Cavaquistas querem que Vítor Gaspar saia - Europa

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01.11.2012 Views

18 Público Domingo 29 Janeiro 2012 Portugal Sindicalismo Novo líder da CGTP diz que “jamais lançará a toalha ao chão e abandonará a luta” O Governo dos direitos, as medidas da troika e os responsáveis pela crise são os alvos que Arménio Carlos identifi cou para o combate dos próximos quatro anos Raquel Martins a Arménio Carlos, o novo secretário-geral da CGTP, afastou ontem os receios de que central sindical se torne menos plural e refém da imagem de uma só pessoa. No discurso de encerramento do XII Congresso da Intersindical, o homem que sucede a Carvalho da Silva deixou claro que este é “um projecto de todos e para todos” e identifi cou bem os alvos do combate dos próximos quatro anos: o Governo de direitos, as medidas da troika e os responsáveis pela crise. “Há um compromisso que todos os delegados e todos os membros do conselho nacional assumiram que é o aprofundamento do projecto da CGTP”, frisou debaixo de fortes aplausos, num auditório “pintado” de bandeiras vermelhas. Numa intervenção parcialmente improvisada, o novo líder respondeu aos receios das tendências minoritárias da CGTP, que lhe deram voto em branco na eleição, e prometeu trabalhar com todos. Por diversas vezes fez questão de frisar que a central é um “projecto colectivo” e que por detrás dos rostos mais mediáticos “há um trabalho de formiguinha”, desenvolvido pelos que “estão todos os dias nos locais de trabalho”. O novo secretário-geral da CGTP apelou ainda a todos os trabalhadores “independentemente da sua fi liação” para que juntem esforços no combate ao “desastre económico e social que espolia os que menos têm e favorece aqueles que são responsáveis pela cri- se” e a que o Governo de direita está a conduzir o país. Num discurso parcialmente improvisado, Arménio Carlos deixou claro que os sindicatos da CGTP continuam disponíveis para colaborar nas empresas e no terreno com outras estruturas independentemente da sua fi liação. Uma hora antes tinha sido aprovada uma moção em que a CG- TP se compromete a angariar 100 mil novos fi liados em quatro anos. Os aplausos, as palavras de ordem e as bandeiras com o logotipo da CG- TP agitaram-se sempre que Arménio Carlos falou na necessidade de melhorar os rendimentos, reivindicou o aumento do salário mínimo para os 600 euros, o aumento das pensões e a melhoria das prestações de desemprego. O líder acusou o Governo de “destruir a economia”, “subverter os princípios constitucionais”, “sacrifi car os direitos dos trabalhadores” e “esvaziar o Estado Social”. Uma crítica que estendeu também ao presidente da República quando se diz “preocupado com o aumento da pobreza” e depois nada faz . “O que é que estão lá a fazer?”, questionou. Criticou ainda os ministros “de bandeira portuguesa na lapela” a entregar as empresas públicas “por tuta e meia”. O novo secretário-geral considerou ainda o acordo assinado na concertação social “inadmissível e “uma demonstração da mostruosidade económica e social” que está por detrás das ideias do Governo e da troika. E destacou: “Este acordo não é lei. Temos que o combater no terreno antes que seja aprovado”. Numa intervenção dura e pautada por alguma ironia, Arménio Carlos admite que a central tem pela frente “muito trabalho” para “responder às ofensivas que estão em curso”. E deixou um mote para o que se avizinha: “A CGTP jamais lançará a toalha ao chão e abandonará a luta pelos direitos dos trabalhadores”. Dar lugar aos mais novos Após dois dias de discussões e ataques ao Governo, ao rumo que a União Europeia está a tomar e às medidas de austeridade impostas pela troika e subscritas pelo Governo, Arménio Carlos encerrou o congresso que fi - cou marcado pela saída de Manuel Carvalho da Silva, fi gura que esteve à frente dos destinos da central nos últimos 25 anos. O XII Congresso fi cou marcado por um rejuvenescimento nos órgãos da central. Do conselho nacional saem mais de um terço dos dirigentes, porque estão perto da idade da reforma ou foram substituídos à frente das estruturas. Arménio Carlos elogiou ainda o “desapego ao poder” dos dirigentes que agora saem por terem atingido o limite de idade e por terem ajudado a encontrar soluções para o “rejuvenescimento” da central. O novo Conselho Nacional foi eleito com 94,83 por cento dos votos. Cumprindo o objectivo de rejuvenescer a central, a média etária dos 147 membros é agora inferior a 48 anos.

No auditório pintado de bandeiras vermelhas, Arménio Carlos é aplaudido, cumprimentado pelo antecessor, Carvalho da Silva, e é eleito como novo dirigente FOTOS DE RUI GAUDÊNCIO Arménio Carlos “Existe medo e muita intimidação” Entrevista Raquel Martins a Arménio Carlos, o novo líder da CGTP, garante que os receios de que a CGTP passará a ser menos plural porque tem à frente um membro do comité central do PCP são infundados. A entrevista foi feita em conjunto ao PÚBLICO e ao Diário de Notícias. Como lê os resultados da votação que o elegeu e que teve 28 votos em branco. É uma tentativa de marcar posição por parte das tendências minoritárias? Os receios em relação ao seu mandato têm fundamento? Admito que seja uma posição de demarcação relativamente às perspectivas de futuro que alguns camaradas tenham. Se porventura estão receosos, o tempo vai demonstrar que estão enganados. Garante que irá trabalhar com todos, independentemente das posições que tomaram durante o congresso? É evidente. Nunca deixei de trabalhar com todos e com todos continuarei a trabalhar. Os 147 dirigentes que foram eleitos para o conselho nacional assumiram um compromisso muito importante para dar continuidade ao projecto da CGTP. Que pontes vai estabelecer no futuro com essas tendências e com a UGT? Em relação às sensibilidades internas, nós não funcionamos num contexto de parlamentarização, funcionamos num contexto de intervenção sindical. Cada dirigente que está na CGTP tem responsabilidades ao nível de união, de federação ou de sindicato e tem que responder aos problemas concretos dos trabalhadores. Quando se procura encontrar grandes divergências elas não existem. Porque quando discutimos os problemas concretos - as questões do emprego, do estado social, dos serviços públicos, das condições de vida dos trabalhadores e da população - não há divergências. E em relação à UGT? Há uma divergência de fundo, que resulta não só de um projecto que é diferente do nosso, mas também de atitudes e posicionamentos que consideramos que não defendem os interesses dos trabalhadores. O último dos quais foi a assinatura do compromisso [com o Governo e os patrões]. No actual contexto, as duas centrais só teriam a ganhar se se juntassem em determinadas situações. Continua aberta a porta para essa colaboração? A CGTP fará todas as diligências no sentido de concretizar a unidade da acção para responder a problemas concretos dos trabalhadores. Mas essas diligências não são feitas ao nível das direcções, resultam da disponibilidade e da vontade dos trabalhadores no terreno. No dia 2 de Fevereiro vamos ter uma luta em várias empresas do sector dos transportes onde vão estar envolvidos alguns sindicatos da UGT. A CGTP mantém-se disponível para ir à concertação social? Ou é uma perda de tempo? Não abdicamos de intervir em nenhum espaço, seja ele qual for. É possível que em Portugal se atinjam níveis de tensão social semelhantes aos da Grécia? Não defendemos a violência, mas também não admitimos que os direitos dos trabalhadores não sejam efectivados nos locais de trabalho e que dentro das empresas não haja a liberdade para que os trabalhadores digam o que pensam e exijam aquilo a que têm direito.. Essa é a maior violência que nos agride do ponto de vista fi nanceiro, físico e mental. É um crime o que se passa em muitos locais de trabalho. Novo líder diz que CGTP tem uma divergência de fundo com a UGT É também esse “crime” que afasta as pessoas dos sindicatos ou as impede de participar? Existe medo e sobretudo muita intimidação e muita repressão, mas perante isso temos que transmitir esperança e confi ança. Mais do que ceder ao medo, exige-se uma intervenção para defendermos a nossa dignidade. É isso que apelamos aos trabalhadores: defendam a vossa dignidade. Não sente uma responsabilidade acrescida de substituir alguém que esteve à frente da CGTP 25 anos? É uma responsabilidade pesadita. Mas isto faz-se com o colectivo Como é que vê a ideia de que é um ortodoxo que passa a liderar a CGTP? Dá-me gozo. Há pessoas que falam do que não sabem e sobretudo das pessoas que não conhecem, pode ser que se enganem. Mas isso tem a ver com o facto de fazer parte do comité central do PCP. Tem a ver acima de tudo com o preconceito anti-comunista. Público Domingo 29 Janeiro 2012 19 O mais novo João Almeida, 25 anos, é o mais jovem membro do conselho nacional da CGTP. Empenhado em fazer a diferença, este jovem pescador deixa um apelo aos jovens precários ou no desemprego para que se envolvam: “Temos nas mãos as armas para impedir o retrocesso social”.A entrada no mundo do sindicalismo fazse cedo, quando aos 18 anos começou a trabalhar. Membro do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte foi nos últimos três anos que passou a participar mais activamente na estrutura. O discurso está alinhado com o de outros dirigentes mais velhos. E quando questionado sobre os esforços que a central tem que fazer para convencer os mais jovens a sindicalizar-se é pronto na resposta: “Não é o movimento sindical que tem que mudar, os trabalhadores é que têm que ter consciência do ataque aos direitos básicos e consciencializar-se de que podem lutar”.E acrescenta ainda: “A CGTP sempre se soube adaptar e não vai ter dificuldades em chegar a todos”.R.M. O mais velho Habituado a ser o mais novo “em tudo”, o destino faz com que seja agora o mais velho dos 147 membros do conselho nacional eleitos na noite de sexta-feira. José Guerreiro, 61 anos, diz que deve muito do que é ao sindicalismo. Defensor da renovação dos órgãos da central sindical, tem um discurso positivo e de raro reconhecimento da capacidade dos mais jovens levarem a CGTP a bom porto. “Este congresso marca uma viragem de gerações. Definitivamente, a geração do 25 de Abril entrega o poder a outra geração mais nova e mais bem preparada”, realça o homem que está à frente do sindicato do comércio e que milita nos sindicatos desde 1970. E quando questionado sobre as dificuldades que o sindicalismo enfrenta, alerta para o “retrocesso social” que se traduz no medo das pessoas participarem. “Vivemos um tempo muito exigente para os trabalhadores e também para os dirigentes sindicais, mas tenho muita confiança nos novos dirigentes”, realça. R.M.

No auditório pintado de<br />

bandeiras vermelhas,<br />

Arménio Carlos é aplaudido,<br />

cumprimentado pelo<br />

antecessor, Carvalho da Silva,<br />

e é eleito como novo dirigente<br />

FOTOS DE RUI GAUDÊNCIO<br />

Arménio Carlos<br />

“Existe medo e muita<br />

intimidação”<br />

Entrevista<br />

Ra<strong>que</strong>l Martins<br />

a Arménio Carlos, o novo líder da<br />

CGTP, garante <strong>que</strong> os receios de<br />

<strong>que</strong> a CGTP passará a ser menos<br />

plural por<strong>que</strong> tem à frente um<br />

membro do comité central do PCP<br />

são infundados. A entrevista foi<br />

feita em conjunto ao PÚBLICO e<br />

ao Diário de Notícias.<br />

Como lê os resultados da<br />

votação <strong>que</strong> o elegeu e <strong>que</strong> teve<br />

28 votos em branco. É uma<br />

tentativa de marcar posição<br />

por parte das tendências<br />

minoritárias? Os receios em<br />

relação ao seu mandato têm<br />

fundamento?<br />

Admito <strong>que</strong> seja uma posição de<br />

demarcação relativamente às<br />

perspectivas de futuro <strong>que</strong> alguns<br />

camaradas tenham. Se porventura<br />

estão receosos, o tempo vai<br />

demonstrar <strong>que</strong> estão enganados.<br />

Garante <strong>que</strong> irá trabalhar com<br />

todos, independentemente das<br />

posições <strong>que</strong> tomaram durante<br />

o congresso?<br />

É evidente. Nunca deixei de<br />

trabalhar com todos e com todos<br />

continuarei a trabalhar. Os 147<br />

dirigentes <strong>que</strong> foram eleitos para o<br />

conselho nacional assumiram um<br />

compromisso muito importante<br />

para dar continuidade ao projecto<br />

da CGTP.<br />

Que pontes vai estabelecer no<br />

futuro com essas tendências e<br />

com a UGT?<br />

Em relação às sensibilidades<br />

internas, nós não<br />

funcionamos num contexto de<br />

parlamentarização, funcionamos<br />

num contexto de intervenção<br />

sindical. Cada dirigente <strong>que</strong> está<br />

na CGTP tem responsabilidades<br />

ao nível de união, de federação ou<br />

de sindicato e tem <strong>que</strong> responder<br />

aos problemas concretos dos<br />

trabalhadores. Quando se<br />

procura encontrar grandes<br />

divergências elas não existem.<br />

Por<strong>que</strong> quando discutimos os<br />

problemas concretos - as <strong>que</strong>stões<br />

do emprego, do estado social, dos<br />

serviços públicos, das condições<br />

de vida dos trabalhadores e da<br />

população - não há divergências.<br />

E em relação à UGT?<br />

Há uma divergência de fundo, <strong>que</strong><br />

resulta não só de um projecto <strong>que</strong><br />

é diferente do nosso, mas também<br />

de atitudes e posicionamentos <strong>que</strong><br />

consideramos <strong>que</strong> não defendem<br />

os interesses dos trabalhadores. O<br />

último dos quais foi a assinatura<br />

do compromisso [com o Governo<br />

e os patrões].<br />

No actual contexto, as duas<br />

centrais só teriam a ganhar se<br />

se juntassem em determinadas<br />

situações. Continua aberta a<br />

porta para essa colaboração?<br />

A CGTP fará todas as diligências<br />

no sentido de concretizar a<br />

unidade da acção para responder<br />

a problemas concretos dos<br />

trabalhadores. Mas essas<br />

diligências não são feitas ao<br />

nível das direcções, resultam da<br />

disponibilidade e da vontade dos<br />

trabalhadores no terreno. No dia<br />

2 de Fevereiro vamos ter uma luta<br />

em várias empresas do sector<br />

dos transportes onde vão estar<br />

envolvidos alguns sindicatos da<br />

UGT.<br />

A CGTP mantém-se disponível<br />

para ir à concertação social? Ou<br />

é uma perda de tempo?<br />

Não abdicamos de intervir em<br />

nenhum espaço, seja ele qual for.<br />

É possível <strong>que</strong> em Portugal se<br />

atinjam níveis de tensão social<br />

semelhantes aos da Grécia?<br />

Não defendemos a violência,<br />

mas também não admitimos <strong>que</strong><br />

os direitos dos trabalhadores<br />

não sejam efectivados nos locais<br />

de trabalho e <strong>que</strong> dentro das<br />

empresas não haja a liberdade<br />

para <strong>que</strong> os trabalhadores digam<br />

o <strong>que</strong> pensam e exijam aquilo a<br />

<strong>que</strong> têm direito.. Essa é a maior<br />

violência <strong>que</strong> nos agride do ponto<br />

de vista fi nanceiro, físico e mental.<br />

É um crime o <strong>que</strong> se passa em<br />

muitos locais de trabalho.<br />

Novo líder<br />

diz <strong>que</strong><br />

CGTP tem<br />

uma divergência<br />

de fundo<br />

com a UGT<br />

É também esse “crime” <strong>que</strong><br />

afasta as pessoas dos sindicatos<br />

ou as impede de participar?<br />

Existe medo e sobretudo muita<br />

intimidação e muita repressão,<br />

mas perante isso temos <strong>que</strong><br />

transmitir esperança e confi ança.<br />

Mais do <strong>que</strong> ceder ao medo,<br />

exige-se uma intervenção para<br />

defendermos a nossa dignidade.<br />

É isso <strong>que</strong> apelamos aos<br />

trabalhadores: defendam a vossa<br />

dignidade.<br />

Não sente uma responsabilidade<br />

acrescida de substituir alguém<br />

<strong>que</strong> esteve à frente da CGTP 25<br />

anos?<br />

É uma responsabilidade pesadita.<br />

Mas isto faz-se com o colectivo<br />

Como é <strong>que</strong> vê a ideia de <strong>que</strong> é<br />

um ortodoxo <strong>que</strong> passa a liderar<br />

a CGTP?<br />

Dá-me gozo. Há pessoas <strong>que</strong> falam<br />

do <strong>que</strong> não sabem e sobretudo das<br />

pessoas <strong>que</strong> não conhecem, pode<br />

ser <strong>que</strong> se enganem.<br />

Mas isso tem a ver com o facto<br />

de fazer parte do comité central<br />

do PCP.<br />

Tem a ver acima de tudo com o<br />

preconceito anti-comunista.<br />

Público Domingo 29 Janeiro 2012 19<br />

O mais novo<br />

João Almeida, 25 anos, é o mais<br />

jovem membro do conselho<br />

nacional da CGTP. Empenhado<br />

em fazer a diferença, este<br />

jovem pescador deixa um<br />

apelo aos jovens precários<br />

ou no desemprego para <strong>que</strong><br />

se envolvam: “Temos nas<br />

mãos as armas para impedir<br />

o retrocesso social”.A entrada<br />

no mundo do sindicalismo fazse<br />

cedo, quando aos 18 anos<br />

começou a trabalhar. Membro<br />

do Sindicato dos Trabalhadores<br />

da Pesca do<br />

Norte foi nos<br />

últimos três<br />

anos <strong>que</strong><br />

passou a<br />

participar mais activamente na<br />

estrutura.<br />

O discurso está alinhado com<br />

o de outros dirigentes mais<br />

velhos. E quando <strong>que</strong>stionado<br />

sobre os esforços <strong>que</strong> a central<br />

tem <strong>que</strong> fazer para convencer<br />

os mais jovens a sindicalizar-se<br />

é pronto na resposta: “Não é o<br />

movimento sindical <strong>que</strong> tem<br />

<strong>que</strong> mudar, os trabalhadores<br />

é <strong>que</strong> têm <strong>que</strong> ter consciência<br />

do ata<strong>que</strong> aos direitos básicos<br />

e consciencializar-se de <strong>que</strong><br />

podem lutar”.E acrescenta<br />

ainda: “A CGTP sempre se<br />

soube adaptar e não vai ter<br />

dificuldades em chegar a<br />

todos”.R.M.<br />

O mais velho<br />

Habituado a ser o mais novo<br />

“em tudo”, o destino faz com<br />

<strong>que</strong> seja agora o mais velho<br />

dos 147 membros do conselho<br />

nacional eleitos na noite de<br />

sexta-feira. José Guerreiro, 61<br />

anos, diz <strong>que</strong> deve muito do<br />

<strong>que</strong> é ao sindicalismo. Defensor<br />

da renovação dos órgãos<br />

da central<br />

sindical, tem<br />

um discurso<br />

positivo<br />

e de raro<br />

reconhecimento da capacidade<br />

dos mais jovens levarem a<br />

CGTP a bom porto.<br />

“Este congresso marca<br />

uma viragem de gerações.<br />

Definitivamente, a geração do 25<br />

de Abril entrega o poder a outra<br />

geração mais nova e mais bem<br />

preparada”, realça o homem<br />

<strong>que</strong> está à frente do sindicato<br />

do comércio e <strong>que</strong> milita nos<br />

sindicatos desde 1970.<br />

E quando <strong>que</strong>stionado<br />

sobre as dificuldades <strong>que</strong> o<br />

sindicalismo enfrenta, alerta<br />

para o “retrocesso social” <strong>que</strong><br />

se traduz no medo das pessoas<br />

participarem. “Vivemos um<br />

tempo muito exigente para os<br />

trabalhadores e também para<br />

os dirigentes sindicais, mas<br />

tenho muita confiança nos<br />

novos dirigentes”, realça. R.M.

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