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São Carlos, v.7 n. 29 2005 - SET - USP

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Estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos de concreto submetidas...<br />

15<br />

3.3. Prismas<br />

Ensaios-Piloto 1<br />

A tabela 3.14 apresenta os valores obtidos nos ensaios das séries de prismas e os<br />

valores de carga de ruptura previstos teoricamente, baseados num valor médio de<br />

eficiência igual a 0,80, obtido pelos ensaios realizados por ALY & SABBATINI (1994),<br />

a diferença entre estes valores, em relação aos previstos teoricamente, além da sua<br />

resistência à compressão, obtida em função da área líquida dos blocos.<br />

Tabela 3.14 - Resistência à compressão dos prismas (EP1)<br />

Série F rup,prevista F rup,ensaio Diferença Resistência média à compressão<br />

(kN) (kN) (%) f pm * (MPa) S d (MPa) CV (%)<br />

Q11 260 255 -1,9 8,48 1,02 12,04<br />

Q12 260 227 -12,7 7,56 1,23 16,22<br />

Q21 579 503 -13,1 16,75 1,53 9,13<br />

Q22 579 344 -40,6 10,82 0,07 0,63<br />

* Resistência do prisma na área líquida.<br />

A tabela acima mostra uma proximidade nos valores previstos teoricamente e os<br />

obtidos nos ensaios para os prismas de blocos de resistência à compressão de 4,5 MPa.<br />

Porém, cabe ressaltar que estes valores teóricos referem-se aos blocos com suas<br />

resistências à compressão correspondentes aos valores característicos especificados<br />

pelo fabricante. Porém, notou-se que os mesmos representavam a resistência à<br />

compressão característica dos blocos aos 7 dias e não aos 28, como previsto. Com a<br />

realização do ensaio de resistência à compressão dos blocos, notou-se um ganho de<br />

resistência de 86 e 103% para os blocos de 4,5 MPa e 10 MPa, respectivamente. Dessa<br />

forma, deveriam ser obtidos valores bem superiores aos alcançados, o que resultou<br />

valores de eficiência extremamente baixos.<br />

Como citado no capítulo 3 do presente trabalho, os ensaios de prismas à<br />

compressão foram feitos utilizando-se as argamassas dos tipos P e Q. Os prismas com o<br />

tipo P apresentaram um esmagamento precoce da argamassa utilizada, ocorrendo o<br />

esboroamento da mesma com níveis de carregamento na faixa de 15 a 40% da carga de<br />

ruptura alcançada. Com isso, alguns corpos de prova chegaram ao final do ensaio com<br />

perda total da interface bloco-argamassa. Além disso, houve o descolamento de alguns<br />

blocos durante o transporte dos corpos de prova. Ambas as ocorrências indicaram que<br />

estes prismas tiveram problemas em relação à aderência bloco-argamassa quando usada<br />

a referida argamassa.<br />

A ruptura precoce levou os prismas a alcançarem módulos de elasticidade<br />

extremamente elevados para as argamassa do tipo P. Assim, optou-se por não<br />

considerar os módulos de elasticidade dos ensaios com esta argamassa, já que os<br />

mesmos resultaram em resultados insatisfatórios.<br />

Verificou-se, também, um comprometimento na aderência da interface blocoargamassa<br />

nos ensaios pilotos realizados com a argamassa industrializada do tipo Q, já<br />

que em vários dos prismas houve o descolamento dos blocos durante o transporte dos<br />

corpos de prova e algumas ocorrências de esboroamento em cargas muito baixas<br />

durante o ensaio. Porém, para este tipo de argamassa, o gráfico tensão–deformação<br />

apresentou um comportamento típico, sem a mudança brusca de inclinação da curva.<br />

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 1-30, <strong>2005</strong>

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