DIVERSAS TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO PARA O CANTO - CEFAC
DIVERSAS TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO PARA O CANTO - CEFAC
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MAYRA CARVALHO OLIVEIRA 19<br />
da cavidade abdominal. Quando o diafragma contrai, ele desce e aumenta a<br />
dimensão vertical do tórax. Quando o diafragma relaxa ele ascende de volta<br />
à sua posição mais elevada. O diafragma tem contato direto com os pulmões<br />
e apenas o espaço pleural surge entre os pulmões e o diafragma. O<br />
diafragma relaxado fica elevado no tórax dentro da caixa torácica e o<br />
estômago e o fígado situam-se diretamente abaixo dele. Quando o diafragma<br />
contrai e desce empurra a partir de cima sobre os conteúdos do abdômen,<br />
muitas vezes deslocando a parede abdominal e empurrando-a para fora na<br />
inspiração. A parede abdominal é composta fundamentalmente pelos<br />
músculos abdominais que, às vezes desempenham um papel ativo na<br />
expiração. Isso é especialmente verdadeiro no canto, na fala em voz alta, no<br />
riso (daí o termo "riso de barriga"), ou ao produzir-se uma frase muito longa.<br />
O trato respiratório funciona de modo bastante semelhante a um<br />
fole. Quando movimentamos as alças do fole separando-as, o mesmo tornase<br />
maior; o ar dentro dele torna-se menos denso do que o ar fora dele. O ar<br />
de fora entra rapidamente devido à pressão mais baixa do ar menos denso<br />
no fole e à maior pressão do ar mais denso do lado de fora. A inspiração de<br />
ar para dentro do fole é obtida por um aumento ativo do corpo do fole. De<br />
modo semelhante, na respiração humana a inspiração do ar é efetuada pelo<br />
movimento ativo dos músculos que aumentam a cavidade torácica. Quando<br />
o tórax aumenta, os pulmões dentro do tórax aumentam. O ar dentro dos<br />
pulmões torna-se menos denso do que o ar atmosférico e a inspiração do ar<br />
inicia. O ar é expirado do fole pela aproximação das alças, diminuindo o<br />
tamanho da cavidade do fole, desse modo comprimindo o ar e forçando-o a<br />
sair rapidamente. Na respiração humana, no entanto, grande parte da<br />
expiração é efetuada através do colapso passivo do tamanho torácico e não<br />
através de contração muscular ativa. Grande parte da expiração é passiva. A<br />
respiração humana apresenta dois tipos de força que estão sempre<br />
presentes: força passiva (como os pulmões elásticos) e força volitiva, ativa<br />
(como a contração dos músculos da inspiração). A membrana pleural que<br />
cobre os pulmões pende, quase adesivamente, sobre a parede interna do<br />
tórax. Quando o tórax se expande por contração muscular, os pulmões<br />
dentro dele se expandem. A força elástica inerente dos pulmões está sempre<br />
lá. Seu recuo elástico será tão rápido quanto o colapso torácico permitir. De<br />
fato, na expiração em repouso (por exemplo, a expiração durante a<br />
respiração tranquila do sono), a fase expiratória da respiração é totalmente<br />
efetuada pela elasticidade das forças inerentes ou passivas.<br />
Grande parte da pressão de ar ou "força" necessária para a fala<br />
normal pode ser fornecida pelos fatores passivos da respiração (expiração<br />
passiva). Isso é desejável porque nenhuma ação muscular é necessária para<br />
fornecer este poder de respiração e, assim, não há qualquer tendência a<br />
"exagerar" o esforço (hiperatividade). Quando uma frase longa ou outra<br />
técnica de fala (como aumentar a intensidade ou cantar) requer mais esforço