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DIVERSAS TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO PARA O CANTO - CEFAC

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MAYRA CARVALHO OLIVEIRA 23<br />

os quais podem proporcionar recursos adicionais como eco, controle de<br />

graves e agudos, entre outros.<br />

Os cantores populares, utilizando-se destes recursos, não<br />

necessitam desenvolver técnicas específicas de produção e projeção de voz.<br />

No canto lírico, os cantores precisam ser classificados de acordo<br />

com o tipo, "naipe" de vozes que possuem.<br />

Para Campiotto, 1997, a classificação vocal mais comum divide as<br />

vozes masculinas e femininas em três grupos cada, sendo as vozes graves<br />

os baixos e contraltos, as médias os barítonos e mezzosopranos e as vozes<br />

agudas os tenores e sopranos, respectivamente.<br />

Várias são as maneiras de se classificar uma voz e,<br />

paradoxalmente, as que são consideradas mais prudentes não levam em<br />

conta apenas a extensão/tessitura vocal - que é o modo mais comum de<br />

realizá-las. Ouras maneiras consideram também a extensão, a qualidade e a<br />

potência, além do volume dos ressoadores, notas de passagens<br />

(acomodação dos ressoadores, corte entre dois registros), tamanho das<br />

pregas vocais, estatura, constituição física, altura da voz falada,<br />

características temperamentais, endócrinas e sexuais. Podemos concluir,<br />

portanto, que a tarefa de classificar uma voz não deve ser apressada,<br />

devendo ocorrer após pelos menos alguns meses (muitos profissionais<br />

mencionam o tempo mínimo de um ano) de acompanhamento por um<br />

regente ou técnico vocal. Sem dúvida, a extensão (que vai da nota mais<br />

grave à mais aguda que uma pessoa é capaz de produzir,<br />

independentemente da qualidade da emissão) e a tessitura (faixa de notas<br />

emitidas com qualidade, cor e volume uniformes) são o parâmetro básico<br />

durante a classificação de uma voz e é importante que saibamos que elas<br />

variam com o crescimento (aumentam) e durante a velhice (diminuem), além<br />

do que devem ser consideradas variações individuais como treino, modo de<br />

fonação e estrutura anatômica.<br />

Contudo, independentemente do estilo preferido de canto, lírico ou<br />

popular, ou da classificação vocal, segundo Boone e McFarlane,1994, o tipo<br />

de respiração que o paciente usa pode ser, muitas vezes, acuradamente<br />

determinado por cuidadosa observação visual clínica. O tipo mais ineficaz de<br />

respiração, o clavicular, parece ser o mais fácil de identificar. O paciente<br />

eleva os ombros na inspiração, utilizando os músculos acessórios do<br />

pescoço como os principais músculos da inspiração. Esta respiração torácica<br />

superior, caracterizada pela elevação perceptível das clavículas, é<br />

insatisfatória para uma boa voz por duas razões: primeiramente, as<br />

extremidades apicais, superiores dos pulmões, quando expandidas, não<br />

provêem sozinhas uma respiração adequada; e em segundo, o esforço para<br />

usar os músculos acessórios do pescoço para a respiração é, muitas vezes,<br />

visualmente aparente, com músculos "sobressaindo-se" individualmente ( em<br />

particular os esternocleidomastóideos, quando se contraem para elevar o

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