Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository
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Império Germânico: desígnio anulado ou a renascer?<br />
Nuno Morgado<br />
Uma perspectiva geopolítica __________________________________________________________________<br />
recuperando Haushofer, por exemplo – mas <strong>que</strong> se tornam necessários, a bem da <strong>me</strong>todologia crítica<br />
e analítica, trazer à discussão.<br />
Seguindo a <strong>me</strong>sma <strong>me</strong>todologia, exposto o problema delimitado na <strong>que</strong>stão de partida e<br />
devida<strong>me</strong>nte formulado, procederemos à recolha de informação em fontes primárias como os<br />
discursos do Ministro dos Negócios Estrangeiros Alemão, obras e artigos de referência nas áreas da<br />
Estratégia, Informações, Política Externa, Ciência Política, Relações Internacionais, Sociologia, e<br />
fontes secundárias como artigos de opinião sobre a política externa cultural alemã nos seus traços<br />
gerais.<br />
Por outro lado, a caracterização da situação da Informação Cultural alemã na Germânia<br />
obedecerá igual e coerente<strong>me</strong>nte à noção já descrita de aculturação, no caso específico, a<br />
germanização. Trata-se de uma modalidade de acção criticada pela generalidade da comunidade<br />
académica, até considerada inaceitável em implantar numa lógica apegada à defesa do<br />
multiculturalismo; o <strong>que</strong>, no entanto, não impede o verificar da sua continuidade na correcta aplicação<br />
ao espaço cultural germânico. Efectiva<strong>me</strong>nte, este é um exercício raro e uma hipótese distinta, nos<br />
domínios do pensa<strong>me</strong>nto amplo.<br />
Deste modo, na linha da hipótese da tradição histórico-política do retomar cíclico do poder<br />
hegemónico germânico, procede-se à leitura e crítica da acção da poderosa informação cultural, por<br />
<strong>me</strong>ios da observação, descrição, comprovação, previsão e refutação da política externa cultural<br />
alemã, processo aberto, popperiana<strong>me</strong>nte, à verificação científica saturada.<br />
Se tomamos como âncora <strong>que</strong> “. . .a existência de Estratégias Culturais Nacionais é uma<br />
evidência. . .” para os Estados <strong>que</strong> “. . .pretendem desempenhar um papel influente nas relações<br />
internacionais” (Graça, 1992: 256) então este será um exercício franca<strong>me</strong>nte esclarecedor e um<br />
contributo para a hipótese <strong>que</strong> se sustenta. Num tempo em <strong>que</strong> a conquista de territórios se tornou<br />
muito dispendiosa (Becker, 2004: 71) aqui se analisa a influência do softpower, da política do viés, da<br />
capacidade de influenciar por canais paralelos, a fim de compreender as relações entre o poder e o<br />
espaço <strong>que</strong> a geopolítica trata e <strong>que</strong>, da nossa parte, nos ocupamos em aplicar ao caso alemão e ao<br />
seu espaço de influência na Europa.<br />
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