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146 O MITO DA BELEZA<br />

é inevitável e prejudicial à credibilidade." Em entrevistas,<br />

ela vai ainda além. "Quando os anunciantes prometem<br />

resultados contra o envelhecimento, algum produto com<br />

profundos efeitos biológicos, isso tem de ser proibido. É<br />

pura conversa fiada... fora dos limites da razão e da verdade."<br />

Afirma ele, ainda, sobre os novos produtos que<br />

eles "simplesmente não podem funcionar como seus defensores<br />

e fabricantes dizem por ser fisicamente impossível<br />

para eles penetrarem na pele o suficiente para provocar<br />

qualquer diferença duradoura no que diz respeito às<br />

rugas. O mesmo se aplica à eliminação de rugas ou à prevenção<br />

permanente do envelhecimento das células." A esperança<br />

de que algum produto consiga esses resultados<br />

é "de fato zero", segundo ele.<br />

"Alguns dos meus colegas", admite Kligman, "me<br />

dizem 'As mulheres são tão bobas! Como podem comprar<br />

todos esses cremes e produtos? Mulheres instruídas,<br />

que estudaram em Radcliffe, Cambridge, Oxford e na Sorbonne<br />

— o que as faz agir assim? Por que entram na Bloomingdale's<br />

egastam US$ 250,00 com essas bobagens?'"<br />

As mulheres são "tão bobas" porque o sistema e seus<br />

defensores aceitam a determinação da indústria de cosméticos<br />

de que somos e devemos continuar "tão bobas".<br />

O "aperto na fiscalização" veio afinal em 1987, nos Estados<br />

Unidos, mas não se originou de uma preocupação<br />

com as consumidoras exploradas por uma fraude de 20<br />

bilhões de dólares por ano. Ilido começou quando o cardiologista<br />

Dr. Christiaan Barnard lançou Glycel ("uma<br />

tapeação, uma tapeação completa", diz o Dr. Kligman).<br />

A fama do cardiologista e suas afirmações absurdas sobre<br />

o produto provocaram inveja no restante da indústria.<br />

("Essa foi a primeira vez na história que podemos<br />

lembrar de um médico dando seu nome a uma linha de<br />

cosméticos", diz Stanley Kohlenberg, da empresa Sanofi<br />

Beauty Products). De acordo com uma das fontes de Ge-<br />

---- McKnight, "alguém lembrou à FDA que, se eles não<br />

agissem de forma a tirar o produto das prateleiras, a indústria<br />

se encarregaria de enlamear o nome do órgão''.

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