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Cantico dos Canticos

O mais maravilhoso Estudo de Canatres de Salomão

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7,13b). Esta hipótese tem como base a descoberta de uma inscrição em Hazor, onde se lê<br />

“lpqh zmdr” (“pertencente a Pecah zemádar”)213.<br />

Os elementos presentes em 2,11-15 e 7,9-13, cita<strong>dos</strong> acima, podem corresponder às<br />

celebrações da fertilidade, ligadas à produção das vinhas e marcadas pelo ambiente idílico<br />

primaveril. Este tipo de festival acontecia na vida tribal israelita desde os primeiros tempos,<br />

sempre vinculado à adoração de divindades da fertilidade: “saíram ao campo, e vindimaram<br />

as suas vinhas (kareméynhêm), e pisaram as uvas, e fizeram canções de louvor; e foram à casa<br />

de seu Deus” (Jz 9,27a). A festa da tribo de Benjamin, já citada na identificação da tradição<br />

poética camponesa e feminina em Israel, também tem as vinhas com cenário (kerámiyn; Jz<br />

21,20). Para F.F. Hvidberg, o choro pela filha de Jefté, realizado por virgens nas<br />

regiões montanhosas (cf. Jz 11,30-40)<br />

A referência ao imaginário da viticultura dentro da Coletânea de Sharon aparece em dois<br />

poemas segui<strong>dos</strong>: Ct 2,10-14 e 15-17. Nestes poemas, as videiras são colocadas dentro de<br />

uma paisagem idílica e primaveril, perfumando o ambiente com o cheiro de suas flores<br />

(2,13). Também se chama a atenção para o ataque de raposas (2,15). A mesma paisagem<br />

reaparece em 7,11, quando os enamora<strong>dos</strong> se propõem a passar a noite debaixo <strong>dos</strong><br />

ciprestes e amanhecer ali para ver as videiras florescidas. A menção do fim do inverno,<br />

além da floração, indica o começo da primavera. J. Snaith cita a pesquisa de D. Lys, que<br />

situa as cenas destes poemas no tempo da migração das pombas rolas (cf. Ct 2,12.14), o<br />

que segundo mostra D. Lys, corresponderia aos meses de Abril e Maio212.<br />

Testamento, mesmo com outros senti<strong>dos</strong>. Para O. Borowski, os homens que cuidavam<br />

das vinhas, chama<strong>dos</strong> noteriym em Ct 8,11-12, eram guardas pagos, conforme indica a<br />

variante nôserîm usada em Jr 31,5 e Is 27,3; Pr 27,18 e Jó 27,18, esta última no contexto<br />

agrícola . ( a coitada era FORÇADA a trabalhar. Era uma ESCRAVA)<br />

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