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São Carlos, v.7 n. 29 2005 - SET - USP

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82<br />

Kristiane Mattar Accetti Holanda & João Bento de Hanai<br />

I II<br />

III IV<br />

FORÇA<br />

Pu<br />

P y<br />

P<br />

fiss<br />

O<br />

δ<br />

fiss<br />

δy<br />

δ<br />

u<br />

DESLOCAMENTO<br />

Figura 2 - Comportamento geral de lajes ensaiadas à punção.<br />

O estágio I se refere ao concreto não fissurado, onde a força aplicada é proporcional<br />

ao deslocamento. As deformações da armadura são pequenas. O estágio II começa com a<br />

ocorrência de fissuração, que começa na superfície tracionada da laje, no contorno do pilar. A<br />

rigidez da laje diminui drasticamente. As tensões de tração no concreto são transferidas<br />

rapidamente para a armadura, conforme o carregamento aumenta. Mais fissuras aparecem na<br />

superfície tracionada e se propagam em direção às bordas da laje. As deformações da<br />

armadura aumentam rapidamente e eventualmente podem alcançar o limite de escoamento.<br />

Este estágio termina com a formação de curvaturas acentuadas na laje. No estágio III a rigidez<br />

da laje sofre outra redução devido ao aumento do carregamento. A laje sofre deformações<br />

plásticas elevadas devidas à propagação do escoamento ao longo da armadura de flexão. O<br />

aumento do carregamento só é possível devido à ação de membrana da armadura de flexão.<br />

Perto da carga última, a rigidez da laje diminui rapidamente e as fissuras começam a aparecer<br />

nas superfícies tracionada e comprimida, na direção circunferencial e ao redor da área<br />

carregada. A força concentrada começa a perfurar a laje e, quando as fissuras circunferenciais<br />

se tornam muito abertas, a capacidade portante da laje cai bruscamente. A região IV indica<br />

outra redução da capacidade portante da laje. Essa redução ocorre em várias etapas,<br />

simultaneamente ao lascamento do concreto da região tracionada da laje.<br />

3 MODELO MECÂNICO DE ALEXANDER & SIMMONDS (1991)<br />

ALEXANDER & SIMMONDS (1991) propuseram um modelo simplificado (“Bond<br />

Model”), denominado neste trabalho Modelo Viga-Arco, para punção em lajes sem armadura<br />

de punção. O Modelo Viga-Arco descreve a transferência da força cortante em uma ligação<br />

laje-pilar interno, em termos de dois mecanismos fundamentais de transferência de esforço<br />

cortante: ação de viga e ação de arco. A laje é dividida em faixas radiais e quadrantes (Figura<br />

3) radiais, o esforço cortante é suportado por um arco comprimido, e varia de um valor máximo<br />

na face do pilar a um valor próximo de zero, na interseção do arco com a armadura de flexão<br />

da laje. Portanto, a força é transferida dos quadrantes adjacentes para uma faixa radial por<br />

meio de ação de viga, e da faixa para o pilar por meio de ação de arco.<br />

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 79-111, <strong>2005</strong>

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