São Carlos, v.7 n. 29 2005 - SET - USP
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Jorge Luís Nunes de Góes & Antonio Alves Dias<br />
inércia das peças compostas utilizando coeficientes em função do tipo de arranjo da<br />
seção transversal para considerar o efeito de composição parcial.<br />
No item 7.7.2 desta norma é recomendado que as peças compostas por<br />
peças serradas formando seção T, I ou Caixão, solidarizadas permanentemente por<br />
ligações rígidas por pregos podem ser dimensionadas como se a viga fosse de seção<br />
maciça, com área igual à soma das áreas das seções dos elementos componentes,<br />
admitindo um momento de inércia efetivo dado por:<br />
I<br />
ef<br />
= α ⋅I<br />
(25)<br />
r<br />
th<br />
Onde I th é o momento de inércia da seção total da peça como se ela fosse<br />
maciça, sendo<br />
- para seções T: α r = 0,95<br />
- para seções I ou Caixão: α r = 0,85<br />
Como pode-se observar, essa consideração independe de fatores como o<br />
diâmetro e o espaçamento entre conectores.<br />
6.2 Dimensionamento segundo o EUROCODE 5<br />
No anexo B desta norma européia é apresentado o critério de<br />
dimensionamento para vigas compostas unidas por conectores metálicos (ligações<br />
flexíveis). Recomenda que o efeito da deformabilidade da ligação seja levada em<br />
consideração, assumindo-se uma relação linear entre a carga de cisalhamento e o<br />
deslocamento longitudinal relativo entre os elementos da ligação.<br />
O módulo de deslizamento é determinado em função da densidade da<br />
madeira e do diâmetro do pino utilizado. No caso de ligações com pré-furação os<br />
valores de K são dados por:<br />
K<br />
2<br />
= ⋅<br />
(26)<br />
3<br />
u K ser<br />
K<br />
ser<br />
1,5<br />
ρk<br />
⋅ d<br />
= (27)<br />
20<br />
onde:<br />
K = K u para os estados limites últimos (N/mm);<br />
K = K ser para os estados limites de utilização (N/mm);<br />
d é o diâmetro do prego em mm;<br />
ρ k é a densidade da madeira em kg/m 3 . Se as peças forem de madeiras<br />
diferentes deve-se utilizar uma densidade equivalente ρ k = ρk1<br />
⋅ ρk2<br />
.<br />
A partir deste módulo de deslizamento, é definido o fator de redução de<br />
inércia do conjunto, levando em consideração além do tipo de união, a disposição e<br />
espaçamento dos elementos de ligação, o tipo de madeira, a forma de montagem e<br />
proporção das peças individuais e o vão entre apoios da viga composta.<br />
γ 2 = 1 e<br />
−1<br />
2<br />
⎡ π ⋅Ei<br />
⋅ A i ⋅ s ⎤<br />
i<br />
γ i = ⎢1<br />
+<br />
2 ⎥ para i = 1 e 3 (28)<br />
K i ⋅L<br />
⎣<br />
⎦<br />
onde:<br />
E i = módulo de elasticidade de cada elemento da seção transversal;<br />
A i = área de cada parte da seção transversal;<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 57-77, <strong>2005</strong>