São Carlos, v.7 n. 29 2005 - SET - USP
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ISSN 1809-5860<br />
APLICAÇÃO DO ACOPLAMENTO ENTRE O MEC E<br />
O MEF PARA O ESTUDO DA INTERAÇÃO<br />
DINÂMICA ELASTOPLÁSTICA ENTRE O SOLO E<br />
ESTRUTURAS<br />
Francisco Patrick Araujo Almeida 1 & Humberto Breves Coda 2<br />
Resumo<br />
O objetivo do presente trabalho é o desenvolvimento de um código computacional que<br />
possibilite a análise dinâmica de estruturas tridimensionais em regime elástico-linear<br />
acopladas ao solo, tratado como meio infinito elastoplástico. As superestruturas são<br />
tratadas por elementos finitos simples de casca e de barra geral, as estruturas de<br />
fundações são tratadas por elementos de casca que simulam o contato com o solo,<br />
modelando radiers, túneis e reservatórios enterrados. Blocos são modelados por<br />
elementos de contorno tridimensionais. O solo é modelado de duas maneiras distintas:<br />
na região plastificada emprega-se a solução fundamental de Kelvin (estática) e na<br />
região não plastificada (elástica) adota-se a solução fundamental do problema de<br />
Stokes. O acoplamento entre os meios é feito aplicando-se a técnica de sub-regiões.<br />
Deve ficar claro que todo procedimento estático equivalente foi implementado. Dois<br />
exemplos numéricos são apresentados, onde se percebe a eficiência do código<br />
computacional desenvolvido.<br />
Palavras-chave: interação solo-estrutura; Método dos Elementos de Contorno; Método<br />
dos Elementos Finitos; acoplamento MEC/MEF; dinâmica; não-linearidade física.<br />
1 INTRODUÇÃO<br />
O Método dos Elementos Finitos (MEF) é, atualmente, uma das ferramentas<br />
mais difundidas para solucionar diversos problemas da engenharia. Sua aplicação na<br />
mecânica estrutural já está consagrada pela prática. (VENTURINI, 1988). É de se<br />
observar, contudo, que por ser uma técnica de domínio, traz algumas complicações<br />
em análises que envolvem domínios infinitos, pois estes devem ser interrompidos<br />
para que se gere uma discretização finita, ocasionando a formação de um contorno<br />
fictício que usualmente é eliminado com o uso do Método dos Elementos de Contorno<br />
(MEC). Tal problema se agrava ainda mais em análises dinâmicas para domínios<br />
infinitos, onde reflexões indesejadas podem ocorrer no final da discretização, ou esta<br />
deve ser estendida exaustivamente para comportar o tempo de análise desejado.<br />
1 Doutor em Engenharia de Estruturas - EESC-<strong>USP</strong>, patrick@ctec.ufal.br<br />
2 Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-<strong>USP</strong>, hbcoda@sc.usp.br<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 113-1<strong>29</strong>, <strong>2005</strong>