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Análise de vigas de concreto armado utilizando modelos de bielas e tirantes<br />
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das bielas e, para a verificação da segurança, bastará apenas a verificação das bielas<br />
concorrentes em cada nó.<br />
De acordo com TJHIN & KUCHMA (2002), tradicionalmente procura-se<br />
estabelecer um arranjo nodal de maneira que as tensões em todos os seus lados<br />
sejam iguais. Isso pode ser feito dimensionando-se as fronteiras do nó, de maneira<br />
que elas sejam proporcionais e perpendiculares às forças atuantes naquele nó.<br />
Para a definição da largura do nó no qual concorre um tirante pode-se admitir<br />
que a força do tirante seja de compressão e que ela esteja atuando além do nó. Os<br />
nós considerados dessa maneira são denominados de hidrostáticos, pois o estado<br />
biaxial de tensão resultante no interior do nó também será hidrostático. Essa<br />
recomendação é idêntica àquela proposta por MARTI (1985), citada anteriormente.<br />
Ainda segundo TJHIN & KUCHMA (2002), principalmente em situações em<br />
que os nós são formados pelo encontro de mais de três elementos, a idealização<br />
como hidrostático pode ser muito trabalhosa, pois os eixos dos elementos tendem a<br />
não ser coincidentes.<br />
SCHLAICH & SCHÄFER (1988, 1991) propuseram um método simplificado<br />
para configurações típicas de nós. Segundo os pesquisadores, o nó tem sua<br />
geometria definida pela intersecção das dimensões das bielas e dos tirantes, cujos<br />
eixos devem coincidir. Assim, as tensões planas atuantes em todos os lados da região<br />
nodal não precisam ser iguais, porém as tensões em cada lado do nó devem ser<br />
constantes e devem permanecer abaixo de um limite pré-estabelecido para a tensão<br />
nodal.<br />
2.11 Parâmetros de resistência das regiões nodais<br />
Os nós são elementos que merecem atenção especial, pois precisam garantir<br />
adequada transferência de forças entre bielas e tirantes. Um fator limitante para a<br />
segurança e a confiabilidade de um nó é o ângulo formado pelas bielas e tirantes que<br />
nele concorrem. Quanto menor este ângulo, menor a resistência à compressão da<br />
biela.<br />
A tabela seguinte apresenta os intervalos permitidos para o ângulo formado<br />
entre uma biela e um tirante, segundo recomendações das principais normas<br />
internacionais e alguns pesquisadores.<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 10, n. 46, p. 61-90, 2008