8 Andrea Elizabeth Juste & Márcio Roberto Silva Corrêa (a) (b) Figura 2.5 - (a) Vista frontal (b) Vista oposta. Transdutores 1,2,3 e 4 - medições de deslocamentos verticais na parede; Transdutores 5 e 6 - medições de deslocamentos horizontais na parede (EF) (medidas em mm). (a) (b) Figura 2.6 - (a) Vista frontal (b) Vista oposta. Transdutores 1,2,3 e 4: medições de deslocamentos verticais na parede; Transdutores 5 e 6 - medições de deslocamentos horizontais na parede (EF) (medidas em mm). 3 ANÁLISE DOS RESULTADOS 3.1. Blocos Ensaios-Piloto 1 Os valores das resistências médias à compressão são apresentados na tabela 3.1 e os valores característicos estimados na tabela 3.2. Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 1-30, <strong>2005</strong>
Estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos de concreto submetidas... 9 Tabela 3.1 - Valores médios de resistência à compressão dos blocos (EP1) Tipo de bloco Classe de resistência Idade dos blocos Área bruta (546 cm 2 ) Área líquida (300 cm 2 ) (MPa) (dias) f bm (MPa) S d (MPa) CV (%) f bm (Mpa) S d (MPa) CV (%) 1 4,5 114 9,43 0,86 9,12 17,15 1,56 9,10 2 10,0 206 22,55 1,01 4,48 41,00 1,84 4,49 Tabela 3.2 - Valores característicos de resistência à compressão dos blocos (EP1) Tipo Classe de Área bruta (546 cm 2 ) Área líquida (300 cm 2 ) de bloco resistência (MPa) f bk,est (MPa) S d (Mpa) CV (%) f bk,est (MPa) S d (MPa) CV (%) 1 4,5 8,37 0,86 10,27 15,22 1,56 10,25 2 10,0 20,27 1,01 4,98 36,85 1,84 4,99 A resistência à compressão média dos blocos foi cerca de 10% maior do que sua resistência característica. Além disso, pode-se perceber que os valores de resistência média dos blocos excederam em mais de 100% a resistência nominal dos mesmos. A determinação do módulo de elasticidade dos blocos foi feita a partir do gráfico tensão-deformação, utilizando-se a equação de uma parábola ajustada à curva obtida experimentalmente, com os valores médios entre os dois transdutores indutivos de deslocamento. Cabe ressaltar que esta curva foi determinada descartando-se o trecho de acomodação do corpo de prova e os pontos em que se percebeu grande distanciamento entre a parábola e os resultados dos ensaios, compreendendo níveis de carregamento superiores em torno de 50% da carga de ruptura. Segundo recomendação do ACI 530-92 (1995), o módulo de elasticidade longitudinal do bloco foi calculado a partir da inclinação de uma reta secante obtida no gráfico tensão-deformação, através da ligação entre os pontos correspondentes a 5% e 33% da tensão de ruptura do bloco durante o ensaio à compressão. Com isso, pretendeuse minimizar as possíveis perturbações referentes ao início do ensaio. Na tabela 3.3 são apresentados os valores das relações entre o módulo de elasticidade e a resistência à compressão dos blocos. Segundo DRYSDALE et al. (1994), este valor para blocos de concreto pode variar entre 500 e 1000. Dessa forma, verificou-se que ambos os blocos atenderam as especificações do referido autor. Os valores também se encontram na faixa entre 500 a 1500, proposta por SAHLIN (1971). Além disso, pode-se concluir que a rigidez dos blocos aumenta proporcionalmente ao aumento das resistências dos mesmos. Esta tabela também apresenta a mesma relação ao utilizar as expressões sugeridas pelo CEB-FIP Model Code (1990) e pelo ACI – Building Code 318 (1990) para estimar o valor do módulo de elasticidade do concreto. Os valores obtidos através destas expressões mostraram grande distanciamento dos valores experimentais, exceto para a estimativa utilizando a expressão do CEB-FIP Mode Code (1990) para o bloco do tipo 2. Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 1-30, <strong>2005</strong>