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130<br />

Larissa Driemeier & Sergio Persival Baroncini Proença<br />

Mas observado o aspecto de regularização da resposta numérica, resta outra questão<br />

importante: aonde se inicia a localização?<br />

Em muitos problemas a região de localização pode ser mais facilmente definida em<br />

função da distribuição de esforços (naturalmente nas zonas mais solicitadas), da<br />

presença de descontinuidades geométricas do meio ou mesmo das condições de<br />

vinculação. Porém quando ela depende da distribuição inicial de defeitos do material, a<br />

qual possui naturalmente grande aleatoriedade, a detecção da zona de localização tornase<br />

mais difícil de ser realizada numericamente. Neste caso, a simulação numérica deve<br />

recorrer a funções de distribuição para a identificação dos pontos mais frágeis do meio.<br />

Neste trabalho as questões relativas à aleatoriedade da distribuição dos defeitos não<br />

serão consideradas, sendo o objetivo principal o estudo de uma técnica de regularização.<br />

Assim snedo, quando necessário, opta-se por provocar a localização pela adoção de<br />

uma resistência menor em determinados pontos da estrutura.<br />

Nos próximos dois itens apresentam-se exemplos que ilustram a questão da nãoobjetividade<br />

de resposta numérica dos modelos locais.<br />

1.2 Exemplo barra axialmente tracionada<br />

Neste exemplo considera-se uma barra axialmente tracionada por uma carga aplicada na<br />

extremidade livre e engastada na outra extremidade. A barra é discretizada por n<br />

elementos finitos de deformação constante, conforme ilustra a Figura 2.<br />

L<br />

y<br />

x<br />

σ<br />

Figura 2 - Barra sujeita a carregamento uniaxial.<br />

A resposta admitida para o material é do tipo elástico com dano. Antes de alcançar a<br />

resistência à tração σ vale uma relação linear entre tensão (normal) σ e deformação ε,<br />

seguida de um pequeno regime de encruamento positivo próximo da tensão de pico.<br />

Depois de alcançada a resistência de pico, a resposta é descrita por uma curva de<br />

encruamento negativo de acordo.<br />

Para fins de provocar a localização, adota-se inicialmente uma resistência à tração um<br />

pouco menor para um dos n elementos. Impondo-se um processo de deformação<br />

controlada, uma vez alcançado o limite à tração, a evolução das deformações irá<br />

ocorrer, naquele elemento, com redução dos níveis de tensão normal até a ruptura da<br />

barra (condição de dano unitário ou próximo dele). Durante esse processo, os elementos<br />

vizinhos, nos quais a resistência à tração não foi excedida, irão descarregar<br />

elasticamente. A Figura 3 mostra, para o caso de n=3, a curva σxε de cada elemento<br />

característico, a saber: a Figura 3b refere-se ao elemento central com resistência à<br />

tração menor, que entra em regime de encruamento negativo até a ruptura, enquanto a<br />

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 10, n. 46, p. 127-155, 2008

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