23.06.2014 Views

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - Secretaria de ...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - Secretaria de ...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - Secretaria de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

38<br />

Este formulário po<strong>de</strong> ser preenchido por qualquer profissional da equipe,<br />

mas é <strong>de</strong> rotina que nas Unida<strong>de</strong>s Avançados que dispõem <strong>de</strong> médico na equipe,<br />

este faça o registro no formulário. Nas Unida<strong>de</strong>s Básicas, os técnicos <strong>de</strong><br />

enfermagem fazem o preenchimento. Em todas as ocorrências ficam registrados os<br />

nomes <strong>de</strong> todos os componentes da equipe que realizou o atendimento.<br />

O ato <strong>de</strong> preenchimento da ficha <strong>de</strong> atendimento po<strong>de</strong> acontecer em<br />

qualquer etapa do atendimento: no início da abordagem, no trajeto ou mesmo<br />

durante a passagem do caso para a equipe hospitalar que está recebendo o<br />

paciente.<br />

Nas fichas i<strong>de</strong>ntificamos, com frequência, campos sem preencher, como<br />

exame neurológico, principais queixas, ida<strong>de</strong> do paciente e diagnóstico. Este viés<br />

estava presente tanto nas fichas dos pacientes atendidos pelas Unida<strong>de</strong>s<br />

Avançados como nas Básicas, sendo, entretanto, menos evi<strong>de</strong>nciado nos registros<br />

das Unida<strong>de</strong>s Básicas. Essa ausência <strong>de</strong> dados em alguns campos da ficha <strong>de</strong><br />

atendimento foi um fator limitante nesta pesquisa para alguns cruzamentos <strong>de</strong><br />

variáveis que pu<strong>de</strong>ssem respon<strong>de</strong>r a questionamentos mais complexos.<br />

Esses limites <strong>de</strong>correntes da utilização <strong>de</strong> dados secundários em pesquisas<br />

no setor saú<strong>de</strong> são discutidos por Coeli (2010) que aponta a falta <strong>de</strong> padronização<br />

na coleta dos dados (como é o caso do SAMU que não dispõe <strong>de</strong> um sistema<br />

nacional <strong>de</strong> informação) e as ausências <strong>de</strong> informações nos formulários <strong>de</strong><br />

atendimento que alimentam os sistemas as maiores <strong>de</strong>svantagens para pesquisas<br />

em saú<strong>de</strong>. Esse autor afirma também que essas limitações po<strong>de</strong>m contribuir<br />

negativamente para as análises <strong>de</strong> interesse do pesquisador, pois a falta <strong>de</strong> dados<br />

para algumas perguntas <strong>de</strong> pesquisa po<strong>de</strong> inviabilizar os resultados e dificultar<br />

análise e avaliação do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Concordamos com Coeli (2010) quando afirma que, ao utilizar dados<br />

secundários em pesquisa, como nesta dissertação, o pesquisador <strong>de</strong>ve sempre<br />

avaliar a precisão <strong>de</strong>les, pois existe uma série <strong>de</strong> fontes potencias <strong>de</strong> erro no<br />

momento da coleta, que repercute na análise dos dados.<br />

Ainda em relação à qualida<strong>de</strong> das informações dos dados secundários,<br />

Jorge e Mathias (2001), ao analisarem a qualida<strong>de</strong> das informações disponibilizadas<br />

no DATASUS, sobre as Declarações <strong>de</strong> Óbito em Maringá-PR, constataram que no<br />

ano <strong>de</strong> 1995, 9,1% dos campos <strong>de</strong> alguns itens estavam sem preenchimento,<br />

impossibilitando tecer <strong>de</strong>terminadas consi<strong>de</strong>rações relevantes.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!