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108<br />

Marcela de Arruda Fabrizzi & Roberto Martins Gonçalves<br />

Tabela 4 - Comparação entre consumo de aço para elementos mistos e elementos de aço<br />

isolados.<br />

Elementos<br />

Consumo de aço (t)<br />

Porcentagem<br />

Mistos Isolados de economia de aço<br />

Vigas<br />

Biapoiadas 220 400 45%<br />

Contínuas 280 350 20%<br />

Pilares 380 470 19%<br />

Total (vigas + pilares) 880 1220 28%<br />

A composição das vigas mistas, na maioria dos edifícios, necessita apenas do<br />

acréscimo dos conectores e armaduras para as regiões de momento negativo, sendo<br />

que a laje, mista ou não, já é um elemento presente. Como era esperado, para as<br />

vigas mistas biapoiadas a redução do consumo foi maior do que para as vigas<br />

contínuas. Isto se deve ao fato do concreto trabalhar essencialmente à compressão e<br />

o perfil de aço à tração como já foi demonstrado anteriormente.<br />

A redução de consumo de aço para os pilares mistos (19%) também é de<br />

grande importância ainda que tenhamos que acrescentar o custo do concreto e das<br />

armaduras. Há uma economia substancial na estrutura, comprovando que a<br />

composição entre aço e concreto para pilares também é bastante vantajosa. Deve ser<br />

considerado também que há um acréscimo no peso transmitido às fundações devido<br />

à inclusão do concreto (em média 20t por pilar).<br />

Neste item foi foi claramente demonstrado que os elementos mistos possuem<br />

vantagens econômicas (em média da ordem de 25%) em relação a elementos de aço<br />

isolados, mas existem outros aspectos que devem ser avaliados durante a tomada de<br />

decisão do partido estrutural que será adotado.<br />

5.2 Conclusões finais<br />

O objetivo de abordar aspectos dos estudos acadêmicos e práticos relativos<br />

ao dimensionamento dos elementos mistos aço-concreto foi alcançado.<br />

A combinação aço-concreto apresenta algumas vantagens em relação aos<br />

elementos isolados de aço e de concreto. Assim, em determinadas situações, podem<br />

ser a melhor solução.<br />

A definição do tipo de estrutura a ser utilizada numa edificação deve ser um<br />

processo minucioso que procure analisar todos os fatores da obra como ambientais,<br />

construtivos, arquitetônicos, relativos ao conforto e à utilização da edificação.<br />

O dimensionamento das vigas mistas biapoiadas já está bastante estudado e<br />

este tipo de elemento vem sendo largamente utilizado, pois combina dois elementos<br />

já presentes na maioria dos edifícios com vigas de aço. Os conectores de<br />

cisalhamento mais utilizados são os tipo pino com cabeça e o perfil U laminado, mas<br />

dependendo da localização da obra e disponibilidade de material, o conector pode ser<br />

adaptado desde que garantida a sua resistência e considerada a sua ductilidade.<br />

As vigas mistas contínuas devem ser dimensionadas considerando as<br />

situações de flambagem local da mesa e da alma, flambagem lateral com distorção,<br />

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 10, n. 46, p. 91-110, 2008

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