108 Kristiane Mattar Accetti Holanda & João Bento de Hanai ρ f ' y ω = (23) f c k = (0,15V + 0,51) f (24) f f c sendo f y e f c dados em [MPa], c e d dados em [cm], ρ e V f dados em [%]. No gráfico da Figura 31, o Modelo Viga-Arco Modificado foi aplicado a todos os resultados experimentais encontrados na revisão bibliográfica, mais os resultados obtidos nesta pesquisa. No gráfico observa-se que a dispersão dos resultados experimentais em relação à reta de regressão linear é muito pequena. Verifica-se que, para um volume de fibras de 2% (máximo para se conseguir trabalhabilidade adequada), o aumento de resistência à punção, em relação à laje sem fibras, chega a aproximadamente 25%. 7 CONCLUSÕES A partir dos resultados experimentais, pode-se concluir que é possível utilizar ensaios de cisalhamento em vigas prismáticas para se obter indicadores a serem utilizados nos ensaios de lajes à punção. Verificou-se que existe uma similaridade de comportamento estrutural entre lajes de concreto com fibras sujeitas à punção e vigas prismáticas submetidas à força cortante e que, na maioria dos casos, existiu uma correlação entre suas resistências e suas ductilidades. Nestes ensaios foram testados apenas três tipos de fibras, devido à preocupação de se avaliar também outras variáveis, como resistência do concreto à compressão, volume percentual de fibras, altura útil do elemento e dimensão da chapa de carregamento. A execução de ensaios de vigas prismáticas, como foi feito nesta pesquisa, poderia também ter como finalidade selecionar o melhor tipo de fibra, de acordo com os requisitos de resistência e de ductilidade, a ser empregado na ligação laje-pilar. Seriam ensaios mais simples de se executar e menos onerosos, de onde se poderiam tirar boas conclusões sobre o comportamento da ligação laje-pilar a ser ensaiada posteriormente. As análises teóricas realizadas a partir das Equações do ACI Modificadas, tanto para lajes como para vigas, forneceram bons indicadores de previsão de resistência ao cisalhamento de vigas sem estribos e resistência à punção de lajes sem armadura de punção, considerando a contribuição da adição de fibras ao concreto. O Modelo Viga-Arco Modificado pode ser considerado um bom indicador para previsão de resistência e ductilidade de ligações laje-pilar interno, sem armadura transversal e reforçadas com fibras de aço, submetidas à punção. É um modelo simples de ser aplicado e, com base nos testes que foram feitos com os dados experimentais encontrados na revisão bibliográfica, parece fornecer bons resultados. Além disso, não se tinha, até o momento, conhecimento de um modelo de cálculo teórico que permitisse avaliar o efeito da adição de fibras e prognosticar a capacidade resistente de lajes-cogumelo à punção. Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7. n. <strong>29</strong>, p. 79-111, <strong>2005</strong>
Análise dos mecanismos resistentes e das similaridades de efeitos da adição de fibras... 109 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 0 0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5 1,75 2 2,25 V f (%) Holanda McHarg Azevedo Zambrana Vargas Harajli A Harajli B Hughes & Xiao Tan & Paramasivan Theodorakopoulos & Swamy Alexander & Simmonds Swamy & Ali Linear (Todos) Pu (calc) / Pu (exp) Figura 7 - Aferição do Modelo Viga-Arco Modificado (toda a bibliografia consultada). Cadernos de Engenharia de Estruturas, São <strong>Carlos</strong>, v. 7, n. <strong>29</strong>, p. 79-111, <strong>2005</strong>