Anais / Abstracs - Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo ...
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RESUMO DAS CONFERÊNCIAS<br />
CONF 1<br />
CIRURGIA ORTOGNÁTICA NA MAXILA<br />
José Rodrigues Laureano Filho<br />
A utilização das osteotomias maxilares para o tratamento das <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>nto-faciais foi o último gran<strong>de</strong><br />
avanço, ocorrido nos anos 70, no que concerne à técnica cirúrgica. Estas osteotomias permitiram que a<br />
realização dos procedimentos cirúrgicos ortognáticos alcançasse <strong>de</strong> forma satisfatória os objetivos oclusais,<br />
funcionais e, principalmente, estéticos. Atualmente o Cirurgião <strong>Buco</strong>maxilofacial po<strong>de</strong> realizar a osteotomia<br />
total da maxila, po<strong>de</strong>ndo movimentá-la espacialmente em todas as direções, bem como utilizar as osteotomias<br />
segmentares da maxila, isoladas ou associadas a osteotomia total, nas diversas <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s maxilares.<br />
Nesta conferência iremos abordar as diversas possibilida<strong>de</strong>s técnicas da cirurgia ortognática na maxila e suas<br />
indicações , vantagens e <strong>de</strong>svantagens; discutindo algumas indicações, passos cirúrgicos que ainda geram<br />
discussões entre os Cirurgiões <strong>Buco</strong>maxilofaciais.<br />
CONF 2<br />
OPÇÕES DE TRATAMENTO DO TELECANTO TRAUMÁTICO<br />
Carlos Elias <strong>de</strong> Freitas<br />
Uma das regiões mais atingidas em traumatismos da face é o terço médio que apresenta algumas regiões<br />
com gran<strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> anatômica e fisiologia <strong>de</strong>licada. Uma <strong>de</strong>stas regiões é a porção medial da cavida<strong>de</strong><br />
orbitária, principalmente no trecho formado pelo osso lacrimal e lâmina papirácea do etmói<strong>de</strong>. Apesar da<br />
proteção <strong>de</strong>stas estruturas, pela rigi<strong>de</strong>z do processo frontal do osso maxilar e da meta<strong>de</strong> cranial dos ossos<br />
nasais, quando traumatismos <strong>de</strong> alta intensida<strong>de</strong> ocorrem, esta proteção é na maioria das vezes neutralizada<br />
pela gravida<strong>de</strong> da lesão óssea e a porção medial anterior da cavida<strong>de</strong> orbitária gravemente afetada. Dentre<br />
as estruturas mais afetadas e que mais <strong>de</strong>safio nos traz nestas situações está o tendão cantal medial. Ele tem<br />
sua inserção ao longo do processo frontal da maxila e teto da crista lacrimal, promovendo um suporte crucial<br />
do globo medial, como parte <strong>de</strong> um gancho suspensório em conexão com o tendão cantal lateral e a lamina<br />
tarsal superior e inferior. O canto medial também tem a função <strong>de</strong> manter as pálpebras tangenciadas ao<br />
globo. Quando traumatismos complexos afetam a chamada região naso-órbito-etmoidal (NOE), po<strong>de</strong> haver<br />
significativa alteração anatômica do segmento ósseo, no qual o tendão cantal medial está fixado. O <strong>de</strong>slocamento<br />
da pirâmi<strong>de</strong> nasal para posterior e inferior produz significativa perda <strong>de</strong> projeção e altura nasal. O achatamento<br />
do dorso do nariz produz um compensatório aumento da largura e elevação do ápice nasal. Quando tais<br />
situações acontecem, muitas das vezes o processo frontal maxilar foi seriamente lesionado provocando aumento<br />
da distância inter-cantal, observado usualmente nesse tipo <strong>de</strong> fratura, caracterizando o telecanto traumático.<br />
A distância inter-cantal <strong>de</strong>ve ser aproximadamente a meta<strong>de</strong> da distância inter-pupilar, e esta distância medida<br />
ao nível <strong>de</strong> tecidos moles entre os cantos mediais das pálpebras <strong>de</strong>ve ser em média abaixo dos 35mm. A<br />
v.4, suplemento 1, p. 01 - 58, jul/set - 2004<br />
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