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Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository

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Império Germânico: desígnio anulado ou a renascer?<br />

Nuno Morgado<br />

Uma perspectiva geopolítica __________________________________________________________________<br />

Com o projecto Auslandsschulwesen (34) [Escolas - Parceiros do Futuro] o Ministério dos<br />

Negócios Estrangeiros Alemão estimula a formação cultural do seu país no exterior e,<br />

simultanea<strong>me</strong>nte, estende os seus braços e o seu poder - existem 117 destas Escolas, onde<br />

estudam 70 mil alunos, em 66 países, entre os quais Portugal: Porto e Lisboa (Escola Alemã em<br />

Lisboa, 1989). Outro dos objectivos deste projecto é a criação de uma rede de escolas cuja<br />

prioridade é o ensino da língua alemã.<br />

Sem dúvida, como evidenciamos, a Alemanha tem, hoje, um i<strong>me</strong>nso aparelho de para<br />

concretizar a sua Estratégia Cultural e objectivos clara<strong>me</strong>nte definidos - estrategica<strong>me</strong>nte, “face a<br />

outros”, no<strong>me</strong>ada<strong>me</strong>nte à cultura pan-eslava. A promoção da língua alemã, por exemplo, é<br />

extraordinária como se pode verificar, por exemplo, em portais da internet (35).<br />

Como temos vindo a afirmar ao longo da dissertação, o próprio espaço germânico, já<br />

identificado, é extrema<strong>me</strong>nte per<strong>me</strong>ável à Informação Cultural Alemã uma vez <strong>que</strong>, como se fez<br />

saber, esteve durante séculos ligado ao poder político germânico - com os mapas de Chaliand &<br />

Rageau (1993, pp. 35, 43, 62, 79 e 82) (fig. 23) podemos observar o i<strong>me</strong>nso espaço <strong>que</strong> a cultura<br />

germânica tem ocupado na Europa, ao longo desses séculos.<br />

Estendendo a reflexão no âmbito do softpower, pode recordar-se, como no-lo afirma Telo<br />

(1996: 144) <strong>que</strong> a Alemanha domina economica e financeira<strong>me</strong>nte a Polónia, a Bulgária e a Hungria<br />

entre outros países do seu espaço germânico, constituindo-se no “principal credor. . . o mais<br />

importante investidor estrangeiro, a principal fonte de importação de tecnologias e o parceiro dos<br />

grandes projectos . . .” auxiliando à extensão cultural.<br />

Voltando aos ensina<strong>me</strong>ntos de Haushofer e adaptando-os à actualidade, na sua vertente<br />

linguística, podemos estudar atenta<strong>me</strong>nte a fig. 24 e tirar como corolário <strong>que</strong> os dialectos<br />

germânicos se estendem, para não referir as óbvias Alemanha e Áustria, pela: Suíça, Itália (Tirol do<br />

Sul), Eslovénia, Países Baixos, Luxemburgo, e num grau mais ténue pela: República Checa,<br />

Eslováquia, Hungria, Estónia, Bélgica, Croácia, Polónia, Roménia, Bulgária. Por consequência, é<br />

neste espaço <strong>que</strong> se dá a extensão natural da cultura germânica e onde se implanta mais<br />

forte<strong>me</strong>nte a Estratégia Cultural do Estado <strong>que</strong> elegemos como alvo de estudo.<br />

Por isso, atrás se citou o discurso de Stein<strong>me</strong>ier (2008c) no XIII Fórum Germano-Polaco,<br />

sobre a abolição das fronteiras polacas por <strong>me</strong>io da adesão da Polónia à UE e se fizeram as<br />

constatações do paralelo com a invasão de 1939 <strong>que</strong>, afinal, diz respeito à tal irradiação cultural<br />

germânica <strong>que</strong> Haushofer sustentava, derivada não só, mas também, da presença de nu<strong>me</strong>rosos<br />

grupos étnicos germânicos (figs. 25 e 26) não só na Polónia, como também num vasto espaço<br />

composto pela: Suíça, República Checa, Eslováquia, Bélgica, Luxemburgo, Países Baixos, Polónia,<br />

Hungria, Eslovénia, Croácia, Lituânia, Estónia, Letónia, Roménia e partes da Rússia, de França e de<br />

Itália; e agora, defendemos clara<strong>me</strong>nte, produto da actuação da Informação Cultural Alemã <strong>que</strong> não<br />

deixa falecer esses ímpetos da germanização.<br />

A talho de foice, diga-se <strong>que</strong> os Ministérios dos Negócios Estrangeiros, em geral e em tempos<br />

idos, detinham quase exclusiva<strong>me</strong>nte, os serviços de informações e estavam encarregues de<br />

estabelecer e ajudar a garantir a Imagem Cultural do país <strong>que</strong> representavam: a “boa imagem”. Se<br />

esta última parte permanecerá ainda actual, a pri<strong>me</strong>ira tem vindo a perder importância desde há 50<br />

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