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Resumo /Abstract - Artigo Completo - Revista de Cirurgia e ...

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à disponibilida<strong>de</strong> insuficiente <strong>de</strong> enxerto para cobrir<br />

a ponta do côndilo ou ao <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong>corrente<br />

<strong>de</strong> sutura <strong>de</strong>ficiente. A <strong>de</strong>svantagem <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong><br />

enxerto é a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> cistos<br />

<strong>de</strong>rmoi<strong>de</strong>s 13,18 .<br />

Dimitroulis 19 publicou um artigo que estudou<br />

o uso <strong>de</strong> gordura dérmica para interposição no<br />

manejo da anquilose da ATM. Foram avaliados 11<br />

pacientes (13 articulações), acompanhados por um<br />

tempo mínimo <strong>de</strong> 2 anos, com apenas 1 caso <strong>de</strong><br />

recorrência. Levando em consi<strong>de</strong>ração que enxertos<br />

<strong>de</strong> gordura ten<strong>de</strong>m à atrofia e apresentam falta <strong>de</strong><br />

resistência, alguns autores sugerem a associação<br />

daquela à <strong>de</strong>rme, o que proporciona mais estabilida<strong>de</strong><br />

e menos tendência à fragmentação, contribuindo<br />

para minimização dos efeitos adversos associados ao<br />

emprego <strong>de</strong>sse enxerto 18 .<br />

O enxerto para interposição mais utilizado<br />

atualmente é a fáscia e o músculo temporal. Suas<br />

principais vantagens são natureza autógena, resiliência,<br />

suprimento sanguíneo a<strong>de</strong>quado, proximida<strong>de</strong> da<br />

articulação, facilida<strong>de</strong> do sítio <strong>de</strong> obtenção, possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecido vascularizado para<br />

a área da articulação. A fáscia e o músculo temporal<br />

variam em espessura e <strong>de</strong>vem ser dissecados como<br />

um retalho axial baseado na localização das artérias<br />

e veias temporais médias e profundas 15 .<br />

O emprego da cartilagem auricular para<br />

substituição do disco articular tem como vantagem<br />

imediata o fato <strong>de</strong> ser facilmente obtida no campo<br />

cirúrgico e ter geralmente bom contorno para adaptação<br />

à cavida<strong>de</strong> articular, mas apresentam dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> estabilização, elasticida<strong>de</strong> excessiva e espessura<br />

com suscetibilida<strong>de</strong> a perfurações e fraturas 20 .<br />

Certamente, para a reconstrução da articulação<br />

temporomandibular em crianças, o enxerto<br />

costocondral representa uma excelente escolha<br />

<strong>de</strong>vido a seu potencial <strong>de</strong> crescimento. Em contrapartida,<br />

algumas <strong>de</strong>svantagens são documentadas,<br />

tais como: tempo operatório maior, possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fratura e infecção, recorrência, morbida<strong>de</strong> da região<br />

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe<br />

v.9, n.1, p. 15 - 24, jan./mar. 2009<br />

Vieira et al.<br />

doadora e crescimento exacerbado 8,14,18 .<br />

O crescimento excessivo e imprevisível do enxerto<br />

costocondral causa <strong>de</strong>svio da linha mediana da<br />

cavida<strong>de</strong> oral, mudanças oclusais, <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> mento e<br />

assimetria facial 10 . Os vários relatos <strong>de</strong> crescimento<br />

aberrante do enxerto <strong>de</strong>spertaram o interesse <strong>de</strong><br />

se <strong>de</strong>scobriram quais os fatores influenciam este<br />

fenômeno. Baseado em uma série <strong>de</strong> experimentos<br />

com ratos, Peltomäki & Hänniken 22 evi<strong>de</strong>nciaram<br />

que o potencial <strong>de</strong> crescimento dos enxertos costocondrais,<br />

usados em cirurgias reconstrutivas, está<br />

relacionado ao comprimento da porção cartilaginosa.<br />

Eles sugeriram que este crescimento é influenciado<br />

pela função mandibular, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento<br />

intrínseca, sendo possivelmente mediada por fatores<br />

hormonais.<br />

Alguns trabalhos recomendam que após a<br />

ressecção do osso anquilótico, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cartilagem<br />

enxertada seja suficiente tanto para prevenir<br />

recorrência quanto para promover crescimento. Para<br />

Lindqvist et al. 23 , o tamanho a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> cartilagem<br />

para favorecer o crescimento e evitar recidivas é 2,5<br />

cm; em contrapartida, para Peltomäki & Ronning 24 ,<br />

esse tamanho diminui para 2 a 4 mm. Em um estudo<br />

realizado por Medra 25 , amostras com 10 a 15 mm<br />

apresentaram recidiva, sendo, portanto, o tamanho<br />

<strong>de</strong> 3 a 5 mm suficiente para evitar fraturas no ponto<br />

<strong>de</strong> união da porção cartilaginosa com o osso e<br />

crescimento excessivo. Kaban 26 recomenda para a<br />

recontrução da unida<strong>de</strong> ramo-côndilo não mais que<br />

1 a 3 mm <strong>de</strong> cartilagem no enxerto, com fixação<br />

interna rígida <strong>de</strong>ste, no intuito <strong>de</strong> minimizar o tempo<br />

<strong>de</strong> bloquieio maxilomandibular (Figura 3).<br />

19

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