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Cantico dos Canticos

O mais maravilhoso Estudo de Canatres de Salomão

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As jóias e Enfeites em CANTARES.<br />

É rica a ornamentação da moça, citada e elogiada por Salomão. Fruto de trabalho<br />

especializa<strong>dos</strong> de ourivesaria, joalheria, e diversos processos de fabricação envolvendo<br />

inclusive a fundição. O material era trabalhado por diversos artesãos que usavam<br />

instrumentos difíceis de fabricar. Imagine a arte da ourivesaria há milênios sem os recursos<br />

tecnológicos que hoje possuímos. As gemas vinham de minas subterrâneas, de lugares<br />

tenebrosos e escuros, escava<strong>dos</strong> por mineiros em situações de insalubridade que fariam um<br />

técnico de segurança da atualidade sofrer um enfarte do miocárdio. Os riscos nas minas<br />

eram tamanhos que a maior parte das gemas era escavada por escravos. Ainda é assim na<br />

escavação de minas de diamantes na africa, na aquisição e garimpo de ouro, como foi em<br />

serra-pelada. As pedras semipreciosas que compunham os braceletes, os anéis, colares e<br />

brincos vinham de diversos lugares da terra, importa<strong>dos</strong> de locais distantes. Parte das<br />

divindades da época era finamente ornada com tais jóias. As princesas e rainhas eram<br />

ricamente adornadas com jóias. Do mesmo modo que hoje, quanto mais rica, mais nobres,<br />

raras e preciosas as jóias. Existem hoje colares de milhões de dólares. Anéis de diamante<br />

que custam milhares de reais. Jóias que caracterizam a realeza britânica, as princesas e<br />

rainhas das monarquias da atualidade.<br />

O artesão mencionado no poema da dança da Sulamita (7,2b) é metaforicamente<br />

relacionado com “enfeites” (helá‘iym) que servem de imagem para ilustrar as curvas <strong>dos</strong><br />

quadris da dançarina. No livro do profeta Jeremias (10,9) a produção de enfeites por<br />

diversos tipos de artesãos também é vinculado aos cultos da fertilidade: “Seus ídolos não<br />

passam de prata laminada, importada de Tarsis, ouro de ufaz (záháb me’ûfáz), trabalhado<br />

pelo artista (hárash) e pel [a mão do] ourives (viydey tzôréf), revestido de púrpura (‘aregámán)<br />

violeta e vermelha. São apenas obras de artistas (hekámiyn)”381<br />

No poema da égua do faraó as bochechas são vistas “entre pingentes”, o pescoço “entre<br />

colares” (1,10). O “fio escarlate” (shániy), mencionado em 4,3, é também vinculado, em Êx<br />

26,1, ao “trabalho do artesão” (hosheb). Especialmente ilustrativa é a menção ao marfim<br />

(shén), em 5,14 e 7,5, já que este material foi uma marca reconhecida <strong>dos</strong> palácios da<br />

Samaria (6,4; cf. 1 Rs 17,1; 1 Rs 22,1-6). Enfim, o imaginário artesanal nos wasfs, poemas<br />

árabes, podem ser entendi<strong>dos</strong> como herdeiros desta tradição.<br />

IMPORTANTE<br />

As Escrituras se entrelaçam, to<strong>dos</strong> os seus livros, todas as passagens, formando um tecido<br />

multicolorido. Ela é como uma bandeira desfraldada tremulando ao vento, toda ela. Um<br />

boradado, uma obra de tecelação, como um tapete persa.<br />

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