DIVERSAS TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO PARA O CANTO - CEFAC
DIVERSAS TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO PARA O CANTO - CEFAC
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MAYRA CARVALHO OLIVEIRA 22<br />
o diafragma torácico e o diafragma pélvico, o que funciona muito bem como<br />
apoio para o canto e para a fala cênica.<br />
Por outro lado, para Behlau e Rehder, 1997, existe muita discussão<br />
sobre qual seria a melhor respiração para o canto, sendo este um tema de<br />
acirradas controvérsias entre regentes, professores de técnica vocal e<br />
pesquisadores na área. Antes, dava-se muito mais importância a este<br />
aspecto, sendo que hoje até mesmo existem escolas de canto que<br />
praticamente negligenciam a prática respiratória.<br />
De modo bastante simplificado, existem duas opções respiratórias<br />
para o canto e uma série numerosa de posições intermediárias. A primeira<br />
opção é a de se manter o abdome expandido durante a emissão - o que é<br />
chamado popularmente de "cantar com a barriga para fora", e a segunda<br />
preconiza que se mantenha o abdome encolhido durante a emissão - o que<br />
é chamado de "cantar com a barriga para dentro". Ambas as escolas geram<br />
bons e maus cantores, mas as pessoas tendem a se sentir mais confortáveis<br />
cantando com o tórax e o abdome expandidos, embora isto não seja uma<br />
regra definitiva.<br />
Um outro detalhe é que muitas vezes o aluno de canto é instruído a<br />
não mover os ombros enquanto respira. O ato de erguer os ombros durante<br />
a inspiração serve para liberar parcialmente os pulmões do rígido limite da<br />
caixa torácica, auxiliando uma rápida entrada de ar. Isso pode ser observado<br />
quando precisamos gritar. No canto, esta manobra pode tornar-se<br />
necessária, sem que isso indique um problema de técnica vocal, em<br />
situações de exigência de grande fluxo de ar, como por exemplo nas frases<br />
musicais em fortíssimo.<br />
Para Hamam e Col., 1996, o profissional do canto exige mais do<br />
seu parelho fonador do que um não-cantor, na medida em que necessita de<br />
um controle maior da altura, intensidade, extensão vocal, qualidade da voz,<br />
respiração e articulação, entre outros.<br />
Das diversas formas de canto, distingue-se basicamente o canto<br />
lírico e o canto popular. O canto lírico é baseado no estudo vocal<br />
obedecendo regras definidas de sonoridade, em geral, para ser utilizado em<br />
óperas ou para interpretar músicas clássicas. Há uma preocupação em se<br />
trabalhar o aparelho fonador para que a emissão se produza segundo<br />
padrões definidos. O canto popular é o canto expontâneo, sem regras<br />
precisas de sonoridade, que expressa a cultura de um povo.<br />
No canto lírico utiliza-se a laringe como instrumento musical, onde a<br />
articulação da palavra tem pouca importância. Geralmente não se utiliza<br />
amplificação sonora eletrônica e os cantores possuem técnicas especiais<br />
para a produção e projeção da voz. Este fato reforça a necessidade de<br />
formação musical específica.<br />
No canto popular, as palavras e a articulação assumem maior<br />
importância e a voz é, em geral, amplificada por equipamentos eletrônicos,