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A VIOLÊNCIA 315<br />

terminantemente as experiências que não tenham finalidade<br />

terapêutica. Insiste para que os pacientes escolham<br />

participar de livre e espontânea vontade. Obriga, ainda,<br />

à total exposição dos riscos para a obtenção do "consentimento"<br />

dos pacientes informados. Ao examinarmos as<br />

suas atividades de um ponto de vista estritamente literal,<br />

não retórico, fica claro que os cirurgiões estéticos modernos<br />

estão transgredindo diariamente o código médico de<br />

Nuremberg.<br />

As técnicas da cirurgia estética parecem ser desenvolvidas<br />

em experiências médicas irresponsáveis, usando<br />

mulheres desesperadas como cobaias. Nas primeiras tentativas<br />

de lipoaspiração na França, mangueiras possantes<br />

arrancaram das mulheres além de glóbulos compactos<br />

de tecidos vivos, conjuntos inteiros de nervos, dendritos<br />

e gânglios. Impávidos, os responsáveis pela experiência<br />

seguiram em frente. Nove mulheres francesas morreram<br />

dessa técnica "aperfeiçoada" "que foi considerada<br />

um sucesso" e trazida para os Estados Unidos. Médicos<br />

que praticam a lipoaspiração começam a empregá-la sem<br />

ter tido nenhuma experiência prática durante a formação.<br />

"O meu cirurgião nunca empregou essa técnica antes...<br />

por isso, vai usá-la em mim como 'experiência'", relata<br />

uma viciada em cirurgias. Com a sutura do estômago, "os<br />

cirurgiões continuam a fazer experiências para descobrir<br />

técnicas melhores".<br />

Para proteger os pacientes de experiências médicas,<br />

o Código de Nuremberg ressalta que, para que haja um<br />

consentimento autêntico, os pacientes devem ser informados<br />

de todos os riscos. Muito embora seja pedido aos pacientes<br />

que assinem dando seu consentimento, é extremamente<br />

difícil, se não impossível, obter informações precisas<br />

ou objetivas sobre a cirurgia estética. A maior parte<br />

da cobertura na imprensa salienta a responsabilidade<br />

da mulher em pesquisar médicos e procedimentos. No entanto,<br />

se ler somente revistas femininas, uma mulher poderia<br />

saber das complicações, mas não da probabilidade<br />

de sua ocorrência. Se ela se dedicar em tempo integral

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