desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

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mulheres no quadro funcional. E se consideramos a transformação ocorrida em
2005, elevando a instituição à Universidade, vemos uma elevação no percentual que
culmina com o maior percentual de toda sua história em 2010 – as mulheres
representavam mais de 40% do quadro funcional. Consideramos este aumento
como possibilidades efetivas de mudanças nas configurações de gênero na
instituição.
Os dados encontrados no Departamento de Recursos Humanos dos últimos
quinze anos são consideravelmente maiores que os dados de 1979 a 1990 (tabela
8), se comparamos o valor percentual médio de mulheres – em torno de 30% no
primeiro período e de 37% no segundo.
Estes números crescentes em favor das mulheres na década de 1990 dizem
respeito à abertura de inúmeras possibilidades de atuação; conforme indicado, a
instituição ampliou níveis de ensino e de cursos, o que pode ter sido o responsável
pelo aumento percentual de mulheres. Entretanto porque temos o que Leszczynski
caracterizou como “uma escola „masculina‟ em suas áreas de excelência” (1996, p.
102), que seriam justamente os cursos técnicos masculinos e os cursos superiores
de Engenharia, e sabendo que as mulheres ainda têm menor concentração nestas
áreas, pode-se dizer que o equilíbrio está quando analisamos a participação das
mulheres em departamentos e áreas historicamente ocupados por elas, como é o
caso dos departamentos de Comunicação e Expressão e de Desenho Industrial,
conforme analisaremos adiante.
Silva (2000) acrescenta que apesar de um aumento considerável no número
de professoras, a concentração está em áreas de educação geral e em algumas
áreas específicas de educação técnica. A exceção colocada pela autora diz respeito
ao corpo docente do Departamento de Desenho Industrial (Dadin), originado do
Departamento de Decorações, que, conforme já exposto, tem desde sua origem um
número maior de mulheres.
A pesquisadora Marilia Gomes de Carvalho em artigo de 2008 se deteve
sobre os números do corpo docente da UTFPR, especificamente do campus
Curitiba, obtidos via Departamento de Recursos Humanos, do ano de 2007. Sua
análise partiu da separação entre número de homens e de mulheres por
Departamentos, chegando aos dados da tabela 13: