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O TRABALHO 35<br />

sendo incluída como uma versão do que a lei de discriminação<br />

sexual dos Estados Unidos chama de QOBF<br />

(qualificação ocupacional de boa-fé) e a Grã-Bretanha denomina<br />

QOG (qualificação ocupacional genuína), como,<br />

por exemplo, o sexo feminino numa ama-de-leite ou o sexo<br />

masculino num doador de esperma.<br />

A legislação da igualdade sexual realça a QOBF ou<br />

a QOG como um caso excepcional no qual a discriminação<br />

sexual para a contratação é legítima porque a própria<br />

função exige um dos sexos. Como exceção consciente<br />

da lei de igualdade de oportunidades, ela tem uma definição<br />

extremamente minuciosa. O que está agora acontecendo<br />

é que uma paródia da QOBF (que chamarei mais<br />

exatamente de QBP, qualificação de beleza profissional)<br />

— está sendo institucionalizada extensamente como condição<br />

para contratação e promoção de mulheres. Ao assumir<br />

de má-fé a linguagem de boa-fé da QOBF aqueles<br />

que manipulam a qualificação de beleza profissional podem<br />

alegar não ser ela discriminação sob o pretexto de<br />

consistir em requisito necessário para que a função seja<br />

realizada de forma adequada. Tendo em vista que a QBP,<br />

de expansão incessante, até hoje foi aplicada na grande<br />

maioria dos casos às mulheres que trabalham e não aos<br />

homens, seu uso para contratar e promover (ou molestar<br />

e despedir) é de fato uma discriminação sexual e deveria<br />

ser considerado uma violação ao parágrafo VII da Lei<br />

dos Direitos Civis de 1964 nos Estados Unidos e à Lei da<br />

Discriminação Sexual de 1975 na Grã-Bretanha. No entanto,<br />

três novas mentiras vitais surgiram na ideologia da<br />

"beleza", durante esse período, com a finalidade de disfarçar<br />

o fato de a função real da QBP no trabalho ser<br />

a de criar um meio, sem riscos e sem perigo de questões<br />

judiciais, para exercer discriminação contra as mulheres.<br />

Essas três mentiras vitais são as seguintes: (1) A "beleza"<br />

teve que ser definida como uma qualificação legítima<br />

e necessária para a ascensão de uma mulher ao poder.<br />

(2) O objetivo discriminatório da mentira número um<br />

teve de ser disfarçado (especialmente nos Estados Unidos,

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