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Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository

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Império Germânico: desígnio anulado ou a renascer?<br />

Nuno Morgado<br />

Uma perspectiva geopolítica __________________________________________________________________<br />

sua influência (Markovits & Reich, 1997: 50). Por exemplo, Heumann reage contra esta<br />

interpretação, afimando <strong>que</strong> a Europa não é um <strong>me</strong>io para atingir um fim, pelo <strong>me</strong>nos de acordo<br />

com uma política externa liberal: “Liberale Auβenpolitik bedeutet für Deutschland nach wie vor, dass<br />

Europa Ziel und nicht Mittel ist” (Heumann, 2001:139). A <strong>que</strong>stão será, enfim, compreender se a<br />

política externa alemã é liberal.<br />

É uma realidade <strong>que</strong> a UE tornou as problemáticas fronteiras atrás escalpelizadas,<br />

“invisíveis”. Sob este prisma de análise, pode <strong>me</strong>ncionar-se, sem fechar o círculo do pensa<strong>me</strong>nto,<br />

por exemplo, a interpretação <strong>que</strong> atrás extraímos do discurso de Stein<strong>me</strong>ier face à adesão da<br />

Roménia à UE.<br />

Para findar este objecto refere-se ainda <strong>que</strong> <strong>pai</strong>ra, especial<strong>me</strong>nte na Áustria, o “fim de uma<br />

ideia romântica hoje ultrapassada” (fonte não citável) uma vez <strong>que</strong><br />

“o «projecto de paz» da integração cederá lugar a um ressurgi<strong>me</strong>nto da ideia<br />

nacional <strong>que</strong>, caso não houvesse bons motivos para o conter, faria com <strong>que</strong> se perdessem<br />

os argu<strong>me</strong>ntos de base da UE, substituída, na <strong>me</strong>lhor das hipóteses, por uma zona de livre<br />

comércio, recuperada inteira<strong>me</strong>nte pelos Estados-Membros a sua soberania” (fonte não<br />

citável).<br />

A tomada de decisão para a suspensão do Acordo de Schengen por parte da Dinamarca,<br />

será, em suma, mais um passo no sentido das palavras acabadas de citar. Além disso,<br />

presente<strong>me</strong>nte, as sondagens na Áustria colocam o FPÖ em pri<strong>me</strong>iro lugar nas intenções de voto e<br />

com ele floresce o eurocepticismo e a recusa da UE, bem no coração do espaço germânico.<br />

Podemos culminar com Haushofer e a sua conclusão vee<strong>me</strong>nte: “não temos nada em comum com a<br />

Pan-Europa. . .” (Losano, 2009a: 276).<br />

Neste âmbito da Política Externa, pode visitar-se também a <strong>que</strong>stão de Kaliningrad. Como<br />

afirmámos, tomámos conheci<strong>me</strong>nto in loco, de <strong>que</strong> a Alemanha financia um jornal alemão (2009),<br />

destinado à minoria germânica na cidade de Königsberg, em pleno território sob governo russo. É<br />

um sinal suma<strong>me</strong>nte evidente e impossível ser ignorado. Por este docu<strong>me</strong>nto podemos saber, por<br />

exemplo: <strong>que</strong> a manutenção da germânica Fischdorf [Aldeia dos Pescadores] é feita com dinheiro da<br />

Pátria-Mãe (2009:1) e <strong>que</strong> a venda da Catedral de Königsberg à Igreja Ortodoxa Russa (2009: 10)<br />

tem sido sistematica<strong>me</strong>nte rejeitada pelo Governo Alemão <strong>que</strong> se recusa a abandonar da<strong>que</strong>le<br />

bastião do pangermanismo e onde, aliás, está enterrado Immanuel Kant, símbolo da filosofia alemã.<br />

E este não é o único jornal, uma vez <strong>que</strong> também existe o Preuβische Allge<strong>me</strong>ine Zeitung (18).<br />

Mais supreendente ainda será o Ostpreuβischer Rundfunk (19) nada <strong>me</strong>nos do <strong>que</strong> um<br />

canal de TV online dedicado à preservação da Prússia Oriental. E no <strong>que</strong> toca a vídeos mostrando<br />

<strong>que</strong> Königsberg é uma cidade germânica sob administração russa então o nú<strong>me</strong>ro é infindável (20,<br />

21, 22 e 23).<br />

Por outro lado, a Alemanha assu<strong>me</strong>-se pioneira na Estratégia do Báltico, aprovada em 2009,<br />

(tal qual como na Estratégia do Danúbio, com o estreito favoreci<strong>me</strong>nto da Áustria, da Hungria e<br />

Roménia) não permitindo votar a antiga região teutónica ao es<strong>que</strong>ci<strong>me</strong>nto.<br />

Com efeito, não será esta a política externa sagaz e inteligente <strong>que</strong> se <strong>me</strong>ncionou no<br />

Antelóquio? E, do <strong>me</strong>smo modo, não será esta extensão de poder pelo Báltico por um lado, e em<br />

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