54 Guilherme Corrêa Stamato & Carlito Calil Júnior Figura 18 - Modos de ruptura dos corpos-de-prova +1,+1; +1,-1a; +1,-1ex; meia mísula; 0,col; - 1,col e +1,col Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 31-56, <strong>2005</strong>
Rigidez de nó de pórtico em estruturas de seção composta pregada utilizando chapas... 55 Como pode ser observado na figura 17 os modos de ruptura encontrados para os CPs “0” pregados foram sempre por deformação excessiva da ligação, seguidos pela ruptura por flexão da mesa inferior após grande deformação. Já para os corposde-prova “+1” e “-1” os modos de ruptura final foram por ruptura na madeira das mesas ou das chapas de compensado. Essa mudança do modo de ruptura indica que o aumento da quantidade de pregos na região solicitada ao momento foi suficiente para que os pregos deixassem de ser o ponto crítico da ligação, permitindo um aumento de carga suficiente para que outros pontos rompessem antes dos pregos. É importante notar que pode ter ocorrido plastificação de alguns pregos durante o carregamento das ligações “+1” ou “-1”, porém não em escala perceptível a olho nu. Analisando-se os modos de ruptura das ligações coladas pode-se reforçar a afirmativa anterior, visto que as rupturas dos corpos-de-prova colados se deu praticamente igual às rupturas dos corpos-de-provas pregados “+1” e “-1”, sendo a carga de ruptura dos corpos-de-prova colados não muito superior às cargas de ruptura dos CPs pregados. 5 CONCLUSÕES Dos ensaios de ligações por nó de pórtico observou-se um grande acréscimo da resistência e da rigidez com a utilização de mísulas. Essas mísulas permitem aumentar a quantidade de pregos na ligação e a seção da ligação na região mais solicitada, portanto aumentando a eficiência da ligação de nó de pórtico. O equacionamento utilizado na análise de rigidez de nó de pórtico, adaptado do proposto por RACHER (1995), considerando o centro de rotação como o contato entre as mesas inferiores das vigas, ou entre mísula e mesa inferior da viga apresentaram bons resultados. Segundo os resultados dos ensaios, as ligações de nó de pórtico de estruturas compostas com compensado podem ser consideradas como rígidas em quase todos os casos estudados, pois apresentam R M ≥ 0,85, que segundo RACHER é o suficiente para se considerar a ligação como rígida no cálculo da estrutura sem resultar em erro considerável. A eficiência das ligações pregadas, com rigidezes muito próximas das ligações coladas, justifica a utilização das ligações alma/mesa pregadas para a execução de estruturas “in loco”, sem necessidade de industrializar o sistema de montagem como é o caso das ligações coladas. 6 AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à Fundação de Aparo à Pesquisa do Estrado de São Paulo (FAPESP) pelo financiamento dessa pesquisa. Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 31-56, <strong>2005</strong>