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DIVERSAS TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO PARA O CANTO - CEFAC

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MAYRA CARVALHO OLIVEIRA 14<br />

A respiração inferior ou abdominal caracteriza-se por ausência de<br />

movimentos da região superior (que geralmente apresenta-se<br />

hipodesenvolvida e com rotação anterior de ombros) e expansão da região<br />

inferior. Aparece em indivíduos com pouca energia, nos quais a sensação de<br />

colabamento do tórax é bastante evidente, mas também pode ter sido<br />

desenvolvida como sendo a "respiração correta", em consequência de uma<br />

orientação equivocada.<br />

Respiração Diafragmático-Abdominal<br />

ou Costo-Diafragmático-Abdominal<br />

A respiração diafragmático-abdominal ou costo-diafragmáticoabdominal,<br />

completa ou total caracteriza-se por uma expansão harmônica de<br />

toda a caixa torácica, sem excessos na região superior ou inferior.<br />

Há o aproveitamento de toda a área pulmonar, e é a respiração<br />

mecanicamente mais eficaz para o desenvolvimento de uma voz profissional.<br />

A respiração total será tão mais profunda quanto maior for a exigência da<br />

produção vocal.<br />

Desta forma, concluímos que uma respiração média ou torácica é<br />

suficiente para o uso habitual da voz e, em verdade, representa o<br />

mecanismo respiratório mais econômico sob o ponto de vista de gasto<br />

energético. Se fizermos uma respiração completa, ou seja, costodiafragmático-abdominal,<br />

a pressão da coluna aérea infraglótica é tão grande<br />

que, a menos que tenhamos um treinamento especial para o controle glótico<br />

(semelhante ao ministrado aos cantores líricos), iremos instalar um regime<br />

glótico hipertônico na tentativa de impedir uma grande saída de ar, exigindo<br />

um trabalho potente da musculatura respiratória para manter a caixa torácica<br />

alargada e elevada, o que também pode se observar pela contração do<br />

músculo esternocleidomastóideo nesses indivíduos. Isto significa que com o<br />

pulmão cheio de ar a fonação mais facilmente produzida terá ataque brusco<br />

e qualidade vocal tensa e comprimida, além de convidar o estabelecimento<br />

de uma fadiga vocal a curto prazo.<br />

Por outro lado, se inspirarmos muito pouco, a laringe também<br />

apresentará um gesto motor hipertônico, procurando aqui reduzir o gasto de<br />

ar durante a fala. Assim, a respiração média é a de menor gasto energético e<br />

muscular, propiciando a melhor qualidade vocal para a fala encadeada, pois<br />

não se realiza nem grande esforço inspiratório e nem expiratório, e a coluna<br />

de ar infraglótica é facilmente contrabalanceada pela firmeza glótica.<br />

Demandas vocais especiais requerem treinamento específico e seleção de<br />

outros ajustes motores.<br />

Esta é, de forma resumida, a visão do processo respiratório com a<br />

qual estamos acostumados a lidar. Existe, porém, um segundo nível de

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