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Manual para a Redução da Pobreza por meio do Turismo

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Capítulo 2 Recursos humanos, trabalho decente e diálogo social 6<br />

EXEMPLOS DESAFIADORES: O PERFIL NACIONAL DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NA REPÚ-<br />

BLICA UNIDA DA TANZÂNIA 3<br />

Por locais de trabalho mais saudáveis<br />

Muitos trabalha<strong>do</strong>res informais enfrentam condições de trabalho inseguras. Em muitos casos, elas trabalham em<br />

instalações físicas precárias, sem sanitários ou água potável e com sistemas inadequa<strong>do</strong>s de coleta e descarte de<br />

lixo. Além disso, frequentemente há pouca diferença entre as condições de trabalho e de vi<strong>da</strong> no setor informal.<br />

Os emprega<strong>do</strong>res <strong>da</strong> República Uni<strong>da</strong> <strong>da</strong> Tanzânia muitas vezes não têm acesso a serviços formais <strong>para</strong> ajudá-los<br />

a oferecer serviços de saúde ocupacional e ambientais aos seus funcionários.<br />

Melhorias na fiscalização <strong>do</strong> trabalho<br />

A Política Nacional de Emprego indica claramente a necessi<strong>da</strong>de de melhorias no funcionamento <strong>do</strong> Serviço<br />

de Fiscalização <strong>do</strong> Trabalho. Se estivessem adequa<strong>da</strong>mente equipa<strong>do</strong>s com as ferramentas necessárias <strong>para</strong> o<br />

seu trabalho, os fiscais <strong>do</strong> trabalho poderiam monitorar a aplicação <strong>da</strong> legislação trabalhista até em estabelecimentos<br />

situa<strong>do</strong>s em áreas rurais.<br />

Desafios previdenciários<br />

A necessi<strong>da</strong>de de uma estrutura de proteção social está estreitamente relaciona<strong>da</strong> à pobreza e à vulnerabili<strong>da</strong>de.<br />

É um grande desafio conceber medi<strong>da</strong>s de segurança social que sejam também aplicáveis ao setor<br />

informal, mas esse esforço aju<strong>da</strong>ria a interromper o ciclo vicioso de empregos de baixa quali<strong>da</strong>de, baixos<br />

salários e locais de trabalho perigosos <strong>para</strong> trabalha<strong>do</strong>res desprovi<strong>do</strong>s de proteção social.<br />

Preocupações com questões de gênero<br />

Historicamente, as mulheres têm assumi<strong>do</strong> funções de baixa qualificação e entra<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong> de trabalho<br />

como trabalha<strong>do</strong>ras de nível inferior. Embora tenham si<strong>do</strong> observa<strong>da</strong>s melhorias em leis e políticas, a reali<strong>da</strong>de<br />

está mu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> muito lentamente e há uma necessi<strong>da</strong>de urgente de políticas trabalhistas que garantam<br />

mais proteção às mulheres e, sobretu<strong>do</strong>, melhores salários <strong>para</strong> elas.<br />

A economia informal<br />

O maior desafio <strong>para</strong> a legislação trabalhista é o de se ampliar seu alcance <strong>para</strong> o setor informal, principalmente<br />

<strong>por</strong>que menos de 6% <strong>da</strong> força de trabalho total está emprega<strong>da</strong> no setor formal. Em princípio, os sindicatos<br />

devem fornecer informações a trabalha<strong>do</strong>res sobre seus direitos legais. No entanto, a estrutura e o tamanho<br />

<strong>da</strong>s empresas que atuam na economia informal representam grandes obstáculos <strong>para</strong> os esforços de sindicalização<br />

e conscientização. Méto<strong>do</strong>s mais ativos e criativos devem ser desenvolvi<strong>do</strong>s <strong>para</strong> que os trabalha<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> setor informal possam ser efetivamente alcança<strong>do</strong>s.<br />

A noção <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> no trabalho evoluiu<br />

de uma preocupação com determina<strong>da</strong>s dimensões<br />

<strong>do</strong> trabalho assalaria<strong>do</strong> - principalmente questões<br />

relaciona<strong>da</strong>s às jorna<strong>da</strong>s de trabalho, a salários e<br />

à proteção <strong>da</strong> materni<strong>da</strong>de - <strong>para</strong> a consideração<br />

de um conjunto mais amplo de elementos <strong>do</strong> trabalho<br />

remunera<strong>do</strong> ou não. Ela também abrange a<br />

interseção entre o merca<strong>do</strong> de trabalho e a vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res fora <strong>do</strong> contexto <strong>do</strong> seu trabalho remunera<strong>do</strong>.<br />

Esse novo <strong>para</strong>digma envolve dimensões <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> trabalho que constituem elementos centrais<br />

<strong>da</strong>s preocupações com o impacto de mu<strong>da</strong>nças econômicas<br />

e sociais sobre trabalha<strong>do</strong>res e suas famílias.<br />

Essas questões ain<strong>da</strong> não foram plenamente integra<strong>da</strong>s<br />

às principais políticas desenvolvi<strong>da</strong>s <strong>para</strong> a economia<br />

globaliza<strong>da</strong>. Governos de to<strong>do</strong>s os países <strong>da</strong> África<br />

têm enfatiza<strong>do</strong> a necessi<strong>da</strong>de de que medi<strong>da</strong>s concretas<br />

sejam toma<strong>da</strong>s no senti<strong>do</strong> de superar esses desafios.<br />

A Cimeira Extraordinária <strong>da</strong> União Africana sobre<br />

Emprego e <strong>Redução</strong> <strong>da</strong> <strong>Pobreza</strong> na África (realiza<strong>da</strong><br />

em Ouaga<strong>do</strong>ugou em setembro de 2004) en<strong>do</strong>ssou,<br />

<strong>por</strong> esmaga<strong>do</strong>ra<br />

maioria, a Agen<strong>da</strong><br />

<strong>do</strong> Trabalho<br />

Decente <strong>da</strong> OIT,<br />

com ênfase na<br />

necessi<strong>da</strong>de de<br />

que sejam cria<strong>do</strong>s<br />

empregos<br />

de quali<strong>da</strong>de.<br />

O Governo <strong>da</strong><br />

República Uni<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> Tanzânia<br />

apoia esse apelo<br />

pan-africano <strong>por</strong><br />

mais empregos<br />

e melhorias na<br />

quali<strong>da</strong>de desses<br />

empregos.<br />

3<br />

Fonte: Escritório Internacional <strong>do</strong> Trabalho (2009). National Profile of Working Conditions in the United Republic of Tanzania. Genebra: Escritório<br />

Internacional <strong>do</strong> Trabalho. http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_protect/---protrav/---travail/<strong>do</strong>cuments/publication/wcms_119347.pdf

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