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66<br />

Daniel dos Santos & José Samuel Giongo<br />

Schlaich, Schäfer e Marti conduziram à generalização da Analogia da Treliça e<br />

criaram uma base científica refinada, proporcionando considerável avanço para uma<br />

aplicação racional dos modelos em vigas.<br />

TJHIN & KUCHMA (2002) discutiram avanços e desafios do dimensionamento<br />

utilizando o modelo de bielas e tirantes com o auxílio de programas computacionais.<br />

SOUZA (2004) analisou amplamente o dimensionamento de elementos de<br />

concreto armado com descontinuidades, não apenas pelo modelo de bielas e tirantes,<br />

o qual o autor denomeia Método das Bielas, como também pelo Método Corda-Painel.<br />

Em seu trabalho foram realizadas análises em relação à determinação de parâmetros<br />

polêmicos, como a resistência adequada para bielas e nós, bem como a configuração<br />

geométrica das regiões nodais dependente das forças que nelas atuam.<br />

Vigas com aberturas em suas almas foram dimensionadas por RONCATTO &<br />

CAMPOS (2005), utilizando programa computacional desenvolvido pelos próprios<br />

autores. O programa “Furos em Vigas de Concreto” é capaz de estabelecer de forma<br />

automatizada o modelo de bielas e tirantes mais adequado para a situação sob<br />

análise, determinar as solicitações nos elementos, realizar as verificações de bielas e<br />

nós e as áreas de armaduras necessárias para os tirantes.<br />

2.6 Considerações iniciais sobre o modelo<br />

Sabe-se que a qualidade e a confiabilidade de um projeto estrutural, em geral,<br />

estão relacionadas não com seu comportamento global, mas sim com a precisão com<br />

que são dimensionadas as regiões de descontinuidade de seus elementos<br />

isoladamente. O que se verifica, corriqueiramente, é o uso de métodos e rotinas<br />

consagrados e confiáveis para o dimensionamento da maior parte dos elementos,<br />

mas isso não acontece quando se trata de regiões descontínuas, pois tais regiões<br />

geralmente são projetadas por modelos relativamente simples e ainda não<br />

consagrados, baseados, muitas vezes, na “experiência” do projetista. O modelo de<br />

bielas e tirantes é um método racional cientificamente comprovado, recomendado<br />

pela norma brasileira e por diversas outras normas internacionais para o<br />

dimensionamento de regiões descontínuas de elementos de concreto armado, que<br />

atende às necessidades de tais análises.<br />

A NBR 6118:2003 aborda superficialmente o modelo de bielas e tirantes,<br />

permitindo sua utilização no dimensionamento de vigas-parede, consolos e dentes<br />

Gerber.<br />

Apesar de o CEB-FIP Model Code (1978) já tratar do modelo de bielas e<br />

tirantes, somente na versão de 1990 é que foram disponibilizadas informações<br />

suficientes para se desenvolver projetos de elementos estruturais utilizando o modelo.<br />

No modelo de bielas e tirantes as bielas são representadas por campos de<br />

tensões de compressão, resistidas pelo concreto, e os tirantes são representados por<br />

campos de tensões de tração, usualmente resistidas pela armadura. Ocasionalmente,<br />

o concreto pode absorver as tensões de tração, desde que sejam respeitadas as<br />

condições de segurança relativas à resistência a tração do concreto.<br />

Buscando-se representar a estrutura real, constrói-se um modelo idealizado, o<br />

qual é constituído por barras, comprimidas e tracionadas, unidas por nós. As forças<br />

nas bielas e nos tirantes são calculadas por equilíbrio entre as forças atuantes<br />

internas e externas.<br />

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 10, n. 46, p. 61-90, 2008

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