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O TRABALHO 41<br />

sentenciou uma mulher a perder um quilo e meio por semana<br />

ou ser presa. Em 1972, foi decretada que a "beleza"<br />

era algo que podia, sob o ponto de vista legal, fazer<br />

com que as mulheres ganhassem ou perdessem um emprego.<br />

A Junta de Apelação dos Direitos Humanos do<br />

Estado de Nova York determinou em ST. Cross v. Playboy<br />

Club ofNew York que, numa profissão de alta visibilidade,<br />

a "beleza" de uma mulher era qualificação legítima<br />

para o emprego.<br />

Margarita St. Cross era uma garçonete do Playboy<br />

Club, despedida "por ter perdido sua imagem de coelhinha".<br />

As normas de recrutamento do clube classificavam<br />

as garçonetes de acordo com a seguinte hierarquia.<br />

1. Beleza impecável (rosto, corpo e apresentação)<br />

2. Moça de beleza excepcional<br />

3. Marginal (em processo de envelhecimento ou por<br />

ter surgido algum problema de aparência corrigível)<br />

4. Perda da Imagem de coelhinha (seja por envelhecimento,<br />

seja por um problema de aparência incorrigível)<br />

Os homens na mesma função de St. Cross, que exerciam<br />

as mesmas tarefas no mesmo local, não eram "submetidos<br />

a avaliações de nenhuma natureza".<br />

Margarita St. Cross solicitou ao tribunal que decidisse<br />

ter ela ainda beleza suficiente para manter o emprego<br />

por ter atingido, disse ela, "uma transição fisiológica<br />

da aparência bonitinha e de frescor juvenil para uma<br />

aparência madura, de mulher".<br />

Os porta-vozes de Hefner declararam que ela não era<br />

bonita o suficiente. O tribunal chegou ao veredito aceitando<br />

a palavra de Hefner em detrimento da de St. Cross —<br />

assumindo que por definição o empregador tem maior credibilidade<br />

para falar da beleza de uma mulher do que ela<br />

própria—que esse tipo de avaliação estava "inteiramente<br />

dentro da competência" de decisão do Playboy Club.

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