20 Andrea Elizabeth Juste & Márcio Roberto Silva Corrêa não haver influência da resistência à compressão da argamassa na resistência à compressão do prisma para blocos de baixa resistência. 3.4. Paredinhas 3.4.1. Resistência à compressão Os valores médios de força de compressão de ruptura prevista teoricamente e os alcançados nos ensaios, a diferença entre estes valores, em relação aos estimados, e a resistência média à compressão obtida em função da área bruta das paredinhas podem ser encontrados na tabela 3.22. Tabela 3.22 - Resistência à compressão das paredinhas (EF) Série F rup,prevista F rup,ensaio Diferença Resistência média à compressão Correspondente (kN) (kN) (%) f pam * (MPa) S d CV (%) (MPa) PAB1A1E y 669 550 -17,8 4,97 0,35 7,12 PAB1A1E x 335 238 -<strong>29</strong>,0 2,16 0,14 6,48 PAB2A1E Y 1420 978 -31,1 8,84 0,96 10,89 PAB2A1E X 710 576 -18,9 5,20 0,60 11,53 PAB1A2E Y 669 456 -31,8 4,12 0,39 9,42 PAB1A2E X 335 222 -33,7 2,01 0,06 2,99 PAB2A2E y 1420 625** -56,0 5,65 - - PAB2A2E x 710 427 -39,9 3,38 0,35 10,45 * Resistência do prisma na área bruta; ** Nesta série não foi possível obter valores médios devido à ruptura de duas paredinhas durante o transporte. A previsão teórica da resistência à compressão das paredinhas ensaiadas com carregamento na direção Y foi de 0,56.f bm (0,7.f pm ), com base nos resultados médios de eficiência obtidos nos ensaios de ALY & SABBATINI (1994). Para as paredinhas com carregamento na direção X, admitiu-se que esse valor cairia pela metade, ou seja, 0,28.f bm . Pode-se observar a existência de grandes diferenças entre as resistências à compressão previstas e as obtidas experimentalmente. A tabela 3.23 foi elaborada com o objetivo de verificar o fator de eficiência em paredinhas quando carregadas na direção Y e X, alcançando valores próximos de 0,40 e 0,20, respectivamente, contra 0,56 e 0,28, utilizados para estimar as resistências à compressão. Ao comparar as paredinhas moldadas com blocos do tipo 1 (4,5 MPa) ensaiadas na direção Y e X, verificou-se diminuições de resistência de 17% e 7%, respectivamente, ao passar da argamassa do tipo 1 para a do tipo 2. Para as paredinhas de 12 MPa, esta diferença foi de 35% para as paredinhas ensaiadas na direção X. Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 1-30, <strong>2005</strong>
Estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos de concreto submetidas... 21 Tabela 3.23 - Relação entre resistência à compressão da paredinha e dos blocos (EF) Série f pam (A b ) f bm (A b ) Eficiência Correspondente (MPa) (MPa) f pam /f bm PAB1A1E y 4,97 10,80 0,46 PAB1A1E x 2,16 10,80 0,20 PAB2A1E Y 8,84 22,92 0,39 PAB2A1E X 5,20 22,92 0,23 PAB1A2E Y 4,12 10,80 0,38 PAB1A2E X 2,01 10,80 0,19 PAB2A2E y 5,65 22,92 0,25 PAB2A2E x 3,38 22,92 0,15 Gráfico Eficiência x Resistência à compressão da paredinha 0,6 0,5 Eficiência da paredinha 0,4 0,3 0,2 Bloco B1 Bloco B2 0,1 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 f pa (MPa) Figura 3.2 - Gráfico de eficiência x resistência à compressão da paredinha (EF). A figura 3.2 apresenta um gráfico com a reta obtida a partir dos resultados de resistência à compressão das paredinhas ensaiada na direção Y e suas correspondentes ensaiadas na direção X, mostrando uma certa tendência destas últimas resistirem a cerca de 50% dos esforços suportados pelas primeiras. Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 1-30, <strong>2005</strong>