São Carlos, v.7 n. 29 2005 - SET - USP
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Gerson Moacyr Sisniegas Alva & Ana Lúcia Homce de Cresce El Debs<br />
suficientes o bastante para assumir, com segurança, que a resistência ao nó<br />
de pórtico dependa apenas da resistência à compressão do concreto.<br />
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Neste trabalho, foram abordados alguns modelos de cálculo para a<br />
determinação da resistência de nós externos formados nas estruturas em pórtico de<br />
concreto armado.<br />
Em situação de projeto, recomenda-se que o nó de pórtico apresente uma<br />
capacidade resistente maior que a das vigas e a dos pilares. Em outras palavras, o nó<br />
de pórtico deve ser a região mais resistente da ligação viga-pilar.<br />
Conhecendo-se a resistência ao cisalhamento do nó de pórtico, avalia-se se tal<br />
região é a mais ou a menos resistente da ligação. Para isso, calcula-se o momento<br />
último da viga, determinando-se a resultante na armadura tracionada da viga e a força<br />
cortante no pilar. Com essas duas grandezas, calcula-se a força cortante solicitante no<br />
nó, a qual deve ser comparada com a resistência ao cisalhamento do mesmo.<br />
Com relação a determinação da força cortante resistente do nó, foram<br />
apresentados os modelos de PAULAY & PRIESTLEY (1992) e o modelo de HWANG &<br />
LEE (1999). Ambos baseiam-se nos conceitos dos modelos de biela e tirante.<br />
A determinação da força cortante resistente também pode ser feita por<br />
expressões recomendadas por normas de dimensionamento, devendo-se, entretanto,<br />
satisfazer os requisitos de detalhamento para a aplicação adequada dessas<br />
expressões.<br />
Com relação aos dois modelos teóricos abordados neste trabalho, as seguintes<br />
diferenças podem ser mencionadas:<br />
• Em situação de projeto, o modelo de PAULAY & PRIESTLEY é mais prático<br />
que o modelo de HWANG & LEE, pois com uma única expressão - que<br />
depende apenas da resultante de compressão da armadura da viga, da altura<br />
da zona comprimida do pilar e altura da seção do mesmo - é possível<br />
dimensionar ou verificar o nó de pórtico. O modelo de HWANG & LEE<br />
apresenta uma formulação mais sofisticada e utiliza um processo iterativo de<br />
resolução, sendo mais conveniente empregá-lo com o auxílio de computador.<br />
• O modelo de PAULAY & PRIESTLEY faz uso apenas de equações de<br />
equilíbrio de forças em sua formulação. O modelo de HWANG & LEE, além de<br />
utilizar equações de equilíbrio de forças, também faz uso de equações de<br />
compatibilidade de deformações e de leis constitutivas dos materiais,<br />
apresentando, em princípio, mais consistência em termos mecânicos.<br />
• Para as taxas de estribos não muito elevadas, o modelo de PAULAY &<br />
PRIESTLEY fornece uma resistência ao cisalhamento maior que o modelo de<br />
HWANG & LEE.<br />
• A determinação da resistência do nó empregando o modelo de PAULAY &<br />
PRIESTLEY depende das taxas de armaduras principais da viga e do emprego<br />
das equações de compatibilidade e equilíbrio na seção da mesma. Por sua<br />
vez, o modelo de HWANG & LEE não requer os valores das resultantes das<br />
armaduras longitudinais da viga, pois a área da seção da biela pode ser<br />
estimada apenas com o valor da força normal do pilar (expressões 16 e 17).<br />
• O modelo de PAULAY & PRIESTLEY não é aplicável aos casos em que não<br />
existe armadura negativa na viga. Este fato decorre em virtude da força<br />
cortante V sh resistida pelos estribos depender da resultante de compressão C s .<br />
O mesmo não ocorre com o modelo de HWANG & LEE.<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 131-155, <strong>2005</strong>