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A FOME 241<br />

damental — por que as mulheres ocidentais precisam passar<br />

fome? — é perigosa demais para ser proposta mesmo<br />

diante de números de mortos dessa grandeza.<br />

Joan Jacobs Brumberg em Fasting Girls: The Emergence<br />

of Anorexia Nervosa as a Modem Disease calcula<br />

o número de anoréxicas entre 5 e 10% de todas as moças<br />

e mulheres americanas. Em alguns campi universitários,<br />

segundo ela, uma estudante em cada cinco é anoréxica.<br />

O número de mulheres com a doença aumentou dramaticamente<br />

no mundo ocidental nos últimos vinte anos.<br />

O Dr. Charles A. Murkovsky do Gracie Square Hospital<br />

em Nova York, especialista em distúrbios da alimentação,<br />

afirma que 20% das estudantes universitárias norteamericanas<br />

costumam fazer farras alimentares para depois<br />

jejuar regularmente. Kim Chernin em The Hungry<br />

Self sugere que pelo menos metade das mulheres nas universidades<br />

norte-americanas sofrem, em alguma época,<br />

de anorexia ou de bulimia. Roberta Pollack Seid em Never<br />

Too Thin concorda com o número de 5 a 10% para<br />

a anorexia entre as jovens americanas e acrescenta que<br />

até seis vezes essa proporção das universitárias sofre de<br />

bulimia. Se optarmos pelos números mais altos, veremos<br />

que entre dez universitárias americanas, duas são anoréxicas<br />

e seis são bulímicas. Apenas duas estão bem de saúde.<br />

Portanto, a norma para as jovens americanas de classe<br />

média consiste em sofrer de algum tipo de distúrbio<br />

de alimentação.<br />

A doença é fatal. Brumberg relata que 5 a 15% das<br />

anoréxicas hospitalizadas morrem durante o tratamento,<br />

dando a essa doença a maior taxa de mortalidade de uma<br />

doença mental. O The New York Times cita a mesma taxa<br />

de mortalidade. O pesquisador L.K.G. Hsu relata uma<br />

taxa de mortalidade de até 19%. Quarenta a 50% das anoréxicas<br />

nunca se recuperam totalmente, uma taxa de recuperação<br />

de inanição pior do que a taxa de 66% de recuperação<br />

das vítimas de inanição hospitalizadas na Holanda<br />

em guerra, em 1944-1945.<br />

As conseqüências clínicas da anorexia incluem hipo-

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