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A PRÁTICA DA ESPIRITUALIDADE segundo os Padres do Deserto ...

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vincular à um “mestre”. Isto não era uma tarefa fácil, pois aqueles<br />

“mestres” tinham um exame de qualificação” muito rigor<strong>os</strong>o para <strong>os</strong><br />

candidat<strong>os</strong>. São Pacomio teve que implorar por três dias na porta <strong>do</strong><br />

pequeno ap<strong>os</strong>ento de São Palaemon, antes de ser aceito como<br />

aprendiz! Os livr<strong>os</strong> desses grandes Sant<strong>os</strong> geralmente dizem que ele<br />

foi “treina<strong>do</strong> com Abba (papai)”.<br />

É claro que tiveram pioneir<strong>os</strong> como São Paulo o Anchorita, Santo<br />

Antonio o pai <strong>do</strong> Monasticismo e São Macario o grande; homens que<br />

construiram <strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> alicerces desta ciência, e que se tornaram<br />

funda<strong>do</strong>res desta universidade para o estu<strong>do</strong> da espiritualidade.<br />

A segunda regra importante era evitar totalmente em confiar em sí<br />

mesmo. O aprendiz tinha que oferecer uma obediência completa e<br />

cega ao “mestre” que assumia responsabilidade total pelo treinamento<br />

<strong>do</strong> noviço. Os mestres testavam a abodiência de seus discípul<strong>os</strong> de<br />

formas variadas que podem parecer um absur<strong>do</strong> para nós! Como um<br />

mestre que deu um pedaço de galho seco ao discípulo e ordenou que<br />

o regasse! É claro que a obediência não foi em vão, pois após três<br />

an<strong>os</strong> o galho começou a brotar e a dar frut<strong>os</strong>! Um outro noviço,<br />

quan<strong>do</strong> reclamou que havia uma hiena a<strong>os</strong> re<strong>do</strong>res, foi dito pelo seu<br />

mestre: “Pegue-a e traga para mim”. Com uma fé cega, o noviço foi à<br />

procura da hiena e a trouxe ao mestre que lhe falou: “Leve-a de volta,<br />

eu te disse para trazer uma hiena e não um cachorro!”.<br />

Para aqueles que seguiram essas regras fielmente, completaram<br />

seus treinament<strong>os</strong> para se tornarem grandes mestres, ensinan<strong>do</strong> a<strong>os</strong><br />

outr<strong>os</strong> o que eles haviam aprendi<strong>do</strong> de seus mestres.<br />

Por mais fascinantes que sejam, <strong>os</strong> ensinament<strong>os</strong> d<strong>os</strong> <strong>Padres</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Deserto</strong> não são indicad<strong>os</strong> para todas as pessoas. São Paulo diz a<strong>os</strong><br />

Corinti<strong>os</strong> em Cor 3:2, “Eu v<strong>os</strong> dei leite a beber, e não alimento sóli<strong>do</strong><br />

que ainda não podeis suportar”. Para <strong>os</strong> principiantes o uso destes<br />

ensinament<strong>os</strong> é como dar alimento de uma pessoa adulta à um bebê.<br />

Existem muit<strong>os</strong> livr<strong>os</strong> sobre espiritualidade basead<strong>os</strong> n<strong>os</strong><br />

ensinament<strong>os</strong> d<strong>os</strong> <strong>Padres</strong> <strong>do</strong> <strong>Deserto</strong>. O livro de São João Climaco<br />

chama<strong>do</strong> “A Escada da Divina Ascenção” ( The Ladder of Divine<br />

Ascent), e <strong>do</strong>is livr<strong>os</strong> de João Cassiano “ As Instituições e As<br />

Conferências” (The Institutes e The Conferences), são exempl<strong>os</strong> de<br />

tais livr<strong>os</strong>.<br />

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