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O TRABALHO 51<br />

autenticidade — por exemplo, um modelo ou um ator".<br />

Desde 1977, porém, M. Schmidt v. Austicks Bookshops,<br />

Ltd. teve uma decisão interpretada amplamente de forma<br />

a tornar legal a admissão ou a demissão em geral com<br />

base na aparência física. A Srta. Schmidt perdeu o emprego<br />

e a causa porque usava calças para ir trabalhar numa<br />

livraria. O Tribunal Trabalhista de Recursos negouse<br />

a considerar o caso que se baseava no fato de o código<br />

de indumentária ser mais restritivo para as mulheres do<br />

que para os homens, dispondo que o empregador "tem<br />

direito a uma grande área de opção ao controlar a imagem<br />

do seu estabelecimento", e ainda declarando a questão<br />

insignificante. Concluíram que dizer a uma mulher<br />

como deve se vestir é uma questão nada mais do que trivial.<br />

Em Jeremiah v. Ministério da Defesa, os patrões evitaram<br />

contratar mulheres para trabalho de maior remuneração<br />

por ele ser sujo e porque prejudicaria a sua aparência.<br />

Na sua exposição Lord Denning refletia: "O cabelo<br />

de uma mulher é a sua glória máxima... Ela não gosta<br />

de vê-lo em desordem, especialmente quando acabou de<br />

fazer um penteado." Os advogados dos empregadores afirmaram<br />

que forçar mulheres a desmanchar seus penteados<br />

por salários maiores levaria a agitações na indústria.<br />

Dan Air foi acusada em 1987 de só contratar mulheres<br />

jovens e bonitas para o serviço de bordo. Eles defenderam<br />

sua posição discriminatória com base na preferência<br />

dos viajantes por moças bonitas. (Dois anos depois<br />

o USA Today publicava um editorial com a mesma<br />

lógica, no qual clamava pela volta dos bons tempos em<br />

que as aeromoças eram contratadas jovens e bonitas e dispensadas<br />

assim que amadurecessem.)<br />

Em Maureen Murphy e Eileen Davidson v. Stakis Leisure,<br />

Ltd. podemos ver a onda do futuro. As garçonetes<br />

fizeram objeção a uma mudança de imagem que as vestia<br />

num uniforme "mais revelador" e as obrigava a usar<br />

maquiagem e esmalte de unhas. Uma garçonete descreveu<br />

os trajes como "inspirados diretamente na Histoire<br />

d'O", consistindo numa minissaia e um decote profun-

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