UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - Secretaria de ...
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uma prática <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> mental mais justa, <strong>de</strong>mocrática e solidária. A<br />
Reforma Psiquiátrica, torna-se o marco na transformação <strong>de</strong>ste paradigma no<br />
campo da saú<strong>de</strong> mental (AMARANTE,1995; 2000).<br />
Após as discussões da Reforma Psiquiátrica, os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> têm se<br />
empenhado em modificar suas práticas, <strong>de</strong>sfazendo aquelas herdadas em hospícios<br />
do século XIX E XX. Para tanto, tem buscado rever mudanças em seus métodos <strong>de</strong><br />
abordagem e preconiza-se que os portadores <strong>de</strong> sofrimento psíquico sejam<br />
assistidos por uma equipe multiprofissional e que se tenha um projeto terapêutico<br />
que objetiva sua recuperação (PAES, et al., 2009).<br />
Acreditamos que o SAMU como serviço recente nos atendimentos <strong>de</strong><br />
urgências e emergências po<strong>de</strong>ria ser um espaço importante para se construir novas<br />
práticas <strong>de</strong> assistências nos atendimentos as crises. Não po<strong>de</strong>mos negar que<br />
houve avanço nos serviços que prestam atendimentos aos portadores <strong>de</strong> sofrimento<br />
mental, citamos como exemplo a própria lógica do SAMU, e seus novos atores que<br />
prestam atendimentos aos doentes mentais. Entretanto, ainda temos um logo<br />
caminho a percorrer nas práticas do SAMU. As diretrizes propostas pela reforma<br />
psiquiátrica se mostram ainda <strong>de</strong> forma incipiente nas práticas dos profissionais.<br />
Ao analisar o atendimento às ocorrências <strong>de</strong> natureza psiquiátrica pelos<br />
profissionais do SAMU, consi<strong>de</strong>ramos o papel <strong>de</strong> outros atores nessa intervenção.<br />
Nas fichas <strong>de</strong> anotação do cadastro manual <strong>de</strong> pacientes (anexo 2)<br />
verificamos que somente em 26,4% dos atendimentos foi registrada a solicitação do<br />
apoio da polícia militar.<br />
Entretanto, acreditamos que esse percentual <strong>de</strong> solicitação é maior do que o<br />
registrado nas fichas <strong>de</strong> atendimentos individual médico e <strong>de</strong> enfermagem ou do<br />
cadastro manual <strong>de</strong> pacientes, pois, em nossa experiência é <strong>de</strong> praxe acionar a<br />
polícia pela central <strong>de</strong> regulação, antes mesmo da equipe chegar ao local, ou <strong>de</strong><br />
avaliar a situação. Isso se dá pelo fato <strong>de</strong> a Portaria 2.048/GM alertar a equipe<br />
sobre a importância <strong>de</strong>, no momento do atendimento, ela reconhecer a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> acionar outros atores (polícia, bombeiros e outros) no atendimento às urgências<br />
psiquiátricas, quando comprometer a segurança do paciente ou da equipe (BRASIL,<br />
2002, p.76).<br />
Com base em nossa experiência, po<strong>de</strong>mos afirmar que o acionamento da<br />
polícia como apoio, se dá em todos os atendimentos <strong>de</strong> natureza psiquiátrica, no