O DESEMPENHO DA ECONOMIA BAIANA - Sefaz BA

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02.07.2014 Views

AGE CONTROLE INTERNO EM BENEFÍCIO DA POPULAÇÃO O Governo do Estado da Bahia possui em sua estrutura 26 secretarias, sendo que muitas delas são integradas por outros órgãos e entidades, como autarquias, fundações e empresas públicas, o que contabiliza, no âmbito da administração estadual, um total de 90 organizações subdivididas em 16 fundos especiais e 403 unidades gestoras. Este é o universo de atuação da Auditoria Geral do Estado – AGE, ente da Secretaria da Fazenda responsável pelo controle interno do Poder Executivo baiano. Para desempenhar seu papel e atingir o objetivo de assegurar a efetiva aplicação dos recursos públicos em benefício da sociedade, a AGE, que ainda tem a atribuição de fiscalizar todos os convênios e repasses feitos a entidades não governamentais e governamentais, como prefeituras, realiza um minucioso planejamento. De acordo com auditora-geral do Estado, Mírian Guerreiro de Freitas, este processo toma como base a metodologia de planejamento baseada em risco (risk assessment), que possibilita direcionar os trabalhos para as áreas consideradas prioritárias e relevantes, mediante análise conjugada e comparativa dos fatores de risco. “Para estabelecer os critérios a serem seguidos no planejamento, utilizamos algumas variáveis como a materialidade, ou seja, o montante de recursos envolvidos nos contratos, as áreas de risco, com a identificação dos órgãos e ações que historicamente já apresentaram problemas, o tempo decorrido desde a última auditoria em um determinado órgão e, ainda, os órgãos responsáveis pelas ações prioritárias do governo”, explica Mírian, acrescentando que a atuação também ocorre a partir das demandas dos gestores e das denúncias que chegam à AGE. 50

Segundo a auditora-geral, além da programação cotidiana, o órgão tem concentrado esforços no acompanhamento das ações e projetos direcionados para a Copa do Mundo de Futebol e às Parcerias Público-Privadas – PPPs realizadas pelo governo estadual. No que tange à Copa 2014, estão sendo orientadas as ações propostas pelo Grupo de Transparência e Controle Interno instituído pelo Governo do Estado e coordenado pela própria AGE, visando ao acompanhamento e controle do uso dos recursos públicos. Já em relação às parcerias, além da elaboração do Manual de Controle e Fiscalização das PPPs, foi criado um núcleo específico para esta área, que, tem como ação prioritária monitorar a fiscalização exercida pelos órgãos responsáveis e o cumprimento pelos concessionários das obrigações previstas. Neste quesito, merecem destaque as análises realizadas nas licitações e contratos da nova Arena Fonte Nova e Hospital do Subúrbio, além de concessões como o Sistema Viário da Rodovia BA–093 e dos Centros de Convenções de Salvador, Ilhéus e Porto Seguro. Nesse trabalho tem-se priorizado uma ação de orientação e auditoria. PREVENÇÃO Agora, o acompanhamento tem como objetivo prevenir os erros”, afirma. A auditora-geral destaca que esta nova “filosofia” resgata o papel dos gestores como protagonistas da fiscalização. “Os gestores têm que ter a consciência de que o controle primário é deles. Para isso, estamos orientando-os desde a elaboração dos editais. Se cada gestor melhorar seu controle, já vai impedir que vários problemas aconteçam, evitando o efeito ‘bola de neve’. Dessa forma, eliminamos, pelo menos, as falhas por falta de conhecimento, o que não ocorre pela má fé, pelo dolo”, diz. Esta prática preventiva está sendo aplicada, inclusive, nos projetos de PPPs em relação à análise de editais e termos referenciais para a elaboração de novas concessões. ENCAMINHAMENTO Buscando maior efetividade nos trabalhos de auditoria, após a conclusão dos trabalhos, relatórios são expedidos aos órgãos e/ou entidades auditadas e ao Tribunal de Contas do Estado para correção de procedimentos e/ou apuração de fatos e responsáveis. Em seu monitoramento, a AGE está implementando a prática de controle concomitante e preventivo. “Em todo o mundo, o controle interno não é mais apenas posterior. Tem-se que realizar a análise e fiscalização durante todo o processo de contratação, desde a elaboração dos editais até a finalização e pagamento das obras ou serviços, para que os procedimentos sejam corrigidos antes mesmo que ocorra algum erro, alguma falha”, afirma Mírian, ressaltando que o Estado está passando por modificações efetivas neste setor. “Estamos implementando uma mudança de filosofia. Antes, deixava-se fazer e, depois, com a auditoria, ia-se lá e dizia: ‘vocês não verificaram este ou aquele ponto no contrato’, mas o fato já havia ocorrido, a falha já estava consumada. Além disso, quando identificadas práticas ilícitas ou utilização de recursos públicos de forma fraudulenta os relatórios de auditoria também são encaminhados à Procuradoria Geral do Estado e recomenda-se, após a devida apuração de responsabilidade, envio ao Ministério Público Estadual, quando constatados indícios de improbidade administrativa e atos lesivos ao erário praticados por agentes públicos. “A gente faz recomendações, apontamos o prejuízo causado, mensuramos o dano. Não cabe à AGE apontar se são atos de má fé. Indicamos o fato, sua causa e consequência”, explica Míriam de Freitas. 51

Segundo a auditora-geral, além da programação cotidiana,<br />

o órgão tem concentrado esforços no acompanhamento<br />

das ações e projetos direcionados para a Copa<br />

do Mundo de Futebol e às Parcerias Público-Privadas<br />

– PPPs realizadas pelo governo estadual. No que tange<br />

à Copa 2014, estão sendo orientadas as ações propostas<br />

pelo Grupo de Transparência e Controle Interno instituído<br />

pelo Governo do Estado e coordenado pela própria<br />

AGE, visando ao acompanhamento e controle do uso<br />

dos recursos públicos.<br />

Já em relação às parcerias, além da elaboração do Manual<br />

de Controle e Fiscalização das PPPs, foi criado um<br />

núcleo específico para esta área, que, tem como ação<br />

prioritária monitorar a fiscalização exercida pelos órgãos<br />

responsáveis e o cumprimento pelos concessionários<br />

das obrigações previstas. Neste quesito, merecem<br />

destaque as análises realizadas nas licitações e contratos<br />

da nova Arena Fonte Nova e Hospital do Subúrbio,<br />

além de concessões como o Sistema Viário da Rodovia<br />

<strong>BA</strong>–093 e dos Centros de Convenções de Salvador,<br />

Ilhéus e Porto Seguro. Nesse trabalho tem-se priorizado<br />

uma ação de orientação e auditoria.<br />

PREVENÇÃO<br />

Agora, o acompanhamento tem como objetivo prevenir os erros”,<br />

afirma.<br />

A auditora-geral destaca que esta nova “filosofia”<br />

resgata o papel dos gestores como protagonistas da<br />

fiscalização. “Os gestores têm que ter a consciência<br />

de que o controle primário é deles. Para isso, estamos<br />

orientando-os desde a elaboração dos editais. Se cada<br />

gestor melhorar seu controle, já vai impedir que vários<br />

problemas aconteçam, evitando o efeito ‘bola de<br />

neve’. Dessa forma, eliminamos, pelo menos, as falhas<br />

por falta de conhecimento, o que não ocorre pela má<br />

fé, pelo dolo”, diz.<br />

Esta prática preventiva está sendo aplicada, inclusive, nos<br />

projetos de PPPs em relação à análise de editais e termos referenciais<br />

para a elaboração de novas concessões.<br />

ENCAMINHAMENTO<br />

Buscando maior efetividade nos trabalhos de auditoria, após<br />

a conclusão dos trabalhos, relatórios são expedidos aos órgãos<br />

e/ou entidades auditadas e ao Tribunal de Contas do<br />

Estado para correção de procedimentos e/ou apuração de<br />

fatos e responsáveis.<br />

Em seu monitoramento, a AGE está implementando a prática de<br />

controle concomitante e preventivo. “Em todo o mundo, o controle<br />

interno não é mais apenas posterior. Tem-se que realizar<br />

a análise e fiscalização durante todo o processo de contratação,<br />

desde a elaboração dos editais até a finalização e pagamento das<br />

obras ou serviços, para que os procedimentos sejam corrigidos<br />

antes mesmo que ocorra algum erro, alguma falha”, afirma Mírian,<br />

ressaltando que o Estado está passando por modificações<br />

efetivas neste setor. “Estamos implementando uma mudança de<br />

filosofia. Antes, deixava-se fazer e, depois, com a auditoria, ia-se<br />

lá e dizia: ‘vocês não verificaram este ou aquele ponto no contrato’,<br />

mas o fato já havia ocorrido, a falha já estava consumada.<br />

Além disso, quando identificadas práticas ilícitas ou utilização<br />

de recursos públicos de forma fraudulenta os relatórios de auditoria<br />

também são encaminhados à Procuradoria Geral do Estado<br />

e recomenda-se, após a devida apuração de responsabilidade,<br />

envio ao Ministério Público Estadual, quando constatados<br />

indícios de improbidade administrativa e atos lesivos ao erário<br />

praticados por agentes públicos.<br />

“A gente faz recomendações, apontamos o prejuízo causado,<br />

mensuramos o dano. Não cabe à AGE apontar se são atos de<br />

má fé. Indicamos o fato, sua causa e consequência”, explica<br />

Míriam de Freitas.<br />

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