemplo. Eu fui aceito em uma boa<br />

universidade na cidade onde moro, mas também em uma outra<br />

universidade bem longe de casa. A “isca da liberdade” me faz ignorar<br />

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