Anais Poster - Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo ...
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65,10% foram localizadas na face, 18,11% na região buco-<strong>de</strong>ntária, 12,37% no pescoço e 4,42%<br />
no crânio. A maior parte das lesões foram classificadas como contusas (85,12%). Quando<br />
analisado o subtipo da lesão, os achados mais prevalentes foram: 43,90% para escoriações,<br />
31,15% equimoses e 17,03% correspondiam a cicatrizes. Conclusão: Houve uma maior<br />
prevalência <strong>de</strong> lesões <strong>de</strong> cabeça e pescoço em crianças e adolescentes do sexo masculino. O local<br />
específico mais acometido foi a face, o tipo <strong>de</strong> lesão mais frequente foram as contusas e o subtipo<br />
escoriação.<br />
[1771]<br />
P128 - UM CASO IMPRESSIONANTE DE “DEGLOVING” MAXILOFACIAL TRAUMÁTICO<br />
MARIANA VASCONCELOS CRUZ GOUVEIA 1 ; MARCELO FARIAS DE MEDEIROS 2 ; AUREMIR<br />
ROCHA MELO 1 ; IVSON SOUZA CATUNDA 1<br />
1.UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; 2.HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO, RECIFE, PE, BRASIL.<br />
e-mail:marianacruzgouveia@gmail.com<br />
Palavras-chave: <strong>de</strong>gloving; traumatismo múltiplo; maxilofacial<br />
Resumo:<br />
Por <strong>de</strong>finição, <strong>de</strong>gloving é o <strong>de</strong>slocamento da pele e do tecido subcutâneo a partir dos ossos, o que<br />
compromete a fáscia, os músculos, os vasos sanguíneos e os nervos. Afeta mais freqüentemente os<br />
membros e extremida<strong>de</strong>s e, ocasionalmente, o couro cabeludo, geralmente resultando <strong>de</strong> traumas<br />
<strong>de</strong> alta energia. Devido à rara ocorrência do <strong>de</strong>gloving facial, não há nenhum protocolo <strong>de</strong><br />
tratamento pré-estabelecido para tais lesões. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso<br />
extremo <strong>de</strong> completo <strong>de</strong>gloving maxilofacial traumático que causou avulsão dos tecidos moles e<br />
da maxila associado a múltiplas fraturas faciais. Relato: Mulher <strong>de</strong> 30 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> foi vítima <strong>de</strong><br />
aci<strong>de</strong>nte automobilístico que resultou em trauma facial grave. A paciente foi levada a uma unida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> atenção primária, on<strong>de</strong> foi realizado o atendimento inicial e traqueostomia, e posterior<br />
encaminhamento para um hospital <strong>de</strong> alta complexida<strong>de</strong>. O exame físico revelou ausência <strong>de</strong><br />
trauma crânio-encefalico associado e grave trauma facial com uma ampla laceração e alto grau <strong>de</strong><br />
contaminação, envolvendo diversas camadas anatômicas, associada à avulsão quase total da<br />
maxila, que permaneceu unida aos <strong>de</strong>mais tecidos unicamente por sua mucosa vestibular. A<br />
intensida<strong>de</strong> do trauma causou fraturas complexas nos terços médio e superior da face. O exame<br />
oftalmológico posterior confirmou a manutenção da acuida<strong>de</strong> visual. Os objetivos da cirurgia<br />
primária foram reconstruir as estruturas nasais para permitir a permeabilida<strong>de</strong> das vias aéreas<br />
superiores, reposicionar a musculatura extrínseca dos globos oculares bilateralmente e<br />
reposicionar a maxila através <strong>de</strong> fixação maxilomandibular para manutenção da oclusão <strong>de</strong>ntária.<br />
As únicas fraturas tratadas neste momento foram as que estavam expostas pelo trauma, pois a<br />
fixação <strong>de</strong> todas as fraturas exigiria incisões adicionais e <strong>de</strong>scolamentos maiores, o que<br />
prolongaria a cirurgia e aumentaria a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> complicações vasculares e infecciosas.<br />
Apesar da lesão do nervo facial esquerdo e prejuízos estéticos, caracterizadas por telecanto<br />
traumático e uma ptose da pálpebra superior direita, seu progresso foi consi<strong>de</strong>rado bastante<br />
satisfatório, com sua função mastigatória preservada e sem sinais <strong>de</strong> necrose do tecido ou<br />
infecção. A paciente foi submetida a um segundo tempo cirúrgico 28 dias após o aci<strong>de</strong>nte para<br />
correção das <strong>de</strong>mais fraturas.