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70<br />

Daniel dos Santos & José Samuel Giongo<br />

2.10 Tipos fundamentais de nós<br />

Um nó é uma idealização de uma região de concreto na qual ocorrem<br />

mudanças bruscas nas direções das forças, provindas das bielas comprimidas, dos<br />

tirantes tracionados, de forças de ancoragem e forças externas – ações concentradas<br />

ou reações de apoio. Porém, essa mudança brusca de direção das forças, a qual se<br />

idealiza, simplificadamente, acontecer pontualmente, na realidade ocorre num<br />

determinado comprimento e numa determinada largura do elemento estrutural de<br />

concreto armado.<br />

Segundo SCHLAICH & SCHÄFER (1988), os nós dos modelos de bielas e<br />

tirantes podem ser de dois tipos, adiante discutidos:<br />

Nós singulares ou concentrados (“concentrated” ou “singular”): são nós onde<br />

forças concentradas são aplicadas e o desvio da força é feito localizadamente. Estes<br />

nós são críticos e devem ter as suas tensões verificadas, a fim de equilibrar as forças<br />

oriundas das bielas e dos tirantes sem produzir deformações excessivas capazes de<br />

provocar fissuração. Para o dimensionamento, é necessário se dispor da geometria<br />

do nó, do estado de tensões ao qual está submetido, da resistência do concreto e das<br />

condições de ancoragem das armaduras;<br />

Nós contínuos (“continuous” ou “smeared”): nestes nós o desvio da força<br />

ocorre em comprimentos satisfatórios, em que as armaduras podem ser ancoradas<br />

sem maiores problemas. Desde que os critérios de ancoragem sejam verificados,<br />

estes nós usualmente não são críticos, não necessitando de verificações adicionais.<br />

Nó singular<br />

Nó contínuo<br />

Figura 5 - Exemplo básico de nós contínuos e nós singulares em modelo de bielas e tirantes.<br />

Há muitas alternativas sugeridas por pesquisadores para a definição<br />

geométrica dos nós concentrados, tais quais as sugeridas por MARTI (1985),<br />

SCHLAICH & SCHÄFER (1988) e TJHIN & KUCHMA (2002).<br />

Segundo MARTI (1985), deve-se adotar as larguras das bielas de tal forma<br />

que todas as que concorrem num mesmo nó apresentem a mesma intensidade de<br />

tensão. Dessa forma, a tensão no interior do nó será igual à tensão das bielas,<br />

configurando, assim, um estado de tensões pseudo-hidrostático. Neste caso em<br />

particular, os lados das regiões nodais serão perpendiculares às direções dos eixos<br />

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 10, n. 46, p. 61-90, 2008

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