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Cantico dos Canticos

O mais maravilhoso Estudo de Canatres de Salomão

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das montanhas e colinas das regiões de Israel chamado de “cabeça” e o havatzélet hahof,<br />

que é o lírio das areias que crescem ao longo da costa arenosa da planície de Sarom - são<br />

chama<strong>dos</strong> os “pés”. Florescem por volta de julho-agosto e pontilham as costas do<br />

Mediterrâneo como lin<strong>dos</strong> retalhos de branco e flores perfumadas. No monte Hermon - o<br />

monte mais alto de Israel, pode-se encontrar, nos penhascos <strong>dos</strong> montes os lírios<br />

chama<strong>dos</strong> de shoshanim.<br />

Na mesma linha de imitação do novo colorido da terra, as jovens do antigo Israel se<br />

vestiam de branco e iam dançar nos pomares de oliveira em Tu B´Av (15º dia do mês Av).<br />

Este é o período do ano quando as oliveiras começam a amadurecer. Os árabes costumam<br />

chamar de Tu B´Av o “Dia das Oliveiras”.<br />

De início vimos a presença da vinha, os perfumes que na expressão do autor se<br />

derramavam, eram como que aspergi<strong>dos</strong>, como numa libação. Entende-se por unguento as<br />

especiarias, das quais o palácio era perfumado. A fragrância (shemen) do seu nome (shem)<br />

sobrepuljava.<br />

Cantares diz que Jesus desceu aos canteiro de bálsamo para colher os lírios “ele apascenta<br />

entre os lírios”. Sendo o havatzélet um lírio das montanhas, região próxima à Galiléia, ele<br />

desce aos canteiros de bálsamo para colher os lírios. A Sulamita era das regiões da Galiléia<br />

onde Jesus começou seu ministério. Ele se identifica com a Sulamita, morena, pois que ela<br />

tinha uma vinha e guardava a vinha, daí o mesmo sol que causticava as caminhadas do<br />

Mestre, era o mesmo que a tostou, <strong>dos</strong> mesmos territórios, não era apenas o sol de sua<br />

morada no sul, mas do sol aberto. Em realidade devia ser uma princesa, mas era de uma<br />

família humilde das partes remotas da Galiléia. A simplicidade <strong>dos</strong> seus pensamentos de<br />

um caráter rural - alegre em plenos campos - , e a saudade de uma vida tranquila em sua<br />

cidade natal.<br />

Salomão se apaixona por alguém que ele não conhecera antes. (Eclesiastes 7:28). E ele a<br />

eleva ao seu nível: de igual para igual. ela é um padrão de devoção, ingenuidade, modéstia,<br />

pureza moral, prudência - um lírio do campo tão adornado, como Salomão não o foi em<br />

sua glória.<br />

Salomão era amante de jardins e flores, do bom perfume e da natureza. A congregação é<br />

realmente uma noiva e Salomão um tipo do príncipe da paz (shlomoh da raiz de shalom -<br />

paz).<br />

O texto de Cantares foi construído dentro desta raiz shalom - paz. Vejamos: Shlomoh -<br />

Salomão, Shulamit - Sulamita, Shalom - paz, Ierushalaim - Jerusalém. Trata-se inclusive de<br />

uma ênfase à letra ___ (shin) do hebraico e que é a 21ª letra do alfabeto - a letra que tem a<br />

forma do candelabro do Tabernáculo. A letra que mostra a Trindade 7 x 3 = 21, donde, 2<br />

+ 1 = 3, sete o fator, o padrão divino e o 3 a Trindade. A sibilação das palavras<br />

transmitidas pelo shin, Sholomoh, Shulamit, Shalom, Ierushlaim põe em evidência o desejo<br />

do autor, caprichoso em seus mínimos detalhes. Ierushalaim significa herança eterna de paz<br />

(Ierushaolam). E essa sibilação é como que um som trazido pelo sopro do Espírito Santo<br />

de Deus, como que a dizer:<br />

paz, paz, paz. Uma canção de louvor que o próprio Cântico <strong>dos</strong> Cânticos, como o é<br />

também o cântido do Zamir, o murmúrio da voz da rola “Porque eis que passou o inverno,<br />

cessou a chuva e so foi: aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves, e<br />

a voz da rola ouve-se em nossa terra.” (Cantares 2:11-12). Não se trata aqui de as aves mas<br />

de um pássaro específico de Israel - o zamir. Na época do acasalamento exatamente este<br />

período em que cessam as chuvas e o inverno passou, este pássaro emite um som, enche o<br />

seu papo e o som é onomatopaico: tor, tor, tor. É um simbolismo do momento do<br />

arrebatamento da Igreja - o casamento do noivo com a noiva.<br />

Ainda o refrão - um leit motiv - filhas de Jerusalém (banot ierushalaim) fala das palacianas,<br />

em contraste com a Sulamita que veio das regiões da baixa Galiléia (Isaías 9:1), que incluía<br />

Nazaré e Cafarnaum, seus lugares de origem. Sua cor morena ela a compara aos pelos das<br />

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