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<strong>Cantares</strong> possui muitas dimensões. Ele é ao mesmo tempo o mais belo cântico <strong>de</strong> amor<br />
humano escrito e adorna os mais sublimes mistérios proféticos contidos <strong>de</strong>ntro das<br />
Escrituras.<br />
Perfaz uma viagem transcen<strong>de</strong>ntal até o interior <strong>de</strong> Deus, evocando poeticamente toda a<br />
magia da beleza do amor divino, transmitindo os rubores e rumores, a excelência e a<br />
profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um amor que exce<strong>de</strong> ao nosso entendimento, através <strong>de</strong> um cântico tecido<br />
através <strong>de</strong> imagens, gestos, sentimentos, sombras, personagens e um amor que vai crescendo<br />
até atingir a mais po<strong>de</strong>rosa expressão que já foi expressa sobre o seu significado, no capitulo<br />
oitavo. O livro cresce em intensida<strong>de</strong> e paixão, trafegando por paisagens belíssimas,<br />
transportando-nos a realida<strong>de</strong>s que representam os céus, a terra, os anjos, ao espírito<br />
humano, a alma, aos sonhos, a vida e a morte, a eternida<strong>de</strong> e a profecia, <strong>de</strong>svendando através<br />
<strong>de</strong> uma singela história <strong>de</strong> amor, ao amor <strong>de</strong> um modo completo.
O apogeu <strong>de</strong> <strong>Cantares</strong> é um grito enciumado que impressiona-nos profundamente:<br />
Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor<br />
é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas <strong>de</strong><br />
fogo, com veementes labaredas.<br />
O amor <strong>de</strong>safia afrontosamente ao po<strong>de</strong>r que mais alvoroça os sentimentos dos homens,<br />
que <strong>de</strong>safia ao dinheiro, ao prestigio, à fama e ao po<strong>de</strong>r que <strong>de</strong>stroniza reis, que lança por<br />
chão a soberba humana, que enterra na cova dos pobres aos altivos <strong>de</strong>sta terra e que nivela
o arrogante ao humil<strong>de</strong>, o déspota ao servo errante. A morte afronta aos po<strong>de</strong>rosos, afronta<br />
a socieda<strong>de</strong>, a ciência humana, a soberba do homem. Mas não é capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar-se vitoriosa<br />
diante do amor. E mesmo que o fosse por milênios, na ressurreição <strong>de</strong> Cristo a morte é<br />
afrontada com a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta essência imortal, po<strong>de</strong>rosa e <strong>de</strong>slumbrante. O cântico dos<br />
cânticos PROFETIZA a vitória <strong>de</strong> um po<strong>de</strong>r que é tão gran<strong>de</strong> quanto o po<strong>de</strong>r da morte. E<br />
avança na <strong>de</strong>claração dizendo que este amor gera CIUME, um CIUME tão monstruoso, tão<br />
aterrador, tão po<strong>de</strong>roso, que as sepulturas não são mais resistentes do que ele. E que as suas<br />
brasas são maiores do que as sepulturas, cujo fogo é veemente, incansável, inextinguível. E<br />
é por causa <strong>de</strong>ste CIUME que a morte não po<strong>de</strong>rá SEPARAR do AMADO a vida <strong>de</strong> sua<br />
amada. A morte não resistirá a tamanho amor. Não po<strong>de</strong>rá conter aos redimidos em seu seio,<br />
ou os que morreram aguardando a vinda do Amado sob seu po<strong>de</strong>r. Paulo <strong>de</strong>clarará <strong>de</strong> outro<br />
modo esse epíteto:<br />
“Quem nos SEPARARÁ do AMOR <strong>de</strong> CRISTO? A morte, ou os principados?”<br />
Fruto <strong>de</strong> idêntica inspiração.<br />
Nossas vidas são limitadas aos nossos dias que passam ligeiro. Trazemos conosco memórias,<br />
carregamos a esperança no colo. Nosso mundo envelhece junatamente conosco, basta ver<br />
uma foto do jardim da infância ou das ruas <strong>de</strong> nossa cida<strong>de</strong> transformadas pela urbanização.<br />
Nossa história muda no <strong>de</strong>correr dos anos, assim como nossos relacionamentos, nossos<br />
projetos. Alguns sonhos se realizam, outros se <strong>de</strong>sfazem, sofremos perdas e alcançamos<br />
gisgantescas vitórias. Somos marcados por pessoas. Marcados por amiza<strong>de</strong>s, ou por<br />
inimiza<strong>de</strong>s, pelo afeto que <strong>de</strong>ixou marcas ou pelas perseguições que do mesmo modo<br />
<strong>de</strong>ixaram em nós marcas na alma. <strong>Cantares</strong> canta um momento da vida <strong>de</strong> dois jovens<br />
enamorados. E se pudéssemos transcen<strong>de</strong>r a história dos dois enamorados até a história<br />
divina? Nosso ontem retroce<strong>de</strong> até nosso nascimento. Nosso amanhã vai até nossa sepultura,
caso não aconteça algo sobrenatural, humanamente falando. Cristo muda dramaticamente<br />
essa métrica. Porém a história <strong>de</strong> Deus se inicia, por assim dizer, na eternida<strong>de</strong> passada, ou<br />
no passado da eternida<strong>de</strong> e finda...não. Não finda. Mas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> não ter início e nem<br />
fim, Deus possui uma história. Ele também possui marcas <strong>de</strong>ixadas por afetos e inimiza<strong>de</strong>s<br />
em sua essência. Em sua memória, em suas obras, em suas relizações. A história divina é<br />
profundamente impactada pela nossa. Por mais paradoxal que possa parecer este enunciado.<br />
Para torná-la inteligível, compreensível a nós Ele a retratou em <strong>Cantares</strong>. Toda ela. O amor<br />
<strong>de</strong> Salomão e Sunamita é uma dança, um cântico, um drama, uma canção. Nessa canção o<br />
Espírito entoará um cântico <strong>de</strong> amor, a sua própria canção. Em cada passo da dançarina <strong>de</strong><br />
<strong>Cantares</strong> ele verá a dança da Sunamita Celestial, que representará o seu amor pela Igreja<br />
terrena e pela misteriosa e invisível Igreja Celestial. Aquela que aparece num momento<br />
assombroso lá no Livro <strong>de</strong> Hebreus, a multidão <strong>de</strong> espírito dos justos aperfeiçoados e aos<br />
incontáveis anjos.<br />
O livro acontece em 8 capítulos, que percorrem alguns dias. Talvez 7 dias mais um do<br />
casamento futuro e outro especial da recompensa dos guardas. Uma semana memorável,<br />
mágica. Um momento único da vida <strong>de</strong> um jovem e uma adolescente.<br />
Toda a história da Re<strong>de</strong>nção, que compreen<strong>de</strong> fatos anteriores a existencia do homem e fatos<br />
posteriores a história representam somente um instante, um momento da Vida daquele que<br />
Vive para Todo o Sempre. Mas que são profundos para o seu coração.<br />
O livro então será um dueto. E uma dança. Anjos irão dançar nos céus testemunhando a<br />
dança da menina caçadora <strong>de</strong> raposas, o Espírito comporá a quatro mãos a melodia,<br />
juntamente com o apaixonado Salomão. Salomão olha para sua amada e nela Deus<br />
contemplará sua paixão.<br />
<strong>Cantares</strong> nos apresentará o amor <strong>de</strong> Deus pela Igreja, por Israel e pela Humanida<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />
moneira:<br />
Ludica e Profética<br />
De modo Humano e <strong>de</strong> modo Sobrenatural<br />
Percorrendo a história e a eternida<strong>de</strong>.<br />
https://www.youtube.com/watch?v=O9CG_PoEWCg