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v jornada de pesquisa e conservação de tartarugas ... - Seaturtle.org

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V Jornada sobre Tartarugas Marinhas do Atlântico Sul Oci<strong>de</strong>ntal<br />

27 e 28 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2011 - Florianópolis, Brasil<br />

PROJETO “CORREDOR MARINHO BRASIL-URUGUAY”: UMA INICIATIVA BINACIONAL DE PESQUISA,<br />

EXTENSÃO E CAPACITAÇÃO NO ATLÂNTICO SUL OCIDENTAL<br />

Gustavo Martinez-Souza 1,2,3<br />

1<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Oceanografia Biológica, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> – FURG. CP<br />

474, CEP 96.201-900, Rio Gran<strong>de</strong>, RS, Brasil (souza_oceano@yahoo.com.br).<br />

2<br />

Karumbé, Avda. Gral Rivera 3245, CP 11200, Montevi<strong>de</strong>o, Uruguay.<br />

3<br />

Projeto da Tartaruga no Sul <strong>de</strong> Santa Catarina. CEP 88780-000, Praia <strong>de</strong> Itapirubá, Imbituba, SC, Brasil.<br />

Palavras-chave: cooperação internacional, <strong>conservação</strong>, <strong>tartarugas</strong> marinhas.<br />

Introdução<br />

As <strong>tartarugas</strong> marinhas são répteis marinhos <strong>de</strong> complexo ciclo <strong>de</strong> vida, transitando entre os ambientes<br />

praial, oceânico e nerítico, em longas migrações que, na maioria dos casos, ultrapassam fronteiras políticas.<br />

Deste modo, esforços na <strong>pesquisa</strong> e na <strong>conservação</strong> das <strong>tartarugas</strong> marinhas <strong>de</strong>vem ser realizados <strong>de</strong> forma<br />

cooperativa e coor<strong>de</strong>nada nos distintos países, transcen<strong>de</strong>ndo as barreiras geográficas e políticas (Frazier 2002).<br />

Há mais <strong>de</strong> 30 anos realizam-se reuniões e congressos internacionais em que, através do compartilhamento<br />

do conhecimento <strong>de</strong> vários grupos <strong>de</strong> trabalho, busca-se a <strong>conservação</strong> das <strong>tartarugas</strong> marinhas. Exemplo disso<br />

são as reuniões ASO (Pesquisa e Conservação <strong>de</strong> Tartarugas Marinhas no Atlântico Sul Oci<strong>de</strong>ntal), que ocorrem<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003, cujo intuito é compartilhar experiências, métodos, discussões, problemáticas e conhecimentos entre<br />

brasileiros, uruguaios e argentinos envolvidos diretamente com as <strong>tartarugas</strong> marinhas.<br />

Cinco das sete espécies <strong>de</strong> <strong>tartarugas</strong> marinhas existentes atualmente ocorrem no Atlântico Sul<br />

Oci<strong>de</strong>ntal (ASO): tartaruga-ver<strong>de</strong> (Chelonia mydas), tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-<strong>de</strong>-couro<br />

(Dermochelys coriacea), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-<strong>de</strong>-pente (Eretmochelys imbricata).<br />

A tartaruga-ver<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido à abundância, hábito costeiro e resistência a baixas temperaturas, po<strong>de</strong> ser<br />

consi<strong>de</strong>rada a espécie mais comum na costa do ASO. Entretanto, informações <strong>de</strong> abundância, sobrevivência,<br />

migrações locais e sazonais ainda são fragmentadas e escassas.<br />

Em 1999, um grupo multi-disciplinar interessado na <strong>pesquisa</strong> e <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>tartarugas</strong> marinhas no<br />

Uruguai, fundou a <strong>org</strong>anização não-governamental Karumbé. Des<strong>de</strong> 2000, o Karumbé <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

monitoramento das populações <strong>de</strong> juvenis <strong>de</strong> tartaruga-ver<strong>de</strong> que habitam a área <strong>de</strong> alimentação e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> Cerro Ver<strong>de</strong> (Departamento <strong>de</strong> Rocha, Uruguai), consi<strong>de</strong>rada a principal região <strong>de</strong> ocorrência da espécie no<br />

país (Estra<strong>de</strong>s et al. 2009). Em 2011, finalmente, a região <strong>de</strong> Cerro Ver<strong>de</strong> teve ratificado seu ingresso no Sistema<br />

Nacional <strong>de</strong> Áreas Protegidas como “Área Costeiro-Marinha Protegida <strong>de</strong> Cerro Ver<strong>de</strong> e Islas <strong>de</strong> La Coronilla”<br />

(33º56’ S; 53º29’ O).<br />

Em janeiro <strong>de</strong> 2007, com o objetivo <strong>de</strong> conhecer o processo migratório dos juvenis <strong>de</strong> tartaruga-ver<strong>de</strong>,<br />

três espécimes foram monitorados através <strong>de</strong> transmissores por satélite. Um dos espécimes foi encontrado<br />

morto no porto <strong>de</strong> Mar <strong>de</strong>l Plata, Argentina, pouco tempo <strong>de</strong>pois da instalação do transmissor. Os outros dois<br />

espécimes migraram <strong>de</strong> Cerro Ver<strong>de</strong>, no Uruguai, no mês <strong>de</strong> julho, para o sul <strong>de</strong> Santa Catarina (28º22’ S;<br />

48º43’ O), no Brasil, e retornaram ao ponto inicial em meados <strong>de</strong> outubro (López-Mendilaharsu, comunicação<br />

pessoal).<br />

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202

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