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Cantico dos Canticos

O mais maravilhoso Estudo de Canatres de Salomão

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Cinamomo qinamôn 4,14<br />

Açafrão karekom 4,14<br />

Aloés ‘ahálôt 4,14<br />

Nozes ‘egoz 6,11<br />

Palmeira náhal<br />

É o caso de 1,17, onde se descreve uma casa verde de<br />

cedros e ciprestes vivos, descritos ali como o teto de uma cama verdejante. O<br />

mesmo acontece em 2,13, onde a figueira e seus figos pequenos fazem parte do<br />

ambiente primaveril.<br />

O uso feito no poema canônico das bodas de Salomão tem forte<br />

paralelo com o Sl 45, que também é um hino de bodas342. No entanto, em Sl<br />

45,9, onde a mirra é citada junto com aloés como em Ct 4,14, ela é<br />

usada como perfume para as vestes e não como bálsamo para o corpo<br />

A mirra como bálsamo aprece também em Ester 2,12 como parte <strong>dos</strong><br />

preparativos das moças no harém do rei persa:<br />

Ao fim de doze meses, chegava o momento de um jovem se aproximar do<br />

rei. O período <strong>dos</strong> preparativos se desenrolava assim: durante seis meses,<br />

ela se untava com óleo de mirra, depois, durante seis meses, com<br />

bálsamos e cremes femininos343<br />

Segundo explica W. Von Soden, a tamareira e a palmeira tiveram grande<br />

importância na Babilônia como espécie cultivada. Este tipo de árvore precisa<br />

de grandes quantidades de água e foi muito pouco cultivada na assíria e no<br />

corredor siro-palestinense. Um <strong>dos</strong> lugares mais antigos vincula<strong>dos</strong> às palmas<br />

foi Jericó “cidade das palmeiras” (cf. Dt 34,3; Jz 1,16; 3,13 e 2 Cr 28,15)345.<br />

Contudo, no Antigo Testamento existe uma referência à tamareira que, do<br />

ponto de vista das tradições camponesas femininas, é muito importante trata-se<br />

da “Palmeira de Débora”, ou “Tamareira de Débora” (tomêr debôrah) em Jz<br />

4,5346. W. R. Smith interpreta esta tamareira como uma das que ele chama de<br />

“árvores oraculares cananéias” (canaanite tree oracle) e afirma que “a crença<br />

em árvores como lugares de revelação divina deve ter sido muito comum em<br />

Canaã”347.<br />

A guarda real é mencionada de duas diferentes formas no Cântico <strong>dos</strong><br />

Cânticos: como escolta do rei nas suas bodas (Ct 3,7-8) e como metáfora para o<br />

corpo e seus enfeites (4,4).<br />

Segundo indica R. De Vaux, esta guarda pessoal do rei era geralmente<br />

formada por mercenários (cf. 2 Sm 20,7; 2 Sm 15,18 e 1 Rs 1,38-44). Outra<br />

forma de designar a guarda real foi rátziym ou “corredores” que marchavam na<br />

frente <strong>dos</strong> carros de guerra (cf. 1 Sm 22,17; 2 Sm 15,1 e 1 Rs 1,5). Estes<br />

guardas também tinham a função de vigiar as entradas do palácio real<br />

carregado escu<strong>dos</strong> de bronze (1 Rs 14,27-28 e 2 Dr 12,10-11) 367.<br />

No Cântico <strong>dos</strong> Cânticos o termo usado tanto em 3,7 quanto em 4,4 para<br />

os guardas é gibôryim, isto é, “valentes” ou “bravos”. Em 2 Sm 23,8 usa-se<br />

esta terminologia para falar do exército de Davi como “os valentes de Davi: ha<br />

gibôriym ‘esher ledavid.<br />

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